Homilia de D. Henrique Soares da Costa – IV Domingo de Páscoa – Ano B
IV DOMINGO DE PÁSCOA
(Jo 10,11-18)
« Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor nem dono das ovelhas, quando vê o lobo se aproximar, abandona as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e as dispersa. E isto porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas, mas não estão neste cercado, é preciso trazê-las também. Elas ouvirão minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. Se o pai me ama é porque dou minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a vida de mim; mas eu a dou por minha própria vontade. Tenho poder de entregá-la e poder de a retomar. Este é o mandamento que recebi de meu Pai” » Laus Tibi Christe!
Este Quarto Domingo da Páscoa é conhecido como Domingo do Bom Pastor, pois nele se lê sempre um trecho do capítulo 10 de São João, onde Jesus se revela como o Bom Pastor. Mas, o que isso tem a ver com o tempo litúrgico que ora estamos vivendo? A resposta, curta e graciosa, encontra-se na antífona de comunhão que o Missal Romano traz: “Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas e quis morrer pelo rebanho!” Aqui está tudo!
“Eu sou o bom pastor” – disse Jesus. O adjetivo grego usado para “bom” significa mais que bom: é belo, perfeito, pleno, bom. Jesus é, portanto, o pastor por excelência, aquele pastor que o próprio Deus sempre foi. Pela boca de Ezequiel profeta, Deus tinha prometido que ele próprio apascentaria o seu rebanho: “Eu mesmo cuidarei do meu rebanho e o procurarei. Eu mesmo apascentarei o meu rebanho, eu mesmo lhe darei repouso” (34,11.15). Pois bem: Jesus apresenta-se como o próprio Deus pastor do seu povo!