quarta-feira, 29 de junho de 2011

Padre Paulo Ricardo - Especial Bento XVI



Na solenidade de São Pedro e São Paulo, S.S. Bento XVI completa 60 anos de sacerdócio! Reposto 3 vídeos de Padre Paulo Ricardo com uma breve reflexão sobre o primado Petrino.

“Senhor
Te damos graças
porque abriu Teu coração para nós
porque em Tua morte e em tua ressurreição
se converteu em fonte de vida
Faça que sejamos pessoas viventes
viventes de Tua fonte
e nos dê o poder de sermos nós também fontes,
capazes de dar a este nosso tempo
água de vida.
Te damos graças
pela graça do ministério sacerdotal
Senhor, abençoamos
e abençoe a todos os homens deste tempo
que estão sedentos e a procura. Amem”.


28 Parresía: “Fidelidade ao Santo Padre”



60 Anos de Sacerdócio - Papa Bento XVI


Oremus pro Pontifice nostro Benedicto Dominus conservet eum et vivificet eum et beatum faciat eum in terra et non tradat eum in animam inimicorum eius.

Oremos pelo nosso Papa Bento. O Senhor o conserve e lhe dê vida e saúde,O faça feliz na terra e o guarde de todos os seus inimigos. Amém.






quinta-feira, 23 de junho de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 18: Usar casula?

Mito 18: "O sacerdote usar casula é algo ultrapassado"

Não é.


A casula é o paramento sacerdotal próprio para o Santo Sacrifício da Missa. É o mais solene, varia de cor conforme a prescrição para a celebração em específico e vai sobre a alva e estola.

Infelizmente, tem se tornado moda em muitos lugares que muitos sacerdotes celebrem usando apenas a alva e a estola, enquanto as casulas mofam nos armários.

A Instrução Geral do Missal Romano (n. 119) determina que o sacerdote utilize: amito, alva, estola, cíngulo e casula (amito e cíngulo podem ser dispensáveis,conforme o formato da alva).

A Instrução Redemptinis Sacramentum determina ainda que, sendo possível, inclusive os sacerdotes concelebrantes utilizem a casula (n. 124-126):

"No Missal Romano é facultativo que os sacerdotes que concelebram na Missa, exceto o celebrante principal (que sempre deve levar a casula da cor prescrita), possam omitir «a casula ou planeta, mas sempre usar a estola sobre a alva», quando haja uma justa causa, por exemplo o grande número de concelebrantes e a falta de ornamentos. Sem dúvida, no caso de que esta necessidade se possa prever, na medida do possível, providencie-se as referidas vestes. Os concelebrantes, a exceção do celebrante principal, podem também levar a casula de cor branca, em caso de necessidade. (...) Seja reprovado o abuso de que os sagrados ministros realizem a santa Missa, inclusive com a participação de só um assistente, sem usar as vestes sagradas ou só com a estola sobre a roupa monástica, ou o hábito comum dos religiosos, ou a roupa comum, contra o prescrito nos livros litúrgicos. Os Ordinários cuidem de que este tipo de abusos sejam corrigidos rapidamente e haja, em todas as igrejas e oratórios de sua jurisdição, um número adequado de vestes litúrgicos, confeccionadas de acordo com as normas."

CORPUS CHRISTI



Irmã Clara Isabel Morazzani Arráiz, EP

Corria o ano de 1264. O Papa Urbano IV mandara convocar uma seleta assembleia que reunia os mais famosos mestres de Teologia daquele tempo. Entre eles encontravam-se dois varões conhecidos não só pelo brilho da inteligência e pureza da doutrina, mas, sobretudo, pela heroicidade de suas virtudes: São Tomás de Aquino e São Boaventura.

A razão da convocatória relacionava- se com uma recente bula Pontifícia instituindo uma festa anual em honra do Santíssimo Corpo de Cristo. 

Para o máximo esplendor desta comemoração, desejava Urbano IV que fosse composto um Ofício, bem como o próprio da Missa a ser cantada naquela solenidade. Assim, solicitou de cada um daqueles doutos personagens uma composição a ser-lhe apresentada dentro de alguns dias, a fim de ser escolhida a melhor.

terça-feira, 21 de junho de 2011

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA: A Oração em todas as épocas



CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.

