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sábado, 12 de janeiro de 2013

Cerimonial dos Bispos - A Missa I - Missa Estacional do Bispo Diocesano


II Parte
A MISSA


Capítulo I
MISSA ESTACIONAL DO BISPO DIOCESANO



Introdução

119. A manifestação mais importante da Igreja local dá-se quando o Bispo, na qualidade de sumo sacerdote do seu rebanho, celebra a Eucaristia, mormente na igreja catedral, rodeado do seu presbitério e ministros, com a plena e ativa participação de todo o povo santo de Deus. Esta Missa, chamada “estacional”, manifesta, não somente a unidade da Igreja local, mas também a diversidade dos ministérios ao redor do Bispo e da sagrada Eucaristia. Para ela, portanto, se convoque o maior número possível de fiéis, nela concelebrem os presbíteros com o Bispo, desempenhem os diáconos o seu ministério, exerçam os acólitos e leitores as suas funções.

120. Esta forma de Missa deve sobretudo seguir-se nas maiores solenidades do ano litúrgico, quando o Bispo consagra o santo crisma e na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, no “die natali” do Bispo, nas grandes concentrações do povo cristão, e ainda na visita pastoral.

121. A Missa estacional deve ser cantada, segundo as normas da Instrução Geral do Missal Romano.

122. Via de regra, convém que haja pelo menos três diáconos propriamente ditos: um para o Evangelho e para ministrar ao altar, e dois para assistir o Bispo. Se forem mais, distribuam entre si os diferentes ministérios, e pelo menos um deles dirija a participação ativa dos fiéis. Se não puder haver diáconos propriamente ditos, os seus ministérios serão desempenhados por presbíteros. Estes, revestidos das vestes sacerdotais, concelebram com o Bispo, ainda que tenham de celebrar outra Missa para o bem pastoral dos fiéis.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Duas formas litúrgicas, mas a mesma Fé


Por Cleiton Robson
Agência ZENIT

Em todos os domingos, às 9 horas da manhã, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na cidade do Rio de Janeiro, celebra-se a Santa Missa Prelatícia na Forma Extraordinária do Rito Romano. 

Mas, o que é a Forma Extraordinária do Rito Romano? Tem aprovação do Papa? É de difícil compreensão e participação? 

Para responder a essa questão, ZENIT conversou com o Pe. José Edilson de Lima, sacerdote da Administração Apostólica e Juiz auditor do Tribunal arquidiocesano do Rio de Janeiro.

ZENIT: Qual é a diferença entra a Missa na forma Extraordinária do rito romano e a Missa na forma Ordinária? Desde quando ela existe?

PE. JOSÉ: A Missa na Forma Extraordinária é fruto de uma antiga tradição recolhida por São Gregório Magno (596-604) para uso em Roma, onda já fixa o cânon. Este cânon permaneceu o mesmo até o Beato João XXIII. Por ser a Liturgia da Igreja de Roma, generalizou-se em todo o Ocidente entre os anos 700 a 1500. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Cerimonial dos Bispos - A Liturgia Episcopal III - Algumas normas mais gerais



I Parte

LITURGIA EPISCOPAL EM GERAL


Capítulo IV
ALGUMAS NORMAS MAIS GERAIS


Introdução

55. Segundo a doutrina do Concílio Vaticano II, deve-se procurar que os ritos brilhem por uma nobre simplicidade. Isto vale igualmente para a liturgia episcopal, embora nela não se deva descurar a piedade e reverência devidas ao Bispo, no qual está presente o Senhor Jesus no meio dos crentes, e do qual, na sua qualidade de sumo sacerdote, deriva e depende, de certo modo, a vida dos fiéis. Além disso, como nas celebrações litúrgicas do Bispo participam habitualmente as diversas ordens da Igreja, cujo mistério se manifesta assim de modo mais claro, cumpre que resplandeça a caridade e o respeito mútuo entre os membros do Corpo místico de Cristo, de modo que na própria liturgia se realiza o preceito do Apóstolo: “Adiantai-vos uns aos outros na mútua consideração”. Antes, portanto, de se entrar na descrição de cada um dos ritos, parece oportuno antepor algumas normas, que a tradição sancionou e convém observar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

As "Quatro Têmporas"


O Brilho das Quatro Têmporas


As Quatro Estações

As Quatro Têmporas, que caem na quarta-feira, sexta-feira e sábado da mesma semana, ocorrem em conjunção com as quatro estações do ano. O outono [primavera no hemisfério sul, n.d.t.] traz as Têmporas de setembro, também conhecidas como as Têmporas de São Miguel devido a sua proximidade coma Festa de São Miguel em 29 de setembro. 

