sábado, 12 de janeiro de 2013

Cerimonial dos Bispos - A Missa I - Missa Estacional do Bispo Diocesano


II Parte
A MISSA


Capítulo I
MISSA ESTACIONAL DO BISPO DIOCESANO



Introdução

119. A manifestação mais importante da Igreja local dá-se quando o Bispo, na qualidade de sumo sacerdote do seu rebanho, celebra a Eucaristia, mormente na igreja catedral, rodeado do seu presbitério e ministros, com a plena e ativa participação de todo o povo santo de Deus. Esta Missa, chamada “estacional”, manifesta, não somente a unidade da Igreja local, mas também a diversidade dos ministérios ao redor do Bispo e da sagrada Eucaristia. Para ela, portanto, se convoque o maior número possível de fiéis, nela concelebrem os presbíteros com o Bispo, desempenhem os diáconos o seu ministério, exerçam os acólitos e leitores as suas funções.

120. Esta forma de Missa deve sobretudo seguir-se nas maiores solenidades do ano litúrgico, quando o Bispo consagra o santo crisma e na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, no “die natali” do Bispo, nas grandes concentrações do povo cristão, e ainda na visita pastoral.

121. A Missa estacional deve ser cantada, segundo as normas da Instrução Geral do Missal Romano.

122. Via de regra, convém que haja pelo menos três diáconos propriamente ditos: um para o Evangelho e para ministrar ao altar, e dois para assistir o Bispo. Se forem mais, distribuam entre si os diferentes ministérios, e pelo menos um deles dirija a participação ativa dos fiéis. Se não puder haver diáconos propriamente ditos, os seus ministérios serão desempenhados por presbíteros. Estes, revestidos das vestes sacerdotais, concelebram com o Bispo, ainda que tenham de celebrar outra Missa para o bem pastoral dos fiéis.

123. Na igreja catedral, se estiver presente o Cabido, convém que todos os cônegos concelebrem com o Bispo a Missa estacional, sem com isto excluir os outros presbíteros. Os Bispos, porventura, presentes e os cônegos não concelebrantes devem apresentar-se de hábito coral.

124. Quando, por circunstâncias particulares, não se possa juntar uma Hora canônica à Missa estacional do Bispo, e o Cabido tem obrigação de coro, deve este celebrar essa Hora em tempo oportuno.

125. Devem preparar-se:

a) dentro do presbitério, nos lugares respectivos:
- o Missal;
- o Lecionário;
- folhetos para os concelebrantes;
- o texto da oração universal, tanto para o Bispo como para o diácono;
- livro dos cantos;
- cálice de dimensões suficientes coberto com o véu;
- pala;
- corporal;
- sanguinhos;
- bacia, jarra com água e toalha;
- um recipiente com água para se benzer, quando se houver de usar no ato penitencial;
- patena para a Comunhão dos fiéis;
b) em local conveniente:
- pão, vinho e água (outros dons)
c) na sacristia, ou nos vestiário:
- o livro dos Evangelhos;
- o turíbulo e a naveta com incenso;
- a cruz que se há de levar na procissão;
- sete (ou pelo menos dois) castiças com velas acesas; e ainda:
- para o Bispo: bacia, jarra com água e toalha; amito, alva, cíngulo, cruz peitoral, estola, dalmática, casula (pálio, no caso de Metropolita), solidéu, mitra, anel, báculo;
- para os concelebrantes: amitos, alvas, cíngulos, estolas, casulas;
- para os diáconos: amitos, alvas, cíngulos, estolas, dalmáticas;
- para os restantes ministros: amitos, alvas, cíngulos, ou sobrepeliz a serem usados sobre o hábito talar; ou outras vestes devidamente aprovadas. Os paramentos sagrados hão de ser da cor da Missa que se celebra ou de cor festiva.
Chegada e preparação do Bispo



126. Após a recepção, conforme o n. 79, o Bispo, ajudado pelos diáconos assistentes e pelos outros ministros, que, antes de ele chegar, já devem estar paramentados com as respectivas vestes sagradas, tira a capa ou a mozeta no vestiário e, se for conveniente, também o roquete, lava as mãos, e põe o amito, a alva, o cíngulo, a cruz peitoral, a estola, a dalmática e a casula. A seguir, um dos diáconos impõe-lhe a mitra. O Arcebispo, antes da mitra é-lhe imposto o pálio pelo primeiro diácono. Entretanto, os presbíteros concelebrantes e outros diáconos que não ajudam o Bispo, vestem os respectivos paramentos.

