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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O que são as Indulgências?


Certa vez, um filho, mesmo conhecendo uma proibição formal do pai, desobedece-o como costuma fazer as crianças travessas. O pai, ao saber do ocorrido, vê-se na contingência de punir o faltoso, ainda que isto lhe seja mais dilacerante do que para o próprio filho. 

Entretanto, ao ser informada, a mãe pede clemência pelo pequeno traquina. Dado às instâncias maternas, não é verdade que o pai cede, em atenção à misericórdia da esposa? Neste caso, o pai de família concede uma indulgência ao filho, pelo valor da intercessão maternal.

A Indulgência de Deus

A mesma situação pode ser aplicada ao gênero humano, que na pessoa de Adão desobedeceu ao Pai Celeste. Por causa desta transgressão as portas do Paraíso nos foram fechadas e nos tornamos réus de morte. 

Entretanto, o Filho de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Nosso Senhor Jesus Cristo, conquistou para nós, na Cruz, a misericórdia que não merecíamos. Diante de tamanha intercessão, Deus Pai se dobra amorosamente à vontade do Filho, e poupa ao gênero humano: Deus nos é indulgente, pelo valor da intercessão de Cristo.

Contudo, como é próprio a Deus de tudo fazer com a mais exímia e amorosa excelência, imolou-se Deus Filho num sacrifício perfeitíssimo, consumido no altar da Cruz, oferecendo seu Sangue para nos resgatar. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - A Fé da Virgem


Sala Paulo VI - Vaticano - Quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

No caminho do Advento a Virgem Maria ocupa um lugar particular como aquela que de modo único esperou a realização das promessas de Deus, acolhendo na fé e na carne Jesus, o Filho de Deus, em plena obediência à vontade divina. Hoje, gostaria de refletir brevemente convosco sobre a fé de Maria a partir do grande mistério da Anunciação.

“Chaîre kecharitomene, ho Kyrios meta sou”, “Alegra-te, cheia de graça: o Senhor é convosco” (Lc 1, 28). São estas as palavras – reportadas pelo evangelista Lucas – com as quais o arcanjo Gabriel se dirige a Maria. À primeira vista, o termo chaîre, “alegra-te”, parece uma saudação normal, como era usual no âmbito grego, mas esta palavra, se lida a partir da tradição bíblica, adquire um significado muito mais profundo. 

Este mesmo termo está presente quatro vezes na versão grega do Antigo Testamento e sempre como anúncio de alegria pela vinda do Messias (cfr Sof 3,14; Gl 2,21; Zc 9,9; Lam 4,21). A saudação do anjo a Maria é também um convite à alegria, a uma alegria profunda, anuncia o fim da tristeza que há no mundo diante das limitações da vida, do sofrimento, da morte, da maldade, da escuridão do mal que parece obscurecer a luz da bondade divina. É uma saudação que marca o início do Evangelho, da Boa Nova. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Cerimonial dos Bispos - A Liturgia Episcopal II - Ofícios e Ministérios na Liturgia Episcopal



I Parte
LITURGIA EPISCOPAL EM GERAL


Capítulo II
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA LITURGIA
EPISCOPAL

18. “Em qualquer comunidade congregada em volta do altar, sob o ministério sagrado do Bispo”, se manifesta “o símbolo daquela caridade e unidade do Corpo místico sem as quais não pode haver salvação”. É, pois, da máxima conveniência que, todas as vezes que o Bispo toma parte nalguma ação litúrgica com participação do povo, presida por si mesmo à celebração, investido como está da plenitude do sacramento da Ordem. E isto deve-se fazer, não para aumentar a solenidade externa do rito, mas para significar de modo mais vivo o mistério da Igreja. É também conveniente que, nesta celebração, o Bispo associe a si os presbíteros. No caso, porém, de o Bispo presidir à Eucaristia sem celebrar, deve dirigir ele a liturgia da Palavra e concluir a Missa com o rito da despedida, segundo as normas dadas mais adiante, nn. 176-185.