O inverno [verão no hemisfério sul, n.d.t.], por outro lado, traz as Têmporas de dezembro, durante a terceira semana do Advento e a primavera [outono no hemisfério sul, n.d.t.] traz as Têmporas da Quaresma, após o primeiro domingo da Quaresma. 

Finalmente, o verão [inverno no hemisfério sul, n.d.t.] anuncia as Têmporas de Pentecostes, que ocorrem dentro da Oitava de Pentecostes.

No Missal de 1962, as Têmporas eram observadas como férias de segunda classe, dias feriais de especial importância que se sobrepunham inclusive a certas festas de santos. Cada dia tem sua Missa própria, todas as quais são bastante antigas. Uma prova de sua antiguidade é que elas são uns dos poucos dias no rito gregoriano (como o Missal de 1962 agora vem sendo chamado) que têm cinco leituras do Antigo Testamento acompanhadas da leitura da Epístola, uma disposição antiga de fato.

Jejum e abstinência parcial durante as Têmporas eram também observados pelos fiéis desde tempos imemoriais até a década de 60. É esta associação de jejum e penitência com as Têmporas que levou alguns a pensarem que seu nome peculiar tivesse algo a ver com cinzas ardentes, ou brasas. Mas o nome em inglês [ember] deriva-se provavelmente de seu título latino, as Quatuor Tempora ou “Quatro Estações”.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cerimonial dos Bispos - A Liturgia Episcopal III - Igreja Catedral


I Parte
LITURGIA EPISCOPAL EM GERAL

Capítulo III
IGREJA CATEDRAL


42. A Igreja catedral é aquela em que está a cátedra do Bispo, sinal do magistério e do poder do pastor da Igreja particular, bem como sinal de unidade dos crentes naquela fé que o Bispo anuncia como pastor do rebanho.

43. A igreja catedral, “pela majestade da sua construção, é a expressão daquele templo espiritual, que é edificado no interior das almas e brilhe pela magnificência da graça divina, segundo aquela sentença do apóstolo S. Paulo: ‘Vós sois o templo do Deus vivo’ (2 Cor 6,16). Depois, deve considerar-se como imagem figurativa da Igreja visível de Cristo, que no orbe da terra ora, canta e adora; deve, conseqüentemente, ser retida como a imagem do seu Corpo místico, cujos membros estão conglutinados pela união na caridade, alimentada pelo orvalho dos dons celestes”.

44. Neste sentido, a igreja catedral deve ser considerada como o centro da vida litúrgica da diocese.

45. Inculque-se no espírito dos fiéis, da maneira mais oportuna, o amor e veneração para com a igreja catedral. Para isto, muito contribui a celebração do aniversário da sua dedicação, bem como peregrinações dos fiéis em piedosa visita. Sobretudo em grupos organizados por paróquias ou regiões da diocese.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Missa Votiva, o que é?



A Liturgia da Igreja oferece a possibilidade de se celebrar as Missas Votivas, principalmente para favorecer a piedade e a devoção dos fiéis, pois são celebrados os mistérios do Senhor ou em honra da Virgem Maria, dos Anjos, de algum Santo ou de todos os Santos. 

São Missas que proporcionam uma catequese mistagógica, tão necessária para os tempos hodiernos. Sua riqueza espiritual é imensa e todos os sacerdotes são chamados a celebrar as Missas votivas para seus fiéis, e aconselha-se que descubram seu valor. 

É uma alternativa para cessar as chamadas “Missas temáticas” e também as chamadas “Missas de cura e libertação”, tendo em vista que toda Santa Missa cura e liberta.

"As Missas rituais celebram-se com a cor própria ou branca ou festiva; as Missas para várias necessidades com a cor do dia ou do Tempo, ou então com a cor roxa, se se trata de celebrações de carácter penitencial, como por exemplo, as Missas para o tempo de guerra ou revoluções, em tempo de fome, para a remissão dos pecados (nn. 31, 33, 38); as Missas votivas celebram-se com a cor correspondente à Missa celebrada ou também com a cor própria do dia ou do Tempo." (IGMR 347)


Ou seja, podem ser celebradas nos dias de semana do Tempo Comum, mesmo que ocorra uma memória facultativa. 

“Não se pode oficiar Missa Votiva quando ocorrer uma memória obrigatória, nos dias de semana do Advento até o dia 16 de dezembro, do Tempo do Natal desde o dia 2 de janeiro, e do Tempo pascal depois da oitava da Páscoa. 