***

Queridos irmãos e irmãs:


Hoje eu gostaria de iniciar uma nova série de catequeses. Após as catequeses sobre os Padres da Igreja, sobre os grandes teólogos da Idade Média, sobre as grandes mulheres, eu gostaria de escolher agora um tema muito importante para todos nós: o da oração, de maneira específica a cristã, isto é, a oração que Jesus nos ensinou e que a Igreja continua nos ensinando. 


É em Jesus, de fato, em quem o homem se capacita para se aproximar de Deus, com a profundidade e a intimidade da relação de paternidade e de filiação. Junto aos primeiros discípulos, com humilde e confiança, nós nos dirigimos agora ao Mestre e lhe pedimos: "Senhor, ensina-nos a orar" (Lucas 11, 1).


Nas próximas catequeses, aproximando-nos da Sagrada Escritura, da grande tradição dos Padres da Igreja, dos mestres de espiritualidade, da liturgia, queremos aprender a viver ainda mais intensamente nossa relação com o Senhor, quase uma "Escola de Oração". 

domingo, 19 de junho de 2011

O Dogma da Santíssima Trindade

Primeiramente, cabe contar uma pequena história que nos ajudará a entender a posterior explicação.

"Conta-se que Santo Agostinho andava em uma praia meditando sobre o mistério da Santíssima Trindade: um Deus em três pessoas distintas...

Enquanto caminhava, observou um menino que portava uma pequena tigela com água. A criança ia até o mar, trazia a água e derramava dentro de um pequeno buraco que havia feito.

Após ver repetidas vezes o menino fazer a mesma coisa, resolveu interrogá-lo sobre o que pretendia.

O menino, olhando-o, respondeu com simplicidade: "estou querendo colocar a água do mar neste buraco".

Santo Agostinho sorriu e respondeu-lhe: "mas você não percebe que é impossível?".

Então, novamente olhando para Santo Agostinho, o menino respondeu-lhe: "ora, é mais fácil a água do mar caber nesse pequeno buraco do que o mistério da Santíssima Trindade ser entendido por um homem!". E continuou: "Quem fita o sol, deslumbra-se e quem persistisse em fitá-lo, cegaria. Assim sucede com os mistérios da religião: quem pretende compreendê-los deslumbra-se e quem se obstinasse em os perscrutar perderia totalmente a fé".

Só poderíamos compreender perfeitamente a Santíssima Trindade se nós fossemos 'deus'. Podemos, contudo, por meio da razão iluminada pela fé, chegar a um conhecimento muito útil dos mistérios, considerando certas analogias da natureza. Citemos algumas: o raio branco de luz, sendo apenas um, pode ser decomposto em vermelho, amarelo e azul; a ametista brilha de três cores diferentes, segundo o lado em que se observa: é purpúrea, violeta e rósea, sem ser mais do que uma pedra. O fogo queima, ilumina e aquece, sendo apenas fogo, etc.


Bem, a Santíssima Trindade é superior à capacidade humana de entendimento, mas não contraria a razão. Dizer que existe "um Deus em três pessoas" é superior à capacidade de compreensão humana, mas não é o mesmo que dizer que é "um Deus em três deuses", que seria contrariar a razão humana.

sábado, 18 de junho de 2011

Catequese - Festa da Santíssima Trindade


Evangelho comentado pelo Pe. Carlo Battistoni
Postado por Jorge Kontovski

Festa da Santíssima Trindade
Jo 3,16-18


« Deus amou tanto o mundo, que deu Seu Filho Único, para que todo que o crer nele não morra, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não mandou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é julgado, quem não crê já está julgado, porque não acreditou no Nome do Filho Único de Deus. »

PALAVRA DA SALVAÇÃO - Glória a Vós, Senhor!


Com a solenidade de Pentecostes encerramos o Tempo Pascal durante o qual revivemos a origem da nossa fé que é a Ressurreição de Jesus. A partir de Pentecostes começaria para os apóstolos uma nova fase de todo o projeto da Salvação: começava a nova história do Ressuscitado que vive e continua agindo na história dos homens.