127. Estando todos preparados, aproxima-se o acólito turiferário, o Bispo impõe o incenso no turíbulo e benze-o fazendo sobre ele o sinal da cruz, tendo-lhe um dos diáconos apresentado a naveta. Em seguida, o Bispo recebe do ministro o báculo. Um dos diáconos toma o livro dos Evangelhos, e leva-o com reverência, fechado, na procissão de entrada.

Ritos Iniciais

128. Enquanto se executa o canto de entrada, faz-se a procissão da sacristia ou do vestiário para o presbitério, assim organizada:
- turiferário com o turíbulo aceso;
- outro acólito com a cruz, no meio de sete ou pelo menos dois acólitos, com castiçais de velas acesas; 
- clérigos, dois a dois;
- o diácono com o livro dos Evangelhos;
- outros diáconos, se houver, dois a dois;
- presbíteros concelebrantes, dois a dois;
- o Bispo, que avança sozinho, de mitra, levando o báculo pastoral na mão esquerda e abençoando com a mão direita;
- um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes;
- por fim, os ministros do livro, da mitra e do báculo.
- Se a procissão passar diante do Santíssimo Sacramento, não se pára nem se faz genuflexão.
129. É de louvor que a cruz processional fique erguida junto do altar, de modo a ser própria cruz do altar, caso contrário será retirada; os castiçais colocam-se junto do altar, na credência ou perto dela no presbitério; o livro dos Evangelhos depõe-se sobre o altar.

130. Ao entrarem no presbitério, todos, dois a dois, fazem inclinação profunda ao altar; os diáconos e os presbíteros concelebrantes aproximam-se do altar e beijam-no; e a seguir vão para os seus lugares.

131. O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega o báculo ao ministro, depõe a mitra, e faz inclinação profunda ao altar, ao mesmo tempo que os diáconos e os outros ministros que o acompanham. Depois, sobe ao altar e beija-o, juntamente com os diáconos. Em seguida, depois de o acólito, se for necessário, ter de novo imposto incenso no turíbulo, incensa o altar e a cruz, acompanhado por dois diáconos.

132. Em seguida, Bispo, concelebrantes e fiéis, de pé, benzem-se, ao mesmo tempo que o Bispo, voltado para o povo, diz: Em nome do Pai. Depois, o Bispo, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: A paz esteja convosco, ou outra das fórmulas contidas no Missal. A seguir, o próprio Bispo, um diácono ou um dos concelebrantes pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia. Depois o Bispo convida ao ato penitencial, que conclui dizendo: Deus todo-poderoso. Se for necessário, o ministro segura o livro diante do Bispo. Quando se utiliza a terceira fórmula do ato penitencial, as invocações são proferidas pelo próprio Bispo, por um diácono, ou por outro ministro idôneo.



133. Aos domingos, em vez de costumado ato penitencial, é de louvar se faça a bênção e a aspersão da água. Feita a saudação, o Bispo, de pé, na cátedra, voltado para o povo e tendo diante de si um recipiente com água para benzer, trazido por um ministro, convida o povo a orar, e, após breve pausa de silêncio, profere a bênção. Onde a tradição popular aconselhe se mantenha o costume de misturar o sal na bênção da água, o Bispo benze também o sal, e depois deita-o na água. O Bispo recebe do diácono o aspersório, asperge-se a si mesmo, aos concelebrantes, ministros, clero e povo, se for conveniente, indo pela igreja, acompanhado dos diáconos. Entretanto, executa-se o canto que acompanha a aspersão. De regresso à cátedra, e terminado o canto, o Bispo, de pé, de mãos estendida, diz a oração conclusiva. Em seguida, quando prescrito, canta-se ou recita-se o hino Glória a Deus nas alturas.

