Deus nos manda sermos santos: "Dirás a toda a assembléia de Israel o seguinte: sede santos, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo" (Lv 19,2).
A Bíblia ensina em diversas oportunidades que na morada de Deus não entra o pecado. Vejamos por exemplo Hebreus:
"E tão terrível era o espetáculo, que Moisés exclamou: Eu tremo de pavor. Vós, ao contrário, vos aproximastes da montanha de Sião, da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial, das miríades de anjos, da assembléia festiva dos primeiros inscritos no livro dos céus, e de Deus, juiz universal, e das almas dos justos que chegaram à perfeição, enfim, de Jesus, o mediador da Nova Aliança, e do sangue da aspersão, que fala com mais eloqüência que o sangue de Abel" (Hb 12,21-24)
O Apocalipse confirma que na “cidade do Deus vivo, da Jerusalém celestial” só entrarão as “almas dos justos que chegaram à perfeição”, veja:
"Levou-me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a Cidade Santa, Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, revestida da glória de Deus. Assemelhava-se seu esplendor a uma pedra muito preciosa, tal como o jaspe cristalino [...] Nela não entrará nada de profano nem ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida do Cordeiro" (Ap 21,10-11.27) .
O próprio livro do Apocalipse é rico em referências ao necessário estado de santidade em que se encontram aqueles que JÁ ESTÃO no Céu, veja em Ap 3,5; 7,9.13-14; 22,14.
Por isso é que sabendo de tudo isso exclamou Davi:
"Senhor, quem há de morar em vosso tabernáculo? Quem habitará em vossa montanha santa? O que vive na inocência e pratica a justiça, o que pensa o que é reto no seu coração, cuja língua não calunia; o que não faz mal a seu próximo, e não ultraja seu semelhante. O que tem por desprezível o malvado, mas sabe honrar os que temem a Deus; o que não retrata juramento mesmo com dano seu, não empresta dinheiro com usura, nem recebe presente para condenar o inocente. Aquele que assim proceder jamais será abalado" (Sl 14).