19. Numa assembléia reunida para a celebração da liturgia, especialmente quando presidida pelo Bispo, cada qual tem o direito e o dever de desempenhar o ofício que lhe pertence, de acordo com a diversidade da ordem e função. Neste sentido, todos, ministros ou simples fiéis, no desempenho do seu ofício, farão só e tudo o que lhes pertence. Desta forma se manifesta a Igreja, nas suas diferentes ordens e ministérios, como um corpo, cujos membros constituem um só todo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - Ano da Fé: Etapas da Revelação


Cidade do Vaticano, Sala Paulo VI - Quarta-feira, 12 de dezembro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

Na catequese passada falei da Revelação de Deus, como comunicação que Ele faz de Si mesmo e do seu desígnio de benevolência e de amor. 

Esta Revelação de Deus se insere no tempo e na história dos homens: história que transforma “o lugar no qual podemos constatar o agir de Deus a favor da humanidade. Ele chega até nós naquilo que para nós é mais familiar, e fácil de verificar, porque constitui o nosso contexto cotidiano, sem o qual não seríamos capazes de entender” (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 12).

O Evangelista São Marcos – como ouvimos – relata, em termos claros e sintéticos, os momentos iniciais da pregação de Jesus “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo” (Mc 1, 15). Isso que ilumina e dá sentido pleno à história do mundo e do homem começa a brilhar na gruta de Belém; é o Mistério que logo contemplaremos no Natal: a salvação que se realiza em Jesus Cristo. 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cerimonial dos Bispos - A Liturgia Episcopal I


I Parte
LITURGIA EPISCOPAL EM GERAL


Capítulo I
CARACTERÍSTICA
E IMPORTÂNCIA DA LITURGIA EPISCOPAL

I. Dignidade da Igreja Particular

1. “Diocese é a porção do Povo de Deus, que se confia a um Bispo, para a apascentar com a colaboração do presbitério, de tal modo que, unida ao seu pastor e congregada por ele no Espírito Santo por meio do Evangelho e da Eucaristia, constitui uma Igreja particular, na qual está realmente e atua a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica”. Mais ainda: nela está presente Cristo, por cujo poder a Igreja se unifica. Com razão diz Santo Inácio: “Aonde comparecer o Bispo, aí se deve juntar a multidão, tal como, onde estiver Jesus Cristo, aí está a Igreja católica."

2. À Igreja particular, portanto, corresponde a dignidade da Igreja de Cristo. Esta não é uma associação qualquer de homens, que espontaneamente se reúnem para qualquer trabalho comum; é, sim, um dom que desce do alto, do Pai das luzes. Tampouco, se deve considerar como simples divisão administrativa do povo de Deus, pois ela encerra e manifesta, a seu modo, a natureza da Igreja universal, que jorra, do lado de Cristo crucificado, vive e cresce continuamente pela Eucaristia. Ela é a esposa de Cristo, mãe dos fiéis; é, “no lugar em que se encontra, o novo Povo chamado por Deus, no Espírito Santo e em grande plenitude”.

3. Não se dá nenhuma reunião legítima de fiéis, nem comunidade de altar, que não seja sob o sagrado ministério do Bispo. Tal reunião da Igreja particular difunde-se e vive em cada grupo de fiéis, à frente dos quais o Bispo coloca os seus presbíteros, para que sob a sua autoridade, santifiquem e dirijam a porção do rebanho do Senhor que lhes está confiada.

4. E, tal como a Igreja universal está presente e se manifesta na Igreja particular, assim as Igrejas particulares transmitem os seus próprios dons às restantes partes e a toda a Igreja, “de maneira que o todo e cada uma das partes aumentem pala mútua comunicação entre todos e pela aspiração comum à plenitude da unidade”.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Advento e Evangelização


Estamos no tempo litúrgico do Advento, que é um tempo de vigilância e de espera, para atualizarmos em nossa história Aquele que veio, virá e vem: Jesus Cristo, o Senhor! Veio a primeira vez na fragilidade; virá uma segunda vez na glória, mas a cada dia podemos encontrá-Lo em cada irmão ou irmã. É o Mistério da Encarnação, que agora nos preparamos para celebrar!

É nesse tempo que a Igreja Católica do Brasil desenvolve a sua Campanha para a Evangelização, como um tempo de despertar-nos e nos alimentar com a consciência missionária e o compromisso evangelizador.

Iniciamos essa campanha no Domingo de Cristo Rei, e ela se estende até o 3º Domingo do Advento, domingo da Alegria (Gaudete), quando teremos a Coleta Nacional pela Evangelização.