Porém, se houver uma verdadeira necessidade ou utilidade pastoral, poderá ser usada na celebração com o povo a Missa que corresponda a tal necessidade ou utilidade, a juízo do reitor da Igreja ou do próprio sacerdote celebrante” (IGMR 376).


"As Missas votivas dos mistérios do Senhor ou em honra da bem-aventurada Virgem Maria ou dos Anjos ou de algum Santo ou de Todos os Santos, podem celebrar-se, para satisfazer à piedade dos fiéis, nos dias feriais do Tempo Comum, mesmos quando ocorre uma memória facultativa. Mas não podem celebrar-se, como votivas, as Missas que se referem aos mistérios da vida do Senhor ou da bem-aventurada Virgem Maria, exceto a Missa da sua Imaculada Conceição, porque as suas celebrações estão ligadas ao decorrer do ano litúrgico." (IGMR, 375)

As Missas votivas têm seu Próprio (orações e prefácio e, eventualmente, leituras) e sua cor litúrgica.

Segundo o Missal Romano as Missas votivas são; 

• Santíssima Trindade com paramentos brancos; 
• Divina Misericórdia com paramentos brancos; 
• Mistério da santa Cruz com paramentos vermelhos; 
• Santíssima Eucaristia com paramentos brancos; 
• Santíssimo Nome de Jesus com paramentos brancos; 
• Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo com paramentos vermelhos; 
• Sagrado Coração de Jesus com paramentos brancos; 
• Divino Espírito Santo com paramentos vermelhos; 
• Nossa Senhora com paramentos brancos; 
• Santos Anjos com paramentos brancos; 
• São José com paramentos brancos; 
• Santos Apóstolos com paramentos vermelhos; 
• São Pedro e São Paulo com paramentos vermelhos. 
• São Pedro Apóstolo com paramentos vermelhos; 
• São Paulo Apóstolo com paramentos vermelhos; 
• Um apóstolo com paramentos vermelhos; 
• Todos os Santos com paramentos brancos. 


Aos sábados recomenda-se celebrar a Missa votiva à Nossa Senhora, pois é uma antiga tradição que o sábado seja dedicado à Virgem Maria.

As Missas votivas devem ser mais utilizadas nas paróquias, para que a Igreja ofereça a riqueza litúrgica de sua tradição e torne acessível, por meio de nós, sacerdotes, o depósito da fé. É urgente que a Liturgia cumpra seu papel evangelizador e catequético.


Kairo Rosa Neves de Oliveira
Pe. Leandro Bernardes
www.salvemaliturgia.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

São Leonardo de Porto Maurício - 26 de Novembro



Imortal tornou-se o nome deste franciscano, missionário da Itália, que por espaço de 44 anos pregou 326 missões em 84 dioceses, apresentando-se assim como instrumento escolhido da Providência Divina, para a salvação de muitas almas. 

O resultado estupendo que lhe coroava os trabalhos de missionário, tem sua explicação na grande santidade deste humilde filho do Patriarca de Assis. São Leonardo de Porto Maurício é uma figura extraordinária, entre os grandes pregadores de penitência e, dos missionários que Deus tem dado à Igreja, é ele um dos maiores. O grande orador sacro Barberini, homem de muita experiência e virtude, disse no relatório ao Papa Clemente XII, em referência à pregação de Leonardo, que nunca ouvira um pregador mais eloquente e zeloso, orador algum que, como ele, tanto o impressionasse.  

Bento XIV assistiu a diversas missões dirigidas por Leonardo, para ouvir-lhe as práticas. Nos lugares onde pregava, um dos cuidados do missionário era implantar na alma do povo, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e da Sagrada Paixão de Nosso Senhor, a adoração perpétua do Santíssimo Sacramento e o culto de Nossa Senhora. Um dos mais ardentes desejos seus era ver proclamado o dogma da Imaculada Conceição. 


sábado, 20 de outubro de 2012

Breves perguntas e respostas sobre a Música na Missa


Obviamente, nos referimos à forma ordinária do rito romano.

1. O que é a Missa?

É a renovação do sacrifício de Cristo oferecido na Cruz, o qual, por sua vez, foi antecipado na Última Ceia. Ceia, Cruz e Missa são uma só realidade substancial. O que ocorreu no Calvário, ocorre na Missa: Cristo se oferecendo por nós. Todavia, a Missa, como a Última Ceia, se distingue da Cruz quanto ao modo de oferecimento: na Cruz, o sacrifício foi cruento, enquanto na Missa é incruento.

