domingo, 29 de abril de 2012

Catequese - IV Domingo da Páscoa



Homilia de D. Henrique Soares da Costa – IV Domingo de Páscoa – Ano B



IV DOMINGO DE PÁSCOA
(Jo 10,11-18)

« Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor nem dono das ovelhas, quando vê o lobo se aproximar, abandona as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e as dispersa. E isto porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço minhas ovelhas e minhas ovelhas me conhecem, como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas, mas não estão neste cercado, é preciso trazê-las também. Elas ouvirão minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. Se o pai me ama é porque dou minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a vida de mim; mas eu a dou por minha própria vontade. Tenho poder de entregá-la e poder de a retomar. Este é o mandamento que recebi de meu Pai” » Laus Tibi Christe!



Este Quarto Domingo da Páscoa é conhecido como Domingo do Bom Pastor, pois nele se lê sempre um trecho do capítulo 10 de São João, onde Jesus se revela como o Bom Pastor. Mas, o que isso tem a ver com o tempo litúrgico que ora estamos vivendo? A resposta, curta e graciosa, encontra-se na antífona de comunhão que o Missal Romano traz: “Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas e quis morrer pelo rebanho!” Aqui está tudo!

“Eu sou o bom pastor” – disse Jesus. O adjetivo grego usado para “bom” significa mais que bom: é belo, perfeito, pleno, bom. Jesus é, portanto, o pastor por excelência, aquele pastor que o próprio Deus sempre foi. Pela boca de Ezequiel profeta, Deus tinha prometido que ele próprio apascentaria o seu rebanho: “Eu mesmo cuidarei do meu rebanho e o procurarei. Eu mesmo apascentarei o meu rebanho, eu mesmo lhe darei repouso” (34,11.15). Pois bem: Jesus apresenta-se como o próprio Deus pastor do seu povo!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA - Primazia da Oração


Boletim da Santa Sé - Tradução: Mirticeli Medeiros - equipe do CN notícias - Praça de São Pedro, Vaticano - Quarta-feira, 25 de abril de 2012


"Queridos irmãos e irmãs 

Na catequese passada, mostrei que a Igreja, desde o início do seu caminho, teve que enfrentar situações imprevistas, novas questões e emergências às quais procurou dar respostas à luz da fé, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. 

Hoje gostaria de deter-me sobre uma outra situação, sobre um problema sério que a primeira comunidade cristã de Jerusalém teve que enfrentar e resolver, como nos narra São Lucas no capítulo sexto dos Atos dos Apóstolos, a respeito da pastoral da caridade junto às pessoas solitárias e necessitadas de assistência e ajuda. 

A questão não é secundária para a Igreja e corre-se o risco naquele momento, de criar divisões no interior da Igreja; o número dos discípulos, de fato, vinha aumentando, mas aqueles de língua grega começavam a lamentar-se contra aqueles de língua hebraica porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição cotidiana (At. 6,1). 


quarta-feira, 25 de abril de 2012

São Marcos Evangelista - Discípulo de São Pedro


Autor do segundo Evangelho, colaborador, intérprete e discípulo dileto de São Pedro, fundador da Sé de Alexandria e amado patrono da República de Veneza

Sobre a origem e identidade de São Marcos Evangelista houve muita discussão. Seria ele o mesmo personagem importante, na Igreja apostólica, que umas vezes é chamado João (At. 13, 5-13), outras João Marcos (At. 12, 12; 15, 37), e outras somente Marcos (At. 15, 39)? 

Alguns dizem que se trata de duas pessoas diferentes.(1) Entretanto, parece prevalecer entre os exegetas a opinião de que os vários nomes referem-se sempre à mesma pessoa –– São Marcos, Evangelista, discípulo de São Pedro, citado por São Paulo várias vezes, e por São Pedro na sua primeira epístola, onde o chama “meu filho dileto”.

Essa divergência se explica porque, segundo costume então em voga na Palestina, uma pessoa podia ter, além do nome judaico, um nome greco-romano, máxime se procedia de províncias do Império Romano. Tanto no caso de São Marcos como no de São Paulo, o nome romano terminou por impor-se sobre o hebreu.

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mitos 30 e 31: Rito Romano e Tradição Litúrgica

Mito 30: "A Missa Tridentina é antiquada"

Não é.


A Missa Tridentina é o Rito Romano celebrado na sua forma tradicional, promulgada pelo Papa São Pio V no Concílio de Trento. As diferenças entre a Missa Tridentina e a forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI NÃO são somente a posição do sacerdote e a língua litúrgica (pois como foi dito acima, também na forma moderna do Rito Romano é lícito celebrar em latim e com o sacerdote e povo voltados na mesma direção). 