O Advento ajuda-nos, assim, a aprofundar a nossa responsabilidade evangelizadora, que é tão necessária na Igreja, sendo que cada um de nós é responsável pelo anúncio do Evangelho de Jesus Cristo aos irmãos e irmãs.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - O Ano da Fé. Deus revela o seu "desígnio de benevolência"


Cidade do Vaticano, Sala Paulo VI - Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2012 


O Ano da Fé. Deus revela o seu "desígnio de benevolência"


Queridos irmãos e irmãs,


No início da sua Carta aos cristãos de Éfeso (cf. 1, 3-14), o apóstolo Paulo eleva uma prece de bênção a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos introduz na vivência do tempo de Advento, no contexto do Ano da fé. O tema deste hino de louvor é o projeto de Deus a respeito do homem, definido com termos repletos de alegria, de enlevo e de ação de graças, como um «desígnio de benevolência» (v. 9), de misericórdia e de amor.

Por que motivo o Apóstolo eleva a Deus, do profundo do seu coração, esta bênção? Porque vê o seu agir na história da salvação, culminado na encarnação, morte e ressurreição de Jesus, e contempla como o Pai celeste nos escolheu ainda antes da criação do mundo, para sermos seus filhos adotivos. 

No seu Filho Unigênito, Jesus Cristo (cf. Rm 8, 14s.; Gl 4, 4 s.). Nós existimos desde a eternidade na mente de Deus, num grande desígnio que Deus conservou em si mesmo e que decidiu pôr em prática e revelar «na plenitude dos tempos» (cf. Ef 1, 10). 

Por conseguinte, São Paulo faz-nos compreender como toda a criação e, de modo particular, o homem e a mulher, não são fruto do acaso, mas correspondem a um desígnio de benevolência da razão eterna de Deus que, com o poder criador e redentor da sua Palavra, dá origem ao mundo. 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Advento: “Preparai o caminho do Senhor...”


Com muita alegria, a Liturgia da Igreja inicia o “Tempo do Advento”, iniciando um novo “ano litúrgico”, ou seja, o ciclo de celebrações no qual a Liturgia nos insere na vivência dos mistérios principais da vida do Senhor: encarnação, paixão, morte e ressurreição. 

Nesse contexto, cada cristão é chamado a mergulhar na essência do que cada “tempo litúrgico” evidencia para assim poder contemplar de modo sempre mais palpável as ações da liturgia e vivenciá-las de modo concreto na vida. Dentro do novo ano litúrgico agora iniciado teremos a oportunidade de celebrar em Julho próximo a nossa Jornada Mundial da Juventude. Será também o momento de aprofundarmos a fé neste ano especial.

O tempo do advento, como início do ano litúrgico, é o momento da preparação para a celebração do grande mistério divino que é o Natal do Senhor Jesus Cristo. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - Como falar de Deus no mundo hoje



Cidade do Vaticano, Sala Paulo VI - Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012, Boletim da Santa Sé 


Caros irmãos e irmãs,

A pergunta central que hoje nos fazemos é a seguinte: como falar de Deus no nosso tempo? Como comunicar o Evangelho, para abrir estradas na sua verdade salvífica nos corações sempre fechado dos nossos contemporâneos e na mente deles tantas vezes distraídas por tantos estímulos da sociedade? 

O próprio Jesus, dizem-nos os Evangelistas, no anunciar do Reino de Deus se perguntou sobre isto: “A que podemos comparar o reino de Deus e com que parábola podemos descrevê-lo?” (Mc 4,30). Como falar de Deus hoje? A primeira resposta é que nós podemos falar de Deus, porque Ele falou conosco. A primeira condição para falar de Deus é também a escuta de quanto disse o próprio Deus. 

Deus falou conosco! Deus não é uma hipótese distante sobre a origem do mundo; não é uma inteligência matemática muito distante de nós. Deus se interessa por nós, nos ama, entrou pessoalmente na realidade da nossa história, se auto-comunicou até encarnar-se. Então, Deus é uma realidade da nossa vida, é tão grande que tem também tempo para nós, ocupa-se de nós. 

Em Jesus de Nazaré nós encontramos a face de Deus, que desceu do seu Céu para imergir-se no mundo dos homens, no nosso mundo, e ensinar a “arte de viver”, o caminho da felicidade; para libertar-nos do pecado e tornar-nos filhos de Deus (cfr Ef 1,5; Rm 8,14). Jesus veio para salvar-nos e mostrar-nos a vida boa do Evangelho. 


