Homilia do D. Henrique Soares da Costa – XXVI Domingo do Tempo Comum – Ano B
XXVI Domingo
Mc 9,38-43.45.47-48
«Disse-lhe João: “Mestre, vimos um tal expulsar demônios em teu nome, alguém que não nos segue, e quisemos impedi-lo porque não era dos nossos.” Jesus disse-lhes: “Não o impeçais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu nome e vá logo dizer mal de mim. Quem não é contra nós é por nós. De fato, seja quem for que vos der a beber um copo de água por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa.” “E se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria para ele atarem-lhe ao pescoço uma dessas mós que são giradas pelos jumentos, e lançarem-no ao mar. Se a tua mão é para ti ocasião de queda, corta-a; mais vale entrares mutilado na vida, do que, com as duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que não se apaga, Se o teu pé é para ti ocasião de queda, corta-o; mais vale entrares coxo na vida, do que, com os dois pés, seres lançado à Geena, E se um dos teus olhos é para ti ocasião de queda, arranca-o; mais vale entrares com um só no Reino de Deus, do que, com os dois olhos, seres lançado à Geena, onde o verme não morre e o fogo não se apaga.»
Laus Tibi Christe!
Hoje, a Palavra de Deus apresenta alguns elementos importantes que nos precisam ser continuamente recordados. Tanto a primeira leitura quanto o Evangelho, recordam-nos que Deus não é propriedade de ninguém. Ante o zelo mesquinho de João, Jesus afirma:
“Quem não é contra nós é a nosso favor”. É preciso compreender bem a afirmação do Senhor. Certamente, ele é o Caminho e a Verdade da humanidade; certamente ele fundou a Igreja, comunidade de seus discípulos; dotou essa Igreja do seu Espírito, de pastores e de toda uma estrutura visível. Esta Igreja de Cristo, nós cremos que permanece de modo pleno na Igreja Católica.
Isto significa que os elementos essenciais da Igreja de Cristo permanecem, por graça e fidelidade do Senhor, naquela Comunidade que ele fundou desde o início, a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica. Quais são esses elementos essenciais?