2. O que é Missa cantada? E Missa rezada?

Missa cantada é aquela, na tradição litúrgica romana, que tem todas as partes cantadas (com exceção de uma ou outra parte que, no rito anterior, era feita em voz submissa, ou de recente introdução). Nela, o padre e o coro se alternam no canto da Missa em si mesma. Não se trata de executar cantos durante as ações sacras apenas, mas de verdadeiramente cantar as partes que normalmente se recita.

A Missa rezada se entende justamente como o antônimo da cantada. Tradicionalmente, e isso permanece para aqueles que observam a forma extraordinária do rito romano, a Missa rezada era toda rezada, ainda que acompanhada de cantos. Mas as normas da forma ordinária permitem que na Missa rezada atual haja não apenas acompanhamento de cantos, e sim que trechos da Missa em si mesma sejam cantados. Não todos, pois assim seria Missa cantada.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 32: Obrigação da Missa Dominical?

Mito 32: "Ir à Missa dominical não é obrigação"

É moralmente obrigado aos Católicos participarem da Santa Missa Dominical, sim.


Muitos relativizam isso falando coisas como "não se visita um amigo por obrigação, mas por amor".

Evidentemente, Deus é Aquele que nos amou primeiro, precisa ser nosso melhor amigo e é digno de todo nosso amor e de todo nossa adoração. Porém, não estamos falando aqui de um "amiguinho qualquer", mas de Deus!

E é Justo que se obedeça as Suas Leis, que inclui a Lei da Santa Igreja, como foi explicado acima. Estamos moralmente obrigado a isso. Isso é dar a Deus o que é de Deus (Mateus 22, 21).

Diz o Catecismo:

"O Mandamento da Igreja determina e especifica a Lei do Senhor. Aos Domingos e nos outros dias de festa preceito, os fiéis tem a obrigação de participar da Missa. Satisfaz ao preceito de participar da Missa quem assista à Missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia ou na tarde do dia anterior." (n. 2180)
 

quarta-feira, 25 de abril de 2012

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mitos 30 e 31: Rito Romano e Tradição Litúrgica

Mito 30: "A Missa Tridentina é antiquada"

Não é.


A Missa Tridentina é o Rito Romano celebrado na sua forma tradicional, promulgada pelo Papa São Pio V no Concílio de Trento. As diferenças entre a Missa Tridentina e a forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI NÃO são somente a posição do sacerdote e a língua litúrgica (pois como foi dito acima, também na forma moderna do Rito Romano é lícito celebrar em latim e com o sacerdote e povo voltados na mesma direção). 

As diferenças vão além: dizem respeito principalmente ao conjunto de ações do sacerdote, dos demais ministros e do povo que participa, bem como às orações previstas no Rito.

Com o Motu Próprio Summorum Pontificum, publicado em 2007, o Santo Padre demonstrou que essas duas formas do Rito Romano não são apenas duas formas válidas e lícitas, mas também duas formas autenticamente católicas de celebrar, e por isso mesmo, não há contradição entre elas. Escreveu o Santo Padre:

quinta-feira, 1 de março de 2012

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 29: O que importa é o coração?

Mito 29: "O que importa é o coração"

Não exclusivamente.


Aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grandes parte das normas litúrgicas da Santa Igreja, bem como com os diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, flores, incenso, gestos do corpo, etc), que partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé católica a respeito do que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.

A este respeito, escreveu o saudoso Papa João Paulo II:

"De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. (...) Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo." (Mane Nobiscum Domine, 18)

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 27: Obedecer o padre em tudo?

Mito 27: "O padre é autoridade, por isso deve-se obedecê-lo em tudo"

Não se deve.




A Santa Igreja é hierárquica, e uma determinação de um sacerdote que vá contra uma determinação de Roma é automaticamente nula.

O Concílio Vaticano II, como foi dito acima, deixa claro que nem mesmo os sacerdotes podem alterar a Sagrada Liturgia (Sacrossanctum Concilium, n. 22)

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, é incisivo em dizer ("O Sal da Terra"):

"Do que precisamos é de uma nova educação litúrgica, especialmente também os padres."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Missa na Forma Antiga do Rito Romano, por Dom Fernando Arêas Rifan


Via CNBB

Dom Fernando Arêas Rifan

Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Num gesto de bondade e generosidade, “abrindo plenamente o seu coração”, como ele mesmo se exprime, buscando a “reconciliação interna no seio da Igreja” o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica Motu Proprio “Summorum Pontificum”, liberou para todo o mundo o uso da forma antiga do Rito Romano, também chamada Missa no rito de São Pio V ou Missa Tridentina, como forma extraordinária do único Rito Romano, ao lado da sua forma ordinária, que é a Missa no rito de Paulo VI, em vigor atualmente na Igreja. 