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - O Ano da Fé. O bom senso da fé em Deus


Cidade do Vaticano - Sala Paulo VI - Quarta-feira, 21 de Novembro de 2012
 
Estimados irmãos e irmãs

Caminhemos em frente neste Ano da fé, levando no nosso coração a esperança de redescobrir quanta alegria existe em crer e em reencontrar o entusiasmo de comunicar a todos as verdades da fé. Estas verdades não constituem uma simples mensagem acerca de Deus, uma informação particular sobre Ele. 

Ao contrário, exprimem o acontecimento do encontro de Deus com os homens, encontro salvífico e libertador, que realiza as aspirações mais profundas do homem, os seus anseios de paz, de fraternidade e de amor. 

A fé leva a descobrir que o encontro com Deus valoriza, aperfeiçoa e eleva aquilo que existe de verdadeiro, de bom e de belo no homem. Assim acontece que, enquanto Deus se revela e se deixa conhecer, o homem descobre quem é Deus e, conhecendo-o, descobre-se a si mesmo, a própria origem, o seu destino, a grandeza e a dignidade da vida humana.

A fé permite um saber autêntico sobre Deus, que abrange toda a pessoa humana: é um “saber”, ou seja de um conhecer que confere sabor à vida, um novo gosto de existir, um modo jubiloso de estar no mundo. A fé manifesta-se no dom de si pelos outros, na fraternidade que torna o homem solidário, capaz de amar, vencendo a solidão que o torna triste. Por isso, este conhecimento de Deus através da fé não é unicamente intelectual, mas vital. 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - Caminhos para conhecer Deus


Cidade do Vaticano, Sala Paulo VI. Quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Caros irmãos e irmãs,

Quarta-feira passada refletimos sobre o desejo de Deus que o ser humano traz consigo no profundo de si mesmo. Hoje gostaria de continuar a aprofundar este aspecto meditando brevemente com vocês sobre algumas vias para chegar à consciência de Deus. 

Gostaria de recordar, no entanto, que a iniciativa de Deus antecede sempre cada iniciativa do homem e, também no caminho para Ele, é Ele primeiro que nos ilumina, nos orienta e nos guia, respeitando sempre a nossa liberdade. 

E é sempre Ele que nos faz entrar na sua intimidade, revelando-se e doando-nos a graça para poder acolher esta revelação na fé. Não esqueçamos nunca a experiência de Santo Agostinho: não somos nós a possuir a Verdade depois de tê-la procurado, mas é a Verdade que nos procura e nos possui.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - A Fé da Igreja



Cidade do Vaticano - Praça São Pedro - Quarta-feira, 31 de outubro de 2012


Queridos irmãos e irmãs,

Continuamos no nosso caminho de meditação sobre a fé Católica. Na semana passada mostrei como a fé é um dom, porque Deus que toma a iniciativa e vem ao nosso encontro; e assim a fé é uma resposta com a qual nós O acolhemos como fundamento estável da nossa vida. É um dom que transforma a existência, porque nos faz entrar na mesma visão de Jesus, o qual opera em nós e nos abre ao amor através de Deus e dos outros. 

Hoje gostaria de dar um outro passo na nossa reflexão, partindo, uma vez mais, de algumas perguntas: a fé tem um caráter somente pessoal, individual? Interessa somente a minha pessoa? Vivo a minha fé sozinho? 

Certo, o ato de fé é um ato eminentemente pessoal, que vem do íntimo mais profundo e que sinaliza uma troca de direções, uma conversão pessoal: é a minha existência que recebe um ponto de viragem, uma orientação nova. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - A Natureza da Fé


Cidade do Vaticano, Praça São Pedro - Quarta-feira, 24 de outubro de 2012 - Boletim da Santa Sé (Tradução: Jéssica Marçal-equipe CN Notícias)   



Caros irmãos e irmãs,


Quarta-feira passada, com o início do Ano da Fé, comecei com uma nova série de catequeses sobra a fé. E hoje gostaria de refletir com vocês sobre uma questão fundamental: o que é a fé? 

