Basílica de Nossa Senhora de Luján - Buenos Aires, Argentina |
Segunda Seção - A Profissão da Fé Cristã
(595-623)
Capítulo Segundo - Creio em Jesus Cristo, Filho Único de Deus
Artigo 4 - «Jesus Cristo padeceu sob Pôncio Pilatos
foi Crucificado, Morto e Sepultado»
Parágrafo 2 - Jesus Morreu Crucificado
I. O processo de Jesus
Divisões entre as autoridades Judaicas a respeito de Jesus
595. Entre as autoridades religiosas de Jerusalém, não somente se encontravam o fariseu Nicodemos (421) e o notável José de Arimateia, discípulos ocultos de Jesus (422), mas também, durante muito tempo, houve dissensões a respeito d'Ele (423) ao ponto de, na própria véspera da paixão. João poder dizer deles que «um bom número acreditou n' Ele», embora de modo assaz imperfeito (Jo 12, 42); o que não é nada de admirar, tendo-se presente que, no dia seguinte ao de Pentecostes, «um grande número de sacerdotes se submetia à fé» (At 6, 7) e «alguns homens do partido dos fariseus tinham abraçado a fé» (At 15, 5), de tal modo que São Tiago podia dizer a São Paulo que «muitos milhares entre os judeus abraçaram a fé e todos têm zelo pela Lei» (At 21, 20).
596. As autoridades religiosas de Jerusalém não foram unânimes na atitude a adotar a respeito de Jesus (424). Os fariseus ameaçaram de excomunhão aqueles que O seguissem (425). Aos que temiam que «todos acreditassem n'Ele e os romanos viessem destruir o templo e a nação» (Jo 11, 48), o sumo sacerdote Caifás propôs, profetizando: «E do vosso interesse que morra um só homem pelo povo e não pereça a nação inteira» (Jo 11, 50). O Sinédrio, tendo declarado Jesus «réu de morte» (426) como blasfemo, mas tendo perdido o direito de condenar à morte fosse quem fosse (427), entregou Jesus aos romanos, acusando-O de revolta política (428) — o que O colocava em pé de igualdade com que Barrabás, acusado de «sedição» (Lc 23, 19). São também de caráter político as ameaças que os sumos-sacerdotes fazem a Pilatos, pressionando-o a condenar Jesus à morte (429).
Os Judeus não são coletivamente responsáveis pela morte de Jesus
597. Tendo em conta a complexidade histórica do processo de Jesus, manifestada nas narrativas evangélicas, e qualquer que tenha sido o pecado pessoal dos intervenientes no processo (Judas, o Sinédrio, Pilatos), que só Deus conhece, não se pode atribuir a responsabilidade do mesmo ao conjunto dos judeus de Jerusalém, apesar da gritaria duma multidão manipulada (430) e das censuras globais contidas nos apelos à conversão, depois do Pentecostes (431). O próprio Jesus, perdoando na cruz (432) e Pedro a seu exemplo, apelaram para «a ignorância» (433) dos judeus de Jerusalém e mesmo dos seus chefes. Menos ainda é possível estender a responsabilidade ao conjunto dos judeus no espaço e no tempo, a partir do grito do povo: «Que o seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos» (Mt 27, 25), que é uma fórmula de ratificação (434):
Por isso, a Igreja declarou no II Concílio do Vaticano:
Por isso, a Igreja declarou no II Concílio do Vaticano:
«Não se pode, todavia, imputar indistintamente a todos os judeus que então viviam, nem aos judeus do nosso tempo, o que na sua paixão se perpetrou. [...] Nem por isso os judeus devem ser apresentados como reprovados por Deus e malditos, como se tal coisa se concluísse da Sagrada Escritura» (435).
Todos os pecadores foram autores da Paixão de Cristo
598. A Igreja, no magistério da sua fé e no testemunho dos seus santos, nunca esqueceu que «os pecadores é que foram os autores, e como que os instrumentos, de todos os sofrimentos que o divino Redentor suportou» (436). Partindo do princípio de que os nossos pecados atingem Cristo em pessoa (437), a Igreja não hesita em imputar aos cristãos a mais grave responsabilidade no suplício de Jesus, responsabilidade que eles muitas vezes imputaram unicamente aos judeus:
«Devemos ter como culpados deste horrível crime os que continuam a recair nos seus pecados. Porque foram os nossos crimes que fizeram nosso Senhor Jesus Cristo suportar o suplício da cruz, é evidente que aqueles que mergulham na desordem e no mal crucificam de novo em seu coração, tanto quanto deles depende, o Filho de Deus, pelos seus pecados, expondo-O à ignomínia. E temos de reconhecer: o nosso crime, neste caso, é maior que o dos judeus. Porque eles, como afirma o Apóstolo, «se tivessem conhecido a Sabedoria de Deus, não teriam crucificado o Senhor da glória» (1 Cor 2, 8); ao passo que nós, pelo contrário, fazemos profissão de O conhecer: e, quando O renegamos pelos nossos atos, de certo modo levantamos contra Ele as nossas mãos assassinas» (438).
«Não foram os demônios que O pregaram na cruz, mas tu com eles O crucificaste, e ainda agora O crucificas quando te deleitas nos vícios e pecados» (439).
II. A morte redentora de Cristo no desígnio divino de salvação
«Jesus entregue, segundo o desígnio determinado de Deus»
599. A morte violenta de Jesus não foi fruto do acaso, nem coincidência infeliz de circunstâncias várias. Faz parte do mistério do desígnio de Deus, como Pedro explica aos judeus de Jerusalém, logo no seu primeiro discurso no dia de Pentecostes: «Depois de entregue, segundo o desígnio determinado e a previsão de Deus» (At 2, 23). Esta linguagem bíblica não significa que os que «entregaram Jesus» (440) foram simples atores passivos dum drama previamente escrito por Deus.
600. A Deus, todos os momentos do tempo estão presentes na sua atualidade. Por isso, Ele estabelece o seu desígnio eterno de «predestinação», incluindo nele a resposta livre de cada homem à sua graça: «Na verdade, Herodes e Pôncio Pilatos uniram-se nesta cidade, com as nações pagãs e os povos de Israel, contra o vosso santo Servo Jesus, a quem ungistes (441). Cumpriram assim tudo o que o vosso poder e os vossos desígnios tinham de antemão decidido que se realizasse» (At 4, 27-28). Deus permitiu os atos resultantes da sua cegueira (442), como fim de levar a cabo o seu plano de salvação (443).
«Morto pelos nossos pecados segundo as escrituras»
601. Este plano divino de salvação, pela entrega à morte do «Servo, o Justo» (444), tinha sido de antemão anunciado na Escritura como um mistério de redenção universal, quer dizer, de resgate que liberta os homens da escravidão do pecado (445) São Paulo professa, numa confissão de fé que diz ter «recebido» (446), que «Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3) (447). A morte redentora de Jesus deu cumprimento sobretudo à profecia do Servo sofredor (448). O próprio Jesus apresentou o sentido da sua vida e da sua morte à luz do Servo sofredor (449). Após a sua ressurreição, deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús (450) e depois aos próprios Apóstolos (451).
«Por nós, Deus fê-lo Pecado»
602. Consequentemente, Pedro pôde formular assim a fé apostólica no plano divino da salvação: «fostes resgatados da vã maneira de viver herdada dos vossos pais, pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeito nem mancha, predestinado antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por nossa causa» (1 Pe1, 18-20). Os pecados dos homens, que se seguiram ao pecado original, foram castigados com a morte (452). Enviando o seu próprio Filho na condição de escravo (453), que era a de uma humanidade decaída e votada à morte por causa do pecado (454), «a Cristo, que não conhecera o pecado, Deus fê-lo pecado por amor de nós, para que, em Cristo, nos tornássemos justos aos olhos de Deus» (2 Cor 5, 21).
603. Jesus não conheceu a reprovação como se tivesse pecado pessoalmente (455). Mas, no amor redentor que constantemente O unia ao Pai (456), assumiu-nos no afastamento do nosso pecado em relação a Deus a ponto de, na cruz, poder dizer em nosso nome: «Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste?» (Mc 15, 34) (457). Tendo-O feito solidário conosco, pecadores, «Deus não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O para morrer por nós todos» (Rm 8, 32), para que fôssemos «reconciliados com Ele pela morte do seu Filho» (Rm 5, 10).