O Motu Proprio é acompanhado de uma elucidativa Carta aos Bispos.

Explicando que essa liberação não afeta a autoridade do Concílio Vaticano II nem a validade da reforma litúrgica dele procedente, o Papa fala que “as duas formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente”. E, em termos de reconciliação e convivência, enquanto a nova forma (ordinária) da Missa se apresenta como mais participativa, a antiga forma (extraordinária) exprime mais a sacralidade e a reverência devida ao Mistério Eucarístico.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 26: Acréscimos na Liturgia?


Mito 26: "Pode-se fazer tudo o que o Missal não proíbe"

Não se pode.


O Concílio Vaticano II proíbe acréscimos na Sagrada Liturgia, como já foi dito (Sacrossanctum Concílium, n. 22). A interpretação do Missal é estrita: assim, na Santa Missa, faz-se somente o que o Missal determina e nada mais do que isso.

Esta é uma diferença entre a Santa Missa e os grupos de oração, os encontros de evangelização e outros momentos fora da Sagrada Liturgia, onde pode-se usar de uma espontaneidade que não tem lugar dentro da Missa.

O Rito, por sua própria essência, prima pela unidade. Diz a Instrução Redemptionis Sacramentum (n.11) :

"O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal. Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão (...) Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 25: Celebrar do "seu jeito"?

Mito 25: "Cada comunidade deve ter a Missa do seu jeito"

Não deve e não pode ter a Missa do seu jeito, e sim do jeito católico.


O Concílio Vaticano II já dizia (Sacrossanctum Concilium, 22): 

Ninguém mais, absolutamente, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica."

Escreveu o saudoso Papa João Paulo II (Ecclesia de Eucharistia, n. 52):

"Atualmente também deveria ser redescoberta e valorizada a obediência às normas litúrgicas como reflexo e testemunho da Igreja, una e universal, que se torna presente em cada celebração da Eucaristia. O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja. (...) A ninguém é permitido aviltar este mistério que está confiado às nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu caráter sagrado nem a sua dimensão universal."

Também a Instrução Inaestimabile Donum, de 1980, afirma:

"Aquele que oferece culto a Deus em nome da Igreja, de um modo contrário ao qual foi estabelecido pela própria Igreja com a autoridade dada por Deus e o qual é também a tradição da Igreja, é culpado de falsificação."

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, afirmou:

"É preciso que volte a ser claro que a ciência da liturgia não existe para produzir constantemente novos modelos, como é próprio da indústria automobilística. (...) A Liturgia é algo diferente da invenção de textos e ritos, porque vive, precisamente, do que não é manipulável." ("O Sal da Terra")

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Convite: Peregrinação da Juventude Católica ao Cristo Redentor



O Santuário do CRISTO REDENTOR comemora 80 anos, e no dia 30 de outubro de 2011, que no calendário do Rito Romano na sua forma extraordinário a Santa Igreja Católica celebra o dia de CRISTO REI do Universo, nós jovens Católicos subiremos o CRISTO Redentor em peregrinação com estandartes e músicas para honrar a CRISTO REI!

Convocamos a todos para estarem presentes! Seja do interior do Rio de Janeiro, seja de outro estado, venham!

Nossa peregrinação será aos moldes das peregrinações à Chatres (veja aqui, aqui e aqui) e Luján (veja aqui).

Entretanto, só conseguimos 50 ‘bilhetes de cortesia’ para a entrada no Santuário, isto é, o restante precisará de pagar. Entre em contato conosco pelo e-mail: cristoredentor.contato@gmail.com

Esta peregrinação é uma iniciativa dos sites SALVEM A LITURGIA e A VIDA SACERDOTAL.

O Pe. Anderson Batista da Silva nos acompanhará como diretor espiritual e irá celebrar a Santa Missa ao fim da peregrinação.



No Facebook
A página OFICIAL da Peregrinação no Facebook, aqui.
Nosso grupo, aqui.

Contamos com sua presença!

Viva CRISTO REI!



terça-feira, 23 de agosto de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 20: Entender tudo é preciso?

Mito 20: "Para participar bem da Missa é preciso entender a língua que o padre celebra"

Não é preciso.


Embora possa ser útil compreender a língua que o padre celebra (e por isso são amplamente divulgados os missais com tradução em latim / português, nos meios em que a Santa Missa é celebrada em latim), o principal é contemplar o Mistério do Santo Sacrifício que se renova no altar, e para isso não é necessário compreender todas as palavras.

Missa não é jogral.