Há ainda um sentido para a fé em um mundo em que a ciência e a técnica abriram horizontes até pouco tempo impensáveis? O que significa crer hoje? De fato, no nosso tempo é necessária uma renovada educação para a fé, que inclua um certo conhecimento das suas verdades e dos eventos da salvação, mas que sobretudo nasça de um verdadeiro encontro com Deus em Jesus Cristo, de amá-lo, de confiar Nele, de modo que toda a vida seja envolvida. 

Hoje, junto a tantos sinais do bem, cresce ao nosso redor também um certo deserto espiritual. Às vezes, tem-se a sensação, a partir de certos acontecimentos dos quais temos notícia todos os dias, que o mundo não vai para a construção de uma comunidade mais fraterna e mais pacífica; as mesmas ideias de progresso e de bem estar mostram também as suas sombras. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SÉRIE: CATEQUESE DO PAPA - O Ano da Fé - Introdução


Cidade do Vaticano, Praça de São Pedro - Quarta-feira, 17 de outubro de 2012 - Boletim da Santa Sé (Tradução: Jéssica Marçal-equipe CN Notícias)

Queridos irmãos e irmãs,

Hoje gostaria de introduzir o novo ciclo de catequeses, que se desenvolve durante todo o Ano da Fé há pouco iniciado e que interrompe – por este período – o ciclo dedicado à escola da oração. 

Com a Carta apostólica Porta Fidei, convoquei este Ano especial, para que a Igreja renove o entusiasmo de crer em Jesus Cristo, único salvador do mundo, reaviva a alegria de caminhar sobre a via que nos indicou, e testemunhe de modo concreto a força transformadora da fé. 

A ocorrência dos cinquenta anos de abertura do Concílio Vaticano II é uma ocasião importante para retornar a Deus, para aprofundar e viver com maior coragem a própria fé, para fortalecer a adesão da Igreja, “mestra da humanidade”, que através do anúncio da Palavra, a celebração dos Sacramentos e as obras de caridade nos guia a encontrar e conhecer Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

domingo, 14 de outubro de 2012

Como deve ser o “Ano da Fé”?



Começa o grande Ano da Fé

É data que marcou o início do Concílio Vaticano II, em 1962. O Papa convocou o Sínodo dos Bispos no mês de outubro de 2012 que tem como tema: “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, e que abrirá o “Ano da Fé”, que irá até a Festa de Cristo Rei, em novembro de 2013. É a Igreja cumprindo a missão que Jesus lhe deu: “Ide evangelizar!”. 

A missão da Igreja é esta; Paulo VI disse que esta é a identidade e a missão da Igreja. Para a Igreja deixar de evangelizar seria como para o sol deixar de brilhar.

O Vaticano tem dado orientações de como deve ser este Ano especial. “O Ano da Fé quer contribuir para uma conversão renovada ao Senhor Jesus e à redescoberta da fé…”. A “Congregação da Fé” destaca que hoje é necessário um empenho maior a favor duma Nova Evangelização (“novo ardor, novos métodos e nova expressão”), para crer, reencontrar e comunicar a fé.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ano da Fé - Homilia do Papa Bento XVI na Santa Missa de Abertura



Santa Missa de abertura do Ano da Fé - Praça São Pedro - Vaticano - Quinta-feira, 11 de outubro de 2012



Venerados Irmãos,
Queridos irmãos e irmãs!


Hoje, com grande alegria, 50 anos depois da abertura do Concílio Vaticano II, damos início ao Ano da fé. Tenho o prazer de saudar a todos vós, especialmente Sua Santidade Bartolomeu I, Patriarca de Constantinopla, e Sua Graça Rowan Williams, Arcebispo de Cantuária. Saúdo também, de modo especial, os Patriarcas e Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais Católicas, e os Presidentes das Conferências Episcopais. 

Para fazer memória do Concílio, que alguns dos aqui presentes – a quem saúdo com afeto especial - tivemos a graça de viver em primeira pessoa, esta celebração foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, que quis recordar a memorável procissão dos Padres conciliares, quando entraram solenemente nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia daquele que foi utilizado durante o Concílio; e a entrega das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica, que realizarei no término desta celebração, antes da Bênção Final. 


Estes sinais não nos fazem apenas recordar, mas também nos oferecem a possibilidade de ir além da comemoração. Eles nos convidam a entrar mais profundamente no movimento espiritual que caracterizou o Vaticano II, para que se possa assumi-lo e levá-lo adiante no seu verdadeiro sentido. 

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