As diferenças vão além: dizem respeito principalmente ao conjunto de ações do sacerdote, dos demais ministros e do povo que participa, bem como às orações previstas no Rito.

Com o Motu Próprio Summorum Pontificum, publicado em 2007, o Santo Padre demonstrou que essas duas formas do Rito Romano não são apenas duas formas válidas e lícitas, mas também duas formas autenticamente católicas de celebrar, e por isso mesmo, não há contradição entre elas. Escreveu o Santo Padre:

segunda-feira, 23 de abril de 2012

São Jorge: Modelo do Guerreiro Cristão


Patrono da Cavalaria e dos guerreiros cristãos, o destemido mártir tornou-se um dos santos mais populares da História da Igreja


A forma popular pela qual é representado São Jorge, isto é, matando um dragão, como na gravura acima, não encontra fundamento real em sua vida. Os gregos começaram a representá-lo assim, de maneira alegórica. O dragão simboliza a idolatria que ele enfrentou com as armas da Fé, e a donzela que o Santo defende representa a província da qual ele extirpou as heresias.

A ata laudatória dos feitos dos mártires (Passio), que narra a vida de São Jorge, é bem antiga e contém elementos legendários. Segundo sua primeira redação, Jorge era originário da Capadócia (região da atual Turquia), tendo vivido durante o século III na Palestina, onde era tribuno militar.

domingo, 22 de abril de 2012

Catequese - III Domingo da Páscoa


Homilia de D. Henrique Soares da Costa – III Domingo de Páscoa – Ano B

III Domingo de Páscoa
(Lc 24,35-48)

« Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus esteve no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”. Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. E, dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?”. Deram-lhe um pedaço de peixe assado. Ele o tomou e comeu diante deles. Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém’. Vós sereis testemunhas de tudo isso”. » Laus Tibi Christe!


A Palavra de Deus deste Domingo do Tempo Pascal recorda-nos um fato histórico tremendo, ao mesmo tempo misterioso e doloroso: os judeus, povo que esperou o Messias, não acolheu o Messias! E tudo terminou num desastre: “Vós rejeitastes o Santo e o Justo. Vós matastes o Autor da vida. Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos”. 

Eis, caríssimos: misteriosamente o Povo de Deus do Antigo Testamento não foi capaz de reconhecer o Messias que lhe fora enviado e o entregou a Pilatos, que o mandou crucificar. Não culpemos os judeus. A própria Palavra do Senhor afirma: “Eu sei que agistes por ignorância, assim como vosso chefes. Deus, porém, cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo haveria de sofrer”. 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Imagens e Idolatria: O que é um ídolo?


Respostas às acusações protestantes sobre idolatria e o uso de imagens.

Diferença entre Imagem e Ídolo

Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: “Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta” (Hc 2, 19)

A Bíblia reza no livro de Josué: “Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel” (Jos 7, 6).

quinta-feira, 19 de abril de 2012

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA - A Oração nos Atos dos Apóstolos



Catequese de Bento XVI - Boletim da Santa Sé - Tradução: Mirticeli Medeiros - equipe CN notícias - Praça de São Pedro, Vaticano - Quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Caríssimos irmãos e irmãs,

Depois das grandes festas, retornamos agora às catequeses sobre a oração. Na audiência antes da semana santa, nos detivemos sobre a figura da Beata Virgem Maria, presente no meio dos apóstolos em oração, no momento no qual esperavam a chegada do Espírito Santo. Uma atmosfera orante acompanha os primeiros passos da igreja. O Pentecostes não é um episódio isolado, uma vez que a presença e a ação do Espírito Santo guiam e animam constantemente o caminho da comunidade cristã.

Nos atos dos apóstolos, de fato, São Lucas, além de narrar a grande efusão que aconteceu no Cenáculo cinquenta dias após a Páscoa (At 2,1-13), se refere a outras intervenções extraordinárias do Espírito Santo, as quais retornam na história da Igreja. E hoje, quero concentrar-me sobre aquele que foi "o pequeno Pentecostes", manifestado no cume de uma fase difícil na vida da Igreja nascente.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Divina Misericórdia

 
Comemoração litúrgica: Primeiro domingo depois da Páscoa


A Festa da Divina Misericórdia que ocorre no primeiro domingo depois da Páscoa, estabelecida oficialmente como festa universal pelo Papa João Paulo II. 