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, afirma ("O sal da terra"):

"A Liturgia é algo diferente da manipulação de textos e ritos, porque vive, precisamente, do que não é manipulável. A juventude sente isso intensamente. Os centros onde a Liturgia é celebrada sem fantasias e com reverência atraem, mesmo que não se compreendam todas as palavras." 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 1: Eucaristia e Palavra

Autor da Série: Francisco Dockhorn

Revisão teológica: Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen-RS

Publicação original: 11 de Fevereiro de 2009, 151º aniversário das aparições da Santíssima Virgem em Lourdes


Quando eu era criança, tínhamos na creche que eu freqüentava a "hora do conto", onde se contavam estórias sobre lendas infantis, como: chapeuzinho vermelho, lobo mau, branca de neve, sete anões, João e Maria, três porquinhos, Cinderela, Saci-Pererê, etc.

Infelizmente, tenho visto que muitos escritos sobre Liturgia editados no Brasil e muitos cursos de Liturgia ao nosso redor tem se tornado uma "hora do conto", onde se ensina mitos que não correspondem à verdade da doutrina e da disciplina da Santa Igreja Católica Apostólica Romana.

Não me refiro, evidentemente, à má intenção de quem promove ou ministra tais cursos, pois isto não cabe a mim julgar. A avaliação que faço aqui é puramente a nível de conteúdo.

Vejo que é freqüente se ensinar mitos como estes:
  • "A Presença de Jesus na Palavra é tão completa como na Eucaristia; 
  • A Eucaristia é para ser comida e não para ser adorada; 
  • A adoração eucarística fora da Missa é ultrapassada; 
  • Na consagração deve-se estar em pé; 
  • A noção da Missa como Sacrifício é ultrapassada; 
  • É mais expressivo no altar a imagem de Jesus Ressuscitado do que de Jesus crucificado; 
  • Quem celebra a Missa não é o Padre, e sim toda a comunidade; 
  • A Igreja pode vir a ordenar mulheres;
  • A Missa é para os fiéis; 
  • Não se assiste à Missa; 
  • Qualquer pessoa pode comungar; 
  • A absolvição comunitária substitui a confissão individual; 
  • É errado comungar na boca e de joelhos; 
  • A comunhão tem que ser em duas espécies; 
  • O Ministério extraordinário da Sagrada Comunhão existe para promover a participação dos leigos; 
  • O cálice e o cibório podem ser de qualquer material; 
  • Os fiéis podem rezar junto a doxologia e a oração da paz; 
  • O sacerdote usar casula é algo ultrapassado; 
  • O Concílio Vaticano II aboliu o latim; 
  • Para participar bem da Missa é preciso entender a língua que o padre celebra; 
  • O canto gregoriano é algo ultrapassado; 
  • Atualmente o padre tem que rezar de frente para os fiéis;
  • O Sacrário no centro é anti-litúrgico; 
  • Não se deve ter imagens dos santos nas igrejas; 
  • Cada comunidade deve ter a Missa do seu jeito; 
  • Pode-se fazer tudo o que o Missal não proíbe; 
  • O padre é autoridade, por isso deve-se obedecê-lo em tudo;
  • Procurar obedecer à leis é farisaísmo; 
  • O que importa é o coração; 
  • A Missa Tridentina é antiquada; 
  • Para celebrar a Missa Tridentina é preciso autorização do Bispo local; 
  • Ir à Missa dominical não é obrigação."

A diferença entre tais idéias e o autêntico pensamento católico é facilmente constatada, confrontando estes mitos aos documentos oficiais da Santa Igreja editados em Roma.

São idéias que, evidentemente, não surgiram ao acaso, mas são fruto direto ou influência de uma teologia litúrgica modernista e incompatível com a autêntica teologia católica. Aqui na América Latina, muitas delas foram historicamente reforçadas pela disseminação de teologias importadas e da chamada "Teologia da Libertação", esta de caráter marxista, que é incompatível com o pensamento da Santa Igreja e faz uma releitura de toda teologia (inclusive da teologia litúrgica), como está expresso em diversos documentos do Sagrado Magistério (ver a "Instrução sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação", da Sagrada Congregação para Doutrina da Fé, de 06 de Agosto de 1984).

O objetivo deste artigo é expor abaixo cada um desses mitos litúrgicos citados e os contrapor com a palavra oficial da Santa Igreja. Todas as citações utilizadas sobre disciplina litúrgica, de documentos da Santa Igreja, se aplicam à forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI (que é atualmente a forma ordinária), com exceção dos mitos 30 e 31, que falam expressamente sobre a Missa Tridentina, que é a forma tradicional e (atualmente) extraordinária do Rito Romano.