Começava o caminho lento e penetrante, onde o humano e o divino se fundem, a tal ponto de não poderem mais ser discernidos um prescindindo do outro. Começava o caminho dos “filhos de Deus”, da Igreja que é chamada a santificar o mundo; um “mundo” que sempre precisa reencontrar a sua vocação, a sua identidade e a sua relação com Deus para poder encontrar a felicidade. A Igreja começava a sua missão de “fermento” na massa do mundo, daquela humanidade pela qual Deus julgou que valia a pena «dar» (como diz o Evangelho de hoje) tudo quanto Ele tinha de mais precioso.

domingo, 12 de junho de 2011

Pentecostes - Espírito Santo: Graça que desperta na fé


"O Espírito é o único que pode ajudar às pessoas e às comunidades a libertarem-se dos velhos e novos determinismos, guiando-os com a lei do espírito que dá a vida em Cristo Jesus." João Paulo II
 

Quem é o Espírito Santo?

 
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Espírito Santo é a "Terceira Pessoa da Santíssima Trindade". Quer dizer, havendo um só Deus, existem nele três pessoas diferentes: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta verdade foi revelada por Jesus em seu Evangelho.

O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, quando o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus no-lo apresenta e se refere a Ele não como uma potência impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com seu próprio atuar e um caráter pessoal.

O Espírito Santo, o Dom de Deus

"Deus é Amor" (Jo 4,8-16) e o Amor que é o primeiro Dom, contém todos os demais. Este amor "Deus o derramou em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5).

Posto que morremos, ou ao menos, fomos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão de nossos pecados. A Comunhão com o Espírito Santo - "A graça do Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo sejam todos vossos" (2Cor 13,13;) - é a que, na Igreja, volta a dar aos batizados a semelhança divina perdida com o pecado.

Catequese - Domingo de Pentecostes



Evangelho comentado pelo Pe Carlo Battistoni


Postado por Jorge Kontovski

Pentecostes

Jo 20,19-23



«Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro depois do sábado, os discípulos estavam reunidos com portas fechadas, por medo dos judeus. Então Jesus entrou, ficou no meio deles, e disse: “A paz esteja convosco!”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Quando os discípulos viram o Senhor, ficaram cheios de alegria. Então Jesus lhes disse de novo: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio”. Depois destas palavras, soprou sobre eles e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.”»

PALAVRA DA SALVAÇÃO - Glória a Vós, Senhor!




Junto com a celebração da Páscoa, um dos momentos mais fortes da vida religiosa de Israel era reviver a dimensão do caminho, suas etapas, seus momentos fortes. Tudo isso era celebrado através de um rito que, provavelmente, os hebreus aprenderam das liturgias egípcias: as peregrinações. Eram festas marcadas pela alegria. Eram realmente festas! O salmo nos descreve bem os sentimentos de um hebreu que podia celebrar sua peregrinação: «Que alegria quando ouvi que me disseram: “vamos à casa do Senhor”, e agora os meus pés se detêm, Jerusalém, em tuas portas...!”» (Sal 122,1). Também a festa de Pentecostes, celebrada cinquenta dias após a Páscoa, era uma festa de peregrinação.


sábado, 11 de junho de 2011

Pentecostes: “E renovareis a face da terra…”


João Scognamiglio Clá Dias - Presidente Geral dos Arautos do Evangelho 

Cheios do Espírito Santo, os apóstolos incendiaram o mundo. 

“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2, 1-4)


A maravilhosa cena narrada por São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, é dos mais importantes na história da Igreja. Para compreendermos a fundo seu significado, examinemos em que circunstâncias ela se passou. Estavam os apóstolos preparados para sua sublime vocação? Qual a situação espiritual dos apóstolos? Era de supor que, após três anos de convívio diário com Nosso Senhor Jesus Cristo, estivessem preparados para a missão que lhes cabia, de firmar e expandir a Santa Igreja. Contudo, não o estavam. 