134. Após o ato penitencial, diz-se o Senhor, salvo nos casos em que se tiver a aspersão da água ou utilizado a terceira fórmula ao ato penitencial, ou as rubricas prescreverem outra coisa.

135. O Glória diz-se conforme as rubricas. Pode ser entoado pelo Bispo, por um dos concelebrantes, ou pelos cantores. Durante o canto, ficam todos de pé.

136. A seguir, o Bispo convida o povo a orar, cantando ou dizendo com as mãos juntas: Oremos; e, depois de breve pausa em silêncio, de mãos estendidas, ajunta a coleta, pelo livro que o ministro lhe apresenta. O Bispo junta as mãos ao concluir a oração, dizendo: Por nosso Senhor Jesus Cristo..., ou outras palavras. No fim, o povo aclama: Amém. Depois, o Bispo senta-se e, habitualmente, recebe a mitra de um dos diáconos. Todos se sentam; os diáconos e os restantes ministros devem sentar-se consoante o permita a disposição do presbitério, mas de maneira a não dar a idéia de que eles ocupam o mesmo grau que os presbíteros.

Liturgia da Palavra

137. Terminada a coleta o leitor vai ao ambão; e estando todos sentados, recita a primeira leitura, que todos escutam. No fim da leitura, canta-se ou diz-se Palavra do Senhor, e todos respondem com a aclamação.

138. Em seguida, o leitor desce. Todos, em silêncio, meditam brevemente no que ouviram. Depois, o salmista ou cantor, ou o próprio leitor, canta ou recita o salmo numa das formas previstas.

139. Outro leitor profere no ambão a segunda leitura, como acima, e todos escutam sentados.

140. Segue-se o Aleluia ou outro canto, conforme o tempo litúrgico. Começando o Aleluia, todos se levantam, exceto o Bispo. O turiferário aproxima-se e, enquanto um dos diáconos apresenta a naveta, o Bispo deita e benze o incenso, sem dizer nada. O diácono que houver de proclamar o Evangelho, inclina-se profundamente diante do Bispo e pede a bênção em voz baixa, dizendo: Dá-me a tua bênção; o Bispo abençoa-o, dizendo: O Senhor esteja em teu coração. O diácono benze-se e responde: Amém. O Bispo depõe a mitra e levanta-se. O diácono aproxima-se do altar; juntam-se-lhe o turiferário com o turíbulo fumegante e os acólitos com as velas acesas. O diácono faz a inclinação ao altar, toma com reverência o livro dos Evangelhos e, sem fazer inclinação ao altar, levando solenemente o livro, dirige-se para o ambão, precedido do turiferário e dos acólitos com as velas.



141. No ambão, o diácono, de mãos juntas, saúda o povo. Às palavras Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, faz o sinal da cruz primeiro sobre o livro e depois sobre si mesmo na fronte, nos lábios e no peito; e o mesmo fazem todos os demais. O Bispo recebe o báculo. O diácono incensa o livro e proclama o Evangelho, estando todos de pé, voltados para ele. Terminado o Evangelho, o diácono leva o livro ao Bispo; este beija-o e diz em voz baixa: Que as palavras do Evangelho, ou então o próprio diácono beija o livro, dizendo em voz baixa as mesmas palavras. Por fim, o diácono e os outros ministros voltam para os seus lugares. O livro dos Evangelhos é levado para a credência ou para outro lugar conveniente.

142. Todos se sentam e o Bispo, de preferência de mitra e báculo, sentado no trono ou noutro lugar mais adequado de onde possa ser visto e ouvido mais comodamente por todos, profere a homilia. Terminada esta, podem-se guardar uns momentos de silêncio.