São 32 mitos ao todo:

Mito 1: "A Presença de Jesus na Palavra é tão completa como na Eucaristia"


Não é.



Ensina-nos o Sagrado Magistério da Santa Igreja Católica Apostólica Romana que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente verdadeiramente e substancialmente no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377.


E por na Hóstia Consagrada Nosso Senhor está presente de maneira substancial, o Papa Paulo VI afirma (Encíclica Mysterium Fidei, n. 40-41, de 1965) a supremacia da Presença Eucarística de Nosso Senhor sobre as demais formas de presença:


"Estas várias maneiras de presença enchem o espírito de assombro e levam-nos a contemplar o Mistério da Igreja. Outra é, contudo, e verdadeiramente sublime, a presença de Cristo na sua Igreja pelo Sacramento da Eucaristia. Por causa dela, é este Sacramento, comparado com os outros, "mais suave para a devoção, mais belo para a inteligência, mais santo pelo que encerra"; contém, de fato, o próprio Cristo e é "como que a perfeição da vida espiritual e o fim de todos os Sacramentos". Esta presença chama-se "real", não por exclusão como se as outras não fossem "reais", mas por antonomásia porque é substancial, quer dizer, por ela está presente, de fato, Cristo completo, Deus e homem."

Também o próprio Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrosanctum Concilium (n.7), afirma esta supremacia da Presença Eucarística: "Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro - «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» - quer e SOBRETUDO sob as espécies eucarísticas."

Afirmar que a presença de Nosso Senhor na Palavra é tão completa como na Hóstia consagrada significa uma dessas duas coisas: afirmar que Nosso Senhor se transubstancia na Palavra (aí fazemos o que, comemos a Bíblia e o Lecionário?), ou negar a Presença Substancial de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, o que atenta conta o Mistério central da fé católica, pois a Eucaristia é "fonte e ápice da vida cristã" (Lumen Gentium, n.11).
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Comentário sobre este mito (07/04):

Para propagar o mito de que "a presença de Jesus na Palavra é tão completa como na Eucaristia", alguns utilizam uma interpretação distorcida a respeito uma frase da Constituição Dei Verbum, do Concílio Vaticano II, que afirma:

"A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor." (Dei Verbum, 21)


Como entender tal frase? O Santo Padre Bento XVI tem dito que o Concílio Vaticano II NÃO pode ser interpretado como uma ruptura com os pronunciamentos anteriores do Sagrado Magistério (pois ele é infalível em definições de fé e moral, como afirma o Cat. n. 2035, e portanto, a doutrina católica NÃO muda); e sim, o Concílio precisa ser interpretado como uma continuidade em relação ao Magistério anterior.


Portanto, é um equívoco afirmar que essa frase do Concilio nega a superioridade da Hóstia Consagrada em relação a Palavra, e que portanto falar da Presença Substancial de Nosso Senhor na Eucaristia seria algo "ultrapassado", "antiquado" e "medieval".



Mas como entender tal frase, afinal? Vamos ao texto original em latim:


"Divinas Scripturas ***sicut et*** ipsum Corpus dominicum semper venerata est Ecclesia."

O termo "sicut et", traduzido por "como" ("como venera o próprio Corpo do Senhor"), é no sentido de "como também", ou seja, um termo inclusivo, mas que NÃO diz respeito necessariamente a insensidade.

Alias, é o mesmo termo utilizado pela oração do Pai-Nosso, quando rezamos: "Et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris" ("Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.") E isso NÃO significa, evidentemente, que nós perdoamos com a mesma intensidade que Deus nos perdoa (pelo simples fato de que nós NÃO somos Deus!), mas simplesmente que nós também nos propomos a perdoar, ou seja, "como também" Ele nos perdoa.

Além disso, o próprio Concilio Vaticano II também reconhece a superioridade da Presença de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, quando afirma que Ele está presente "SOBRETUDO sob as espécies eucarísticas." (Lumen Gentium, n. 11) E também as citações que utilizamos acima, do Papa Paulo VI e do Catecismo da Igreja Católica, vão na mesma linha.

Alguns liturgistas, adeptos da teologia liturgica modernista e incompatível com a doutrina católica, conhecem bem o poder das palavras e dos símbolos, e os utilizam para propagar suas idéias, inclusive o mito de que "A Presença de Jesus na Palavra é tão completa como na Eucaristia", o que leva, naturalmente, a negação da Presença Real e Substancial de Nosso Senhor no Hóstia Consagrada.

Por exemplo, alguns liturgistas modernistas podem usar-se dos seguintes artifícios:

1. Instrumentalizar o termo "altar da Palavra" para referir-se ao ambão, com o objetivo de "nivelar" a Palavra e a Eucaristia (embora, evidentemente, nem todos os que utilizem este termo necessariamente sejam modernistas).

Ora, altar é onde é oferecido o Sacríficio, e o Santo Sacrifício de Nosso Senhor é oferecido no altar onde é celebrada a Santa Missa...


2. Propagar o costume da construção de altares pequenos, quadrados; para que o altar (nem em tamanho) não tenha mais destaque que o ambão. Aliás, os altares católicos tradicionais são retangulares, não quadrados...

É preciso esclarecer, porém, que NÃO consideramos os altares menores (quadrados) maus em si mesmo, pois há também a questão do tamanho do local e da estética.


3. Utilizar, na construção das igrejas, uma disposição em que o ambão fica em frente do altar, também para "nivelar" ambos (ao invés de o ambão ser colocada ao lado do altar).


É preciso esclarecer, porém, que NÃO nos opomos, em si mesmo, a disposição litúrgica em que o ambão fica em frente do altar, já que ela foi bastante tradicional na Igreja no primeiro milênio (e ela guarda um bonito significado de a leitura ser feita voltada para a parede absidal, direção onde também fica a cadeira do celebrante, que é quem primeiro precisa escutar a Palavra de Deus); é preciso frizar, também, que na Igreja Primitiva, durante a oração Eucarística, todos (sacerdotes e fiéis) se voltavam para a mesma direção (o Oriente), como fala o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, no seu livro "Introdução ao Espírito da Liturgia".

O que nos opomos é a instrumentalização desta disposição (ambão de frente para o altar) para propagar a teologia litúrgica modernista, "nivelando" altar e ambão; aliás, esta disposição dificulta a celebração da Missa em Versus Deum ("voltados para Deus", com os sacerdote e fieis voltados para a mesma direção, como recomenda o Papa no seu livro "Introdução ao Espírito da Liturgia"). Na realidade, é possível celebrar em Versus Deum com o altar próximo do centro e o ambão em frente a ele, se o sacerdote celebra voltado para a parede absidal em direção ao crucifixo (e ao Sacrário, se houver); porém, esta disposição dificulta que todos os fiéis se voltem para a mesma direção, pois nela, os bancos geralmente ficam dos lados, e os fiéis de frente uns para os outros (e hoje, infelizmente, NÃO há a cultura de todos se voltarem para a mesma direção, como havia na Igreja Primitiva).


4. Abominar que hajam castiçais sobre o altar, e colocá-los distantes demais do altar (como se os castiçais estivessem iluminando meramente "o ambiente", e não carregando de esplendor o altar, especificamente), e por vezes deixar um único castiçal próximo ao...ambão! Isso, evidentemente, descaracteriza o altar.


Em tempo: os castiçais não precisam estar necessariamente sobre o altar, mas podem estar próximo a ele, como afirma a Instrução Geral do Missal Romano (n. 117). Há uma vantagem em que os castiçais não estejam sobre o altar, que é o fato de deixar o altar somente para o oferecimento do Santo Sacrifício, já que altar não é mesa; aliás, tradicionalmente na Missa Tridentina (a forma tradicinal do Rito Romano), os castiçais normalmente NÃO ficam sobre o altar propriamente dito, mas juntamente com os arranjos de flores sobre o retábulo, que fica entre o altar e a parede.

Porém, é preciso levar em contas também a questão estética e do esplendor do próprio altar (e isso depende do tamanho do presbitério, do altar e outas questões estéticas), e não nos parece que seja o caso rechaçar totalmente que os castiçais estejam sobre o altar, aliás, nas próprias Missas celebradas pelo Santo Padre Bento XVI em Roma, os castiçais ficam sobre o altar.


5. Rechaçar o costume tradicional de decorar o altar com belos arranjos de flores, que são um dos elementos que o enchem de esplendor.
Nas aparições da Santíssima Virgem em Fátima (Portugal, 1917), oficialmente reconhecidas pela Santa Igreja, quando o Anjo apareceu para as crianças, antes da Virgem aparecer, ele trazia consigo uma Hóstia Consagrada. Prostrando-se por terra, ensinou a elas a seguinte oração:

"Meu Deus: eu creio, adoro, espero-vos e amo-vos. Peço-vos perdão por aqueles que não crêem, não adoram, não esperam e não vos amam."

Que pela intercessão da Santíssima Virgem e dos santos anjos, nós façamos parte daqueles que reconhecem a Presença Real e Substancial do Deus-Amor Sacramentado, na Hóstia Consagrada!




CONTINUA...
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