Deus toma a iniciativa do Amor Redentor Universal
604. Entregando o seu Filho pelos nossos pecados, Deus manifesta que o seu plano sobre nós é um desígnio de amor benevolente, independente de qualquer mérito da nossa parte: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, foi Deus que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10) (458). «Deus prova assim o seu amor para conosco: Cristo morreu por nós quando ainda éramos pecadores» (Rm 5, 8).
605. Este amor é sem exclusão. Jesus lembrou-o ao terminar a parábola da ovelha perdida: «Assim, não é da vontade do meu Pai, que está nos céus, que se perca um só destes pequeninos» (Mt 18, 14). E afirma «dar a Sua vida em resgate pela multidão» (Mt 20, 28). Esta última expressão não é restritiva: simplesmente contrapõe o conjunto da humanidade à pessoa única do redentor, que Se entrega para a salvar (459). No seguimento dos Apóstolos (460), a Igreja ensina que Cristo morreu por todos os homens, sem exceção: «Não há, não houve, nem haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido» (461).
III. Cristo ofereceu-Se a Si mesmo ao Pai pelos nossos pecados
Toda a Vida de Cristo é oblação ao Pai
606. O Filho de Deus, «descido do céu, não para fazer a sua vontade mas a do seu Pai, que O enviou» (462), «diz, ao entrar no mundo: [...] Eis-me aqui, [...] ó Deus, para fazer a tua vontade. [...] E em virtude dessa mesma vontade, é que nós fomos santificados, pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre» (Heb 10, 5-10). Desde o primeiro instante da sua Encarnação, o Filho faz seu o plano divino de salvação, no desempenho da sua missão redentora: «O meu alimento é fazer a vontade d'Aquele que Me enviou e realizar a sua obra» (Jo 4, 34). O sacrifício de Jesus «pelos pecados do mundo inteiro» (1 Jo 2, 2) é a expressão da sua comunhão amorosa com o Pai: «O Pai ama-Me, porque Eu dou a minha vida» (Jo 10, 17). «O mundo tem de saber que amo o Pai e procedo como o Pai Me ordenou» (Jo 14, 31).
607. Este desejo de fazer seu o plano do amor de redenção do seu Pai, anima toda a vida de Jesus (463). A sua paixão redentora é a razão de ser da Encarnação: «Pai, salva-Me desta hora! Mas por causa disto, é que Eu cheguei a esta hora» (Jo 12, 27). «O cálice que o Pai Me deu, não havia de bebê-lo?» (Jo 18, 11). E ainda na cruz, antes de «tudo estar consumado» (Jo 19, 30), diz: «Tenho sede» (Jo 19, 28).
«O Cordeiro que tira o Pecado do mundo»
608. Depois de ter aceitado dar-Lhe o batismo como aos pecadores (464), João Baptista viu e mostrou em Jesus o «Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (465). Manifestou deste modo que Jesus é, ao mesmo tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca (466), carregando os pecados das multidões (467), e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel na primeira Páscoa (468), Toda a vida de Cristo manifesta a sua missão: «servir e dar a vida como resgate pela multidão» (469).
Jesus partilha livremente o amor Redentor do Pai
609. Ao partilhar, no seu coração humano, o amor do Pai para com os homens, Jesus «amou-os até ao fim» (Jo 13, 1), «pois não há maior amor do que dar a vida por aqueles que se ama» (Jo 15, 13). Assim, no sofrimento e na morte, a sua humanidade tornou-se instrumento livre e perfeito do seu amor divino, que quer a salvação dos homens (470). Com efeito, Ele aceitou livremente a sua paixão e morte por amor do Pai e dos homens a quem o Pai quer salvar: «Ninguém Me tira a vida. Sou Eu que a dou espontaneamente» (Jo 10, 18). Daí, a liberdade soberana do Filho de Deus, quando Ele próprio vai ao encontro da morte (471).