143. Finda a homilia, salvo quando se siga a celebração de algum rito sacramental ou consecratório, ou alguma bênção, conforme o Pontifical ou o Ritual Romano, o Bispo depõe a mitra e o báculo, levanta-se, e, estando todos de pé, canta-se ou recita-se o símbolo, segundo as rubricas. Às palavras e se encarnou, todos se inclinam; genufletem, porém, no Natal e na Anunciação do Senhor.

144. Recitando o símbolo, o Bispo, de pé, na cátedra, de mãos juntas, dirige-se a monição a convidar os fiéis à oração universal. Em seguida, um dos diáconos, um cantor, um leitor ou outra pessoa, do ambão ou de outro lugar conveniente, profere as intenções, e o povo participa na parte que lhe compete. Por fim, o Bispo, de mãos estendidas, diz a oração conclusiva.

Liturgia Eucarística

145. Terminada a oração universal, o Bispo senta-se de mitra. Os concelebrantes e o povo sentam-se também. Executa-se, então, o canto do ofertório, o qual se prolonga pelo menos até os dons terem sido depostos no altar. Os diáconos e os acólitos colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice e o Missal. Em seguida, apresentam-se as oferendas. Convém que os fiéis manifestem a sua participação, apresentando o pão e vinho para a celebração da Eucaristia, e mesmo outros dons para atender às necessidades da igreja e dos pobres. As ofertas dos fiéis são recebidas em lugar adequado pelos diáconos ou pelo Bispo. O pão e o vinho são levados para o altar pelos diáconos; as outras ofertas para lugar conveniente previamente preparado.

146. O Bispo vai para o altar, depõe a mitra, recebe do diácono a patena com o pão e, segurando-a com ambas as mãos um pouco elevada acima do altar, diz em voz baixa a fórmula correspondente. Em seguida, depõe a patena com o pão sobre o corporal.

147. Entretanto, o diácono deita o vinho e um pouco de água no cálice, dizendo em voz baixa: Pelo mistério desta água. Depois, apresenta-se o cálice ao Bispo, o qual, segurando-o com ambas as mãos um pouco elevado acima do altar, diz em voz baixa a fórmula prescrita, e depois coloca-o sobre o corporal; o diácono cobre-o eventualmente com a pala.

148. Depois, o Bispo, inclinado no centro do altar, diz em voz baixa: De coração contrito e humilde.

149. A seguir, o turiferário aproxima-se do Bispo, e este apresentando-lhe o diácono a naveta, impõe o incenso e benze-o; depois, o Bispo recebe o turíbulo das mãos do diácono e incensa as oblatas, o altar e a cruz, como no princípio da Missa, acompanhado do diácono. Feito isto, todos se levantam, e o diácono, postado ao lado do altar, incensa o Bispo, de pé, sem mitra, depois os concelebrantes e, a seguir, o povo. Haja o cuidado de que a admonição Orai irmãos, e a oração sobre as oblatas não sejam proferidas antes de terminada a incensação.



150. Incensado o Bispo, e estando este de pé, sem mitra, ao lado do altar, aproximam-se os ministros com o jarro de água, a bacia e a toalha, para lavar e enxugar as mãos. O Bispo lava e enxuga as mãos. Se for conveniente, um dos diáconos tira o anel ao Bispo, o qual lava as mãos, dizendo em voz baixa: Lavai-me, Senhor. Enxugadas as mãos e retomado o anel, o Bispo volta ao meio do altar.

151. Virando-se para o povo, o Bispo, estende e junta as mãos, e convida o povo a orar, dizendo: Orai, irmãos.

152. Depois da resposta Receba o Senhor, o Bispo estende as mãos e canta ou recita a oração sobre as oferendas. No fim, o povo aclama: Amém.

153. Em seguida, o diácono tira o solidéu do Bispo e entrega-o ao ministro. Os concelebrantes aproximam-se do altar e colocam-se à volta dele, de modo, porém, que não impeçam o desenrolar dos ritos e os fiéis possam ver bem a ação sagrada. Os diáconos ficam atrás dos concelebrantes, para, quando for necessário, um deles ministrar ao cálice ou ao missal. Ninguém se coloque entre o Bispo e os concelebrantes, nem entre os concelebrantes e o altar.

154. O Bispo dá início à Oração eucarística, recitando o prefácio. Estendendo as mãos, canta ou diz: O Senhor esteja convosco. Ao prosseguir: Corações ao alto, eleva as mãos; e, de mãos estendidas, acrescenta: Demos graças ao Senhor, nosso Deus. Depois de o povo responder: É nosso dever, o Bispo continua o prefácio; concluído este, junta as mãos e, com os concelebrantes, ministros e povo, canta: Santo.

155. O Bispo continua a Oração eucarística, segundo os n. 171-191 da Instrução Geral sobre o Missal Romano e as rubricas próprias de cada uma das Orações. As partes a proferir por todos os concelebrantes simultaneamente, de mãos estendidas, devem ser recitadas em voz submissa, de modo que a voz do Bispo se possa ouvir distintamente. Nas Orações eucarísticas I, II, III e IV, o Bispo, depois das palavras: o nosso Papa N., acrescenta: e comigo vosso indigno servo. Se se cobrir o cálice e a píxide, o diácono descobre-os antes da epiclese. Um dos diáconos deita incenso no turíbulo, e incensa a hóstia e o cálice a cada elevação. Desde a epiclese até à elevação do cálice, os diáconos permanecem de joelhos. Depois da consagração, o diácono, se for conveniente, cobre novamente o cálice e a píxide. Dito pelo Bispo: Eis o mistério da fé, o povo profere a aclamação.

156. As intercessões especiais, mormente na celebração de algum rito sacramental, consecratório, ou de bênção, dir-se-ão de harmonia com a estrutura de cada Oração eucarística, utilizando os formulários que vêm no Missal ou nos outros livros litúrgicos.

157. Na Missa crismal, antes de o Bispo dizer: Por ele, não cessais de criar na I Oração eucarística, ou antes da doxologia Por Cristo, nas restantes Orações eucarísticas, benze-se o óleo dos enfermos, como vem no Pontifical Romano, a não ser que, por motivos pastorais, esta bênção se faça após a liturgia da palavra.

158. À doxologia final da Oração eucarística o diácono, pondo-se ao lado do Bispo, eleva o cálice, enquanto o Bispo eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha dito a aclamação Amém. A doxologia final da Oração eucarística é proferida pelo Bispo sozinho ou por todos os concelebrantes juntamente com o Bispo.

159. Terminada a doxologia da Oração eucarística, o Bispo junta as mãos e proclama o convite à oração dominical, a qual todos a seguir cantam ou recitam. Enquanto isso, o Bispo e os concelebrantes mantêm as mãos estendidas.

160. O Livrai-nos de todos os males, só é dito pelo Bispo, com as mãos estendidas. Os presbíteros concelebrantes, juntamente com o povo, proferem a aclamação final: Vosso é o Reino.

161. Depois o Bispo diz a oração: Senhor Jesus Cristo, dissestes; terminada esta, anuncia a paz, voltado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu. Se for conveniente, um dos diáconos convide à paz, dizendo voltado para o povo: Meus irmãos, saudai-vos. O Bispo dá a paz pelo menos aos dois diáconos. E todos, consoante os costumes locais, se dão mutuamente a paz e a caridade.30

162. O Bispo dá início à fração do pão, que alguns dos presbíteros concelebrantes continuam; enquanto isso, repete-se Cordeiro de Deus, as vezes que for necessário, acompanhando a fração do pão. O Bispo deita no cálice uma partícula da hóstia, dizendo em voz baixa: Esta união.