Em várias passagens do Evangelho, vemo-los repletos de fragilidades. Logo após episódios, sermões e milagres impressionantes, não se punham a fazer comentários sobre a grandeza das palavras ou dos gestos do Mestre, mas sim a discutir a respeito de quem seria o primeiro-ministro num suposto reino temporal que, acreditavam, Cristo iria fundar...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Encíclica "Spe Salvi" - Bento XVI

















CARTA ENCÍCLICA SPE SALVI, DO SUMO PONTÍFICE BENTO XVI AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE A ESPERANÇA CRISTÃ


Introdução

1 - « SPE SALVI facti sumus » – é na esperança que fomos salvos: diz São Paulo aos Romanos e a nós também (Rm 8,24). A « redenção », a salvação, segundo a fé cristã, não é um simples dado de facto. A redenção é-nos oferecida no sentido que nos foi dada a esperança, uma esperança fidedigna, graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente: o presente, ainda que custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho. 

E imediatamente se levanta a questão: mas de que género é uma tal esperança para poder justificar a afirmação segundo a qual a partir dela, e simplesmente porque ela existe, nós fomos redimidos? E de que tipo de certeza se trata?

A fé é esperança

2 - Antes de nos debruçarmos sobre estas questões, hoje particularmente sentidas, devemos escutar com um pouco mais de atenção o testemunho da Bíblia sobre a esperança. Esta é, de facto, uma palavra central da fé bíblica, a ponto de, em várias passagens, ser possível intercambiar os termos « fé » e « esperança ». Assim, a Carta aos Hebreus liga estreitamente a « plenitude da fé » (10,22) com a « imutável profissão da esperança » (10,23). De igual modo, quando a Primeira Carta de Pedro exorta os cristãos a estarem sempre prontos a responder a propósito do logos – o sentido e a razão – da sua esperança (3,15), « esperança » equivale a « fé ». 

Quão determinante se revelasse para a consciência dos primeiros cristãos o facto de terem recebido o dom de uma esperança fidedigna, manifesta-se também nos textos onde se compara a existência cristã com a vida anterior à fé ou com a situação dos adeptos de outras religiões. Paulo lembra aos Efésios que, antes do seu encontro com Cristo, estavam « sem esperança e sem Deus no mundo » (Ef 2,12). Naturalmente, ele sabe que eles tinham seguido deuses, que tiveram uma religião, mas os seus deuses revelaram-se discutíveis e, dos seus mitos contraditórios, não emanava qualquer esperança. Apesar de terem deuses, estavam « sem Deus » e, consequentemente, achavam-se num mundo tenebroso, perante um futuro obscuro. « In nihil ab nihilo quam cito recidimus » (No nada, do nada, quão cedo recaímos) [1] diz um epitáfio daquela época; palavras nas quais aparece, sem rodeios, aquilo a que Paulo alude. Ao mesmo tempo, diz aos Tessalonicenses: não deveis « entristecer-vos como os outros que não têm esperança » (1 Ts 4,13). 

Aparece aqui também como elemento distintivo dos cristãos o facto de estes terem um futuro: não é que conheçam em detalhe o que os espera, mas sabem em termos gerais que a sua vida não acaba no vazio. Somente quando o futuro é certo como realidade positiva, é que se torna vivível também o presente. Sendo assim, podemos agora dizer: o cristianismo não era apenas uma « boa nova », ou seja, uma comunicação de conteúdos até então ignorados. Em linguagem actual, dir-se-ia: a mensagem cristã não era só « informativa », mas « performativa ». Significa isto que o Evangelho não é apenas uma comunicação de realidades que se podem saber, mas uma comunicação que gera factos e muda a vida. A porta tenebrosa do tempo, do futuro, foi aberta de par em par. Quem tem esperança, vive diversamente; foi-lhe dada uma vida nova.

domingo, 5 de junho de 2011

Catequese - Domingo da Ascensão do Senhor

Evangelho comentado pelo Pe Carlo Battistoni
Postado por Jorge Kontovski

Ascensão do Senhor
 Mt 28,16-20


«Os onze discípulos foram para a Galiléia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.»

