Homilia para a Solenidade de Corpus Christi – D. Henrique Soares da Costa
51. Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo". 52. Os judeus discutiam entre si, dizendo: "Como esse homem pode dar-nos a sua carne a comer?" 53. Então Jesus lhes respondeu: "Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue é verdadeiramente uma bebida. 56. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele. 57. Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim, 58. Este é o pão que desceu do céu. Ele não é como o que os pais comeram e pereceram; quem come este pão viverá eternamente".
Laus Tibi Christe!
“Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar!” – Caríssimos irmãos, é, precisamente, este o sentido da hodierna solenidade: celebrar, proclamar, professar, expressar a nossa fé inabalável na presença real do Cristo morto e ressuscitado nas espécies eucarísticas!
Eis a nossa fé: cremos com todo o nosso coração e com toda a nossa mente que, nas espécies eucarísticas oferecidas como Sacrifico de Cristo – sacrifico único, perfeito, eterno – o Senhor Jesus está realmente presente no seu Corpo e no seu Sangue, alma e divindade, tão perfeito e real como está no céu. Ante o pão e o vinho consagrados, podemos cantar, como o povo cristão canta: “Deus está aqui! Ó vinde, adoradores, adoremos a Cristo redentor!” Eis: nas espécies consagradas já não há mais pão, já não há mais vinho: há somente o Corpo e o Sangue do Senhor morto e ressuscitado, todo no que era vinho, todo no que era pão. É ele: adorável, amável, Vida para nossa vida!