163. O Bispo diz em voz baixa a oração antes da comunhão, genuflete e pega na patena. Os concelebrantes, um após outro, aproximam-se do Bispo, genufletem e recebem dele reverentemente o Corpo de Cristo, que seguram com a mão direita, pondo por baixo a esquerda, e voltam para os seus lugares. Os concelebrantes podem também permanecer nos seus lugares e aí tomar o Corpo de Cristo. Depois o Bispo toma a hóstia e, levantando-a um pouco acima da patena, diz voltado para o povo: Eis o Cordeiro de Deus; e continua com os concelebrantes e, o povo: Senhor, eu não sou digno. Enquanto o Bispo comunga o Corpo de Cristo, começa o canto da Comunhão.

164. O Bispo, depois de tomar o Sangue do Senhor, entrega o cálice a um dos diáconos e distribui a Comunhão aos diáconos e aos fiéis. Os concelebrantes aproximam-se do altar, genufletem e tomam o Sangue do Senhor, que os diáconos lhes apresentam, limpando o cálice com um sanguinho depois da Comunhão de cada concelebrante.

165. Terminada a distribuição da Comunhão, um dos diáconos consome o resto do Sangue, leva o cálice para a credência e aí, imediatamente ou depois da Missa, o purifica e o compõe. Enquanto isso, outro diácono ou um dos concelebrantes leva para o sacrário as partículas consagradas que tiverem sobrado, e, na credência, purifica a patena ou a píxide sobre o cálice, antes de o purificar.

166. Tendo regressado à cátedra, após a comunhão, o Bispo retoma o solidéu e, se for necessário, lava as mãos. Estando todos sentados, pode guardar-se silêncio sagrado durante um espaço de tempo, ou executa-se um canto de louvor ou um salmo.

167. Depois, o Bispo, de pé na cátedra, enquanto um ministro segura o livro, ou voltando ao altar com os diáconos, canta ou recita: Oremos; de mãos estendidas, acrescenta a oração depois da comunhão, a qual pode ser precedida de breve silêncio, se o não tiver havido logo após a comunhão. No fim da oração, o povo aclama: Amém.

Ritos Finais

168. Terminada a oração depois da Comunhão, façam-se breves avisos ao povo, no caso de os haver.

169. Por fim, o Bispo recebe a mitra e, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja convosco; o povo responde: Ele está no meio de nós. Um dos diáconos pode dirigir ao povo o convite: Inclinai-vos para receber a bênção, ou outra fórmula de sentido idêntico. E o Bispo dá a bênção solene, usando a fórmula adequada de entre as que vêm no Missal, no Pontifical ou no Ritual Romano. Enquanto profere as primeiras invocações ou a prece, mantém as mãos estendidas sobre o povo, e todos respondem: Amém. Depois recebe o báculo, e diz: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, e, fazendo o sinal da cruz sobre o povo, acrescenta: Pai, Filho e Espírito Santo. O Bispo pode também dar a bênção usando uma das fórmulas que vêm mais adiante nos n.1120-1121. Quando, segundo as normas do direito, dá a bênção apostólica, esta é dada em vez da bênção habitual; é anunciada pelo diácono e proferida com as fórmulas próprias.

170. Dada a bênção, um dos diáconos despede o povo dizendo: Vamos em paz...; e todos respondem: Graças a Deus. Depois, o Bispo beija normalmente o altar, e faz-lhe a devida reverência. Os concelebrantes e todos os demais que estão no presbitério saúdam o altar, como no princípio, e voltam processionalmente à sacristia, pela mesma ordem que vieram. Ao chegar à sacristia, todos, juntamente com o Bispo, fazem inclinação à cruz. Depois os concelebrantes saúdam o Bispo e depõem cuidadosamente as vestes nos seus lugares. Os ministros saúdam igualmente o Bispo ao mesmo tempo, depõem todas as coisas de que se serviram na celebração acabada de realizar e, a seguir, tiram as vestes. Haja da parte de todos cuidado em guardar silêncio, em atitude de comum recolhimento e de respeito para com a santidade da casa de Deus.



Cerimonial dos Bispos

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