PALAVRA DA SALVAÇÃO - Glória a Vós, Senhor!




A dramática narração dos eventos pascais no Evangelho de Mateus é interrompida bruscamente; a Ressurreição e o encerramento do Evangelho não são mediados por nenhuma das aparições narradas pelos outros evangelistas. Tudo se resume nessas poucas e densas palavras que acabamos de ler. A estranha colocação desse trecho fez com que alguns supusessem que não pertencesse a Mateus, mas seja o que for não cabe a nós determinar com precisão a origem do trecho: nosso dever é tentar ouvir e permitir espiritual que sobressai em relação ao narrativo. Mateus coloca o episódio da Ascensão como ocorrido na Galiléia, diversamente da tradição dos peregrinos e de Lucas que localizam o fato numa altura não muito distante de Jerusalém, a uma distância que podia ser percorrida em menos de uma hora. Por meio dessa colocação típica, vê-se o caráter espiritual e doutrinal que a riqueza nele contida faça parte de nossa vida.

sábado, 4 de junho de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 17: Fiéis proferindo Orações Sacerdotais?

Mito 17: "Os fiéis podem rezar junto a doxologia e a oração da paz"

Não podem.


Diz o Código de Direito Canônico (Cânon 907) que "Na celebração Eucarística, não é lícito aos diáconos e leigos proferir as orações, especialmente a oração eucarística, ou executar as ações próprios do sacerdote celebrante."

Também a Instrução Inaestimabile Donum (n.4) afirma:

"Está reservado ao sacerdote, em virtude de sua ordenação, proclamar a Oração Eucarística, a qual por sua própria natureza é o ponto alto de toda a celebração. É portanto um abuso que algumas partes da Oração Eucarística sejam ditas pelo diácono, por um ministro subordinado ou pelos fiéis. Por outro lado isso não significa que a assembléia permanece passiva e inerte. Ela se une ao sacerdote através do silêncio e demonstra a sua participação nos vários momentos de intervenção providenciados para o curso da Oração Eucarística: as respostas no diálogo Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da Consagração, e o Amén final depois do Per Ipsum. O Per Ipsum ( por Cristo, com Cristo, em Cristo) por si mesmo é reservado somente ao sacerdote. Este Amén final deveria ser enfatizado sendo feito cantado, sendo que ele é o mais importante de toda a Missa."

Tais orações são orações do sacerdote. De forma especial, a doxologia ("Por Cristo, com Cristo e em Cristo..."), que é momento onde o sacerdote oferece à Deus Pai o Santo Sacrifício de Nosso Senhor.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ascensão de Cristo - A Celebração de Seu Triunfo



Ana Maria Bueno Cunha

“Povos, aplaudi com as mãos, aclamai a Deus com vozes alegres, porque o Senhor é o Altíssimo, o temível, o grande Rei do universo. Ele submeteu a nós as nações, colocou os povos sob nossos pés, escolheu uma terra para nossa herança, a glória de Jacó, seu amado. Subiu Deus por entre aclamações, o Senhor, ao som das trombetas. Cantai à glória de Deus, cantai; cantai à glória de nosso rei, cantai. Porque Deus é o rei do universo; entoai-lhe, pois, um hino! Deus reina sobre as nações, Deus está em seu trono sagrado”. (Salmo 46, 2-9)

Sabemos que Cristo veio a este mundo, ao se encarnar no seio da Virgem Santíssima, para remir a humanidade decaída e condenada pelo pecado. Veio, sofreu e morreu numa Cruz para fazer a santa vontade do Pai. Obediente até a morte, Ressuscitou ao terceiro dia. Para nossa alegria e para Seu triunfo, subiu aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai com todo poder e glória.

"Com a Encarnação de Jesus começa todos os mistérios de nossa Religião, assim como também pela Ascensão é que termina a peregrinação de Cristo neste mundo" (CatRom 6 Artigo IV – a). Uma vez humilhado pela Encarnação, já que se submeteu a ser um como nós, teve na Sua Ascensão e no estar sentado à direita do Pai, a maravilhosa expressão da grandiosidade e poder, para nos mostrar a sua glória suprema e divina majestade.

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