"Por todo o mundo, o segundo Domingo da Páscoa irá receber o nome de Domingo da Divina Misericórdia, um convite perene para os cristãos do mundo enfrentarem, com confiança na divina benevolência, as dificuldades e desafios que a humanidade irá experimentar nos anos que virão" (Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,  Decreto de 23 de Maio de 2000).
 

Encontra suas origens em Santa Maria Faustina Kowalska, que na década de 30 obteve de Jesus, revelações acerca da instituição dessa festa no seio da Igreja, bem como profecias e manifestações que o próprio Cristo mandou que as escrevesse e retransmitisse à humanidade.
 
Foi Jesus quem pediu a instituição da festa da Divina Misericórdia a Santa Faustina. Jesus se refere a ela 14 vezes, expressando o imenso desejo do Seu Coração Misericordioso de distribuir, neste dia, as Suas graças.
 

domingo, 15 de abril de 2012

Catequese - II Domingo da Páscoa


II Domingo de Páscoa - Jo 20,19-31 - Evangelho comentado pelo Pe Carlo Battistoni


II DOMINGO DE PÁSCOA
Jo 20,19-31

« Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja convosco". Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos". Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei". Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco". Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". Tomé respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!". Jesus lhe disse:"Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!". Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, para que, crendo, tenhais a vida em seu nome ».

Lavs Tibi Christe!


Tinha sido um dia como nenhum outro. Pasmos pela sequência dos acontecimentos maiores do que as suas mentes poderiam alcançar, os discípulos tentavam reencontrar a si mesmos olhando um para o outro como se alguém dentre eles tivesse uma explicação plausível... 

Quando os eventos nos ultrapassam, a tendência é sempre aquela de encontrar segurança naquilo que sempre tem sido o nosso mundo, o mundo que podemos controlar, o menor possível, para não nos perdermos mais ainda. Era assim que os discípulos buscavam de novo sua segurança recolhendo-se num lugar à parte. Uma mistura de sentimentos permeava seus corações; o medo dos judeus era sem dúvida o que tinha primazia, mas também aquele sentimento que na nossa tradição chamamos “temor de Deus”; que é a belíssima virtude, fruto do Espírito Santo, que se manifesta quando sabemos de estar diante de uma ação misteriosa e tocante de Deus. 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

As Grandes Heresias Cristológicas I - Apolinarismo, Nestorianismo e Monofisismo


Após verificar que o Filho de Deus é verdadeiro Deus com o Pai e o Espírito Santo, a atenção dos teólogos devia voltar-se mais detidamente para a questão: como Jesus pode ser autêntico Deus e autêntico homem? Como se relacionam entre si a Divindade e a humanidade de Jesus? A resposta a estas perguntas exigiu grande esforço por parte dos estudiosos, que a formularam em quatro etapas:

A fase apolinarista;

A fase nestoriana;

A fase monofisita;

A fase monotelita.

A seguir, estudaremos as três primeiras destas etapas.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA - "Ele, vivo e verdadeiro, é sempre presente em meio a nós"


Catequese de Bento XVI - 11/04/2012 - Boletim da Santa Sé - CATEQUESE - Praça de São Pedro - Quarta-feira, 11 de abril de 2012

Depois das celebrações da Páscoa, o nosso encontro de hoje é invadido por uma alegria espiritual, também se o céu está acinzentado, levamos no coração a alegria da Páscoa, a certeza da Ressurreição de Cristo que definitivamente triunfou sobre a morte. Antes de tudo, renovo a cada um de vocês uma cordial saudação pascal: em todas as casas e em todos os corações ressoa o anúncio alegre da Ressurreição de Cristo, que faz renascer a esperança.

Nesta catequese gostaria de mostrar a transformação que a Páscoa de Jesus provocou nos seus discípulos. Partamos da noite do dia da Ressurreição. Os discípulos estão trancados em casa por medo dos judeus (Jo 20,19). O temor aperta o coração e impede de andar ao encontro dos outros, de encontro à vida. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bebês anencefálicos podem ser abortados?


Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)

O tema representa um sério desafio atual, a ser abordado com serenidade e objetividade, tendo em conta critérios antropológicos e éticos gerais, e também os referenciais do ordenamento jurídico brasileiro, a começar da própria Constituição Nacional. O Supremo Tribunal Federal deverá pronunciar-se sobre a “legalidade” do abortamento de fetos, ou bebês acometidos por essa grave deficiência, que não lhes permitirá viver por muito tempo fora do seio materno, se chegarem a nascer.

A partir da minha missão de bispo da Igreja e cidadão brasