Homilia do D. Henrique Soares da Costa – IV Domingo do Advento – Ano C
IV Domingo do Advento
Lucas 1, 39-45
«Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.»
Laus Tibi Christe!
Estamos no último domingo do Advento e a Palavra de Deus, na ânsia de bem nos preparar para o santo Natal, apresenta-nos o Mistério de modo estupendo. E quando o Mistério é grande, antes, infinito, como é difícil falar dele!
Comecemos nossa meditação com a Epístola aos Hebreus, que de modo impressionante nos desvela os sentimentos do Filho eterno do Pai no momento da sua Encarnação: Pai, “Tu não quiseste vítima nem oferenda”, aquelas do Templo, aquelas vítimas simplesmente rituais, “mas formaste-me um corpo”, tu me fizeste humano, deste-me uma natureza humana! Não foram do teu agrado os sacrifícios de animais irracionais, os ritos meramente formais, “por isso eu disse: ‘Eis que eu venho! Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade’”.
Eis o primeiro aspecto que nos é dado hoje meditar! O Filho eterno, igual ao Pai, Deus igual a Deus, luz gerada pela luz, por puro amor, por pura obediência ao Pai que tanto nos amou, dignou-se fazer-se homem! Sem deixar de ser Deus verdadeiro, ele realmente se tornou homem verdadeiro, em tudo igual a nós, menos no pecado. Mas, como pode? Como é possível?
Eis o primeiro aspecto que nos é dado hoje meditar! O Filho eterno, igual ao Pai, Deus igual a Deus, luz gerada pela luz, por puro amor, por pura obediência ao Pai que tanto nos amou, dignou-se fazer-se homem! Sem deixar de ser Deus verdadeiro, ele realmente se tornou homem verdadeiro, em tudo igual a nós, menos no pecado. Mas, como pode? Como é possível?