Na Ceia, Jesus ANTECIPOU a oblação livre da Sua Vida
610. Jesus exprimiu de modo supremo a oblação livre de Si mesmo na refeição que tornou com os doze Apóstolos (472), na «noite em que foi entregue» (1 Cor 11, 23). Na véspera da sua paixão, quando ainda era livre, Jesus fez desta última Ceia com os Apóstolos o memorial da sua oblação voluntária ao Pai (473) para a salvação dos homens: «Isto é o meu Corpo, que vai ser entreguepor vós» (Lc 22, 19). «Isto é o meu "Sangue da Aliança", que vai ser derramado por uma multidão, para remissão dos pecados» (Mt 26, 28).
611. A Eucaristia, que neste momento instituiu, será o «memorial» (474) do seu sacrifício. Jesus incluiu os Apóstolos na sua própria oferenda e pediu-lhes que a perpetuassem (475). Desse modo, instituiu os Apóstolos como sacerdotes da Nova Aliança: «Eu consagro-me por eles, para que também eles sejam consagrados na verdade» (Jo 17, 19) (476).
A Agonia no Getsêmani
612. O cálice da Nova Aliança, que Jesus antecipou na Ceia, oferecendo-Se a Si mesmo (477), é aceite seguidamente por Jesus das mãos do Pai, na agonia no Getsêmani (478), fazendo-Se «obediente até á morte» (Fl 2, 8) (479). Na sua oração, Jesus diz: «Meu Pai, se é possível, que se afaste de Mim este cálice [...]» (Mt 26, 39). Exprime desse modo o horror que a morte representa para a sua natureza humana. Com efeito, esta, como a nossa, está destinada à vida eterna. Mas, diferentemente da nossa, é perfeitamente isenta do pecado (480) que causa a morte (481). E, sobretudo, é assumida pela pessoa divina do «Príncipe da Vida» (482), do «Vivente» (483). Aceitando, com a sua vontade humana, que se faça a vontade do Pai (484) aceita a sua morte enquanto redentora, para «suportar os nossos pecados no seu corpo, no madeiro da cruz» (1 Pe 2, 24).
A Morte de Cristo é o Sacrifício Único e Definitivo
613. A morte de Cristo é, ao mesmo tempo, o sacrifício pascal que realiza a redenção definitiva dos homens (485) por meio do «Cordeiro que tira o pecado do mundo» (486), e o sacrifício da Nova Aliança (487) que restabelece a comunhão entre o homem e Deus (488), reconciliando-o com Ele pelo «sangue derramado pela multidão, para a remissão dos pecados» (489).
614. Este sacrifício de Cristo é único, leva à perfeição e ultrapassa todos os sacrifícios (490). Antes de mais, é um dom do próprio Deus Pai: é o Pai que entrega o seu Filho para nos reconciliar consigo (491). Ao mesmo tempo, é oblação do Filho de Deus feito homem, que livremente e por amor (492) oferece a sua vida (493) ao Pai pelo Espírito Santo (494) para reparar a nossa desobediência.
Jesus substitui a nossa desobediência pela Sua obediência
615. «Como pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, pela obediência de um só, muitos se tornarão justos» (Rm 5, 19). Pela sua obediência até à morte, Jesus realizou a ação substitutiva do Servo sofredor, que oferece a sua vida como sacrifício de expiação, ao carregar com o pecado das multidões, que justifica carregando Ele próprio com as suas faltas (495). Jesus reparou as nossas faltas e satisfez ao Pai pelos nossos pecados (496).
Na Cruz, Jesus consuma o Seu Sacrifício
616. É o «amor até ao fim» (497) que confere ao sacrifício de Cristo o valor de redenção e reparação, de expiação e satisfação. Ele conheceu-nos e amou-nos a todos no oferecimento da sua vida (498). «O amor de Cristo nos pressiona, ao pensarmos que um só morreu por todos e que todos, portanto, morreram» (2 Cor 5, 14). Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tornar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência, em Cristo, da pessoa divina do Filho, que ultrapassa e ao mesmo tempo abrange todas as pessoas humanas e O constitui cabeça de toda a humanidade, é que torna possível o seu sacrifício redentor por todos.
617. «Sua sanctissima passione in ligno crucis nobis justificationem meruit – Pela sua santíssima paixão no madeiro da cruz, Ele mereceu-nos a justificação» – ensina o Concílio de Trento (499), sublinhando o caráter único do sacrifício de Cristo como fonte de salvação eterna (500). E a Igreja venera a Cruz cantando: «O crux, ave, spes unica! – Ave, ó cruz, esperança única!» (501).
A Nossa participação no Sacrifício de Cristo
618. A cruz é o único sacrifício de Cristo, mediador único entre Deus e os homens (502). Mas porque, na sua pessoa divina encarnada. «Ele Se uniu, de certo modo, a cada homem» (503), «a todos dá a possibilidade de se associarem a este mistério pascal, por um modo só de Deus conhecido» (504). Convida os discípulos a tomarem a sua cruz e a segui-Lo (505) porque sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus passos (506). De fato, quer associar ao seu sacrifício redentor aqueles mesmos que são os primeiros beneficiários (507). Isto realiza-se, em sumo grau, em sua Mãe, associada, mais intimamente do que ninguém, ao mistério do seu sofrimento redentor (508):
Há uma só escada verdadeira fora do paraíso; fora da cruz, não há outra escada por onde se suba ao céu» (509).
Resumindo:
619. «Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras» (1 Cor 15, 3).
620. A nossa salvação procede da iniciativa amorosa de Deus em nosso favor, pois «foi Ele que nos amou a nós e enviou o seu Filho como vítima de propiciação pelos nossos pecados» (1 Jo 4, 10). «Foi Deus que, em Cristo, reconciliou consigo o mundo» (2 Cor 5, 19).
621. Jesus ofereceu-Se livremente para nossa salvação. Este dom, significa-o e realiza-o Ele, de antemão, durante a Ultimo Ceia: «Isto é o meu Corpo, que vai ser entregue por vós» (Lc 22, 19).
622. Nisto consiste a redenção de Cristo: Ele «veio dar a sua vida em resgate pela multidão» (Mt 20, 28), quer dizer; veio «amar os seus até ao fim» (Jo 13, 1), para que fossem libertos da má conduta herdada dos seus pais (510).
623. Pela sua obediência amorosa ao Pai, «até a morte de cruz» (Fl 2, 8), Jesus cumpriu a missão expiatória (511) do Servo sofredor, que justifica as multidões, tomando sobre Si o peso das suas faltas (Is 53, 11) (512).
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Notas:
421. Cf. Jo 7, 50.
422. Cf. Jo 19, 38-39.
423. Cf. Jo 9, 16-17; 10, 19-21.
424. Cf. Jo 9, 16; 10, 19.
425. Cf. Jo 9, 22.
426. Cf. Mt 26, 66.
427. Cf. Jo 18, 31.
428. Cf. Lc 23, 2.
429. Cf. Jo 19, 12.15.21.
430. Cf. Mc 15, 11.
431. Cf. Act 2, 23.36; 3, 13-14; 4, 10; 5, 30; 7, 52; 10, 39; 13, 27-28; 1 Ts 2, 14-15.
432. Cf. Lc 23, 34.
433. Cf. Act 3, 17.
434. Cf. Act 5, 28; 18, 6.
435. II Concílio do Vaticano, Decl. Nostra aetate, 4: AAS 58 (1966) 743.
436. CatRom 1, 5, 11. p. 64: Cf. Heb 12, 3.
437. Cf. Mt 25, 45; Act 9, 4-5.
438. CatRom 1, 5, 11, p. 64.
439. São Francisco de Assis, Admonitia 5, 3: Opuscula Sancti Patris Francisci Assisiensis, ed. G. Esser (Grottaferrata 1978) p. 66. [Fontes Franciscanas I (Braga. Editorial Franciscana. 1994) p. 114].
440. Cf. Act 3, 13.
441. Cf. Sl 2, 1-2.
442. Cf. Mt 26, 54; Jo 18, 36: 19, 11.
443. Cf. Act 3, 17-18.
444. Cf. Is 53, 11: Act 3, 14.
445. Cf. Is 53, 11-12; Jo 8. 34-3
446. Cf. 1 Cor 15, 3.
447. Cf. também Act 3, 18; 7, 52; 13, 29; 26, 22-23.
448. Cf. Is 53. 7-8; Act 8, 32-35.
449. Cf. Mt 20, 28.
450. Cf. Lc 24, 25-27.
451. Cf. Lc 24, 44-45.
452. Cf. Rm 5, 12: 1 Cor 15, 56.
453. Cf. Fl 2, 7.
454. Cf. Rm 8, 3.
455. Cf. Jo 8, 46.
456. Cf. Jo 8, 29.
457. Cf. Sl 22, 1.
458. Cf. 1 Jo 4, 19.
459. Cf. Rm 5, 18-19.
460. Cf. 2 Cor 5, 15: 1 Jo 2, 2.
461. Concílio de Quiercy (ano 853). De libero arbitrio hominis et de praedestinatione, canon 4: DS 624.
462. Cf. Jo 6. 38.
463. Cf. Lc 12, 50; 22, 15: Mt 16, 21-23.
464. Cf. Lc 3, 21; Mt 3, 14-15.
465. Cf. Jo 1, 29.36.
466. Cf. Is 53, 7: Jr 11,19.
467. Cf. Is 53, 12.
468. Cf. Ex 12, 3-14; Jo 19, 36; 1 Cor 5, 7.
469. Cf. Mc 10, 45.
470. Cf. Heb 2, 10.17-18; 4, 15; 5, 7-9.
471. Cf. Jo 18, 4-6; Mt 26, 53.
472. Cf. Mt 26, 20.
473. Cf. 1 Cor 5, 7.
474. Cf. 1 Cor 11, 25.
475. Cf. Lc 22, 19.
476. Cf. Concílio de Trento, Sess. 22ª, Doctrina de sanctissimo Missae Sacriftcio, canon 2: DS 1752: Sess. 23ª, Doctrina de sacramento Ordinis, c. 1: DS 1764.
477. Cf. Lc 22, 20.
478. Cf. Mt 26, 42.
479. Cf. Heb 5, 7-8.
480. Cf. Heb 4, 15.
481. Cf. Rm 5, 12.
482. Cf. Act 3, 15.
483. Cf. Ap 1, 18; Jo 1, 4; 5, 26.
484. Cf. Mt 26, 42.
485. Cf. 1 Cor 5, 7; Jo 8, 34-36.
486. Cf. Jo 1, 29: 1 Pe 1, 19.
487. Cf. 1 Cor 11, 25.
488. Cf. Ex 24, 8.
489. Cf. Mt 26, 28; Lv 16, 15-16.
490. Cf. Heb 10, 10.
491. Cf. 1 Jo 4, 10.
492. Cf. Jo 15, 13.
493. Cf. Jo 10, 17-18.
494. Cf. Heb 9, 14.
495. Cf. Is 53, 10-12.
496. Cf. Concílio de Trento, Sess. 6ª, Decretum de iustificatione, c. 7: DS 1529.
497. Cf. Jo 13, 1.
498. Cf. Gl 2, 20; Ef 5, 2. 25.
499. Concílio de Trento, Sess. 6ª. Decretum de iustificatione, c. 1: DS 1529.
500. Cf. Heb 5, 9.
501. Aditamento litúrgico ao Hino «Vexilla Regis»: Liturgia Horarum, editio typica. N. 2 (Typis Polyglottis Vaticanis 1974) p. 313: v. 4, p. 1129 [a versão litúrgica em português difere um pouco: «Cruz do Senhor, és única esperança!»: Liturgia das Horas. v. 2 (Gráfica de Coimbra 1983) p. 366; v. 4. p. 1267].
502. Cf. 1 Tm 2, 5.
503. II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 22: AAS 58 (1966) 1042.
504. Cf. II Concílio do Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 22: AAS 58 (1966) 1043.
505. Cf. Mt 16, 24.
506. Cf. 1 Pe 2, 21.
507. Cf. Mc 10, 39; Jo 21, 18-19; Cl 1, 24.
508. Cf. Lc 2, 35.
509. Santa Rosa de Lima: P. Hansen. Vita mirabilis [...] venerabilis sororis Rosae de sancta Maria Limensis (Romae 1664), p. 137.
510. Cf. 1 Pe 1, 18.
511. Cf. Is 53, 10.
512. Cf. Is 53, 11; Rm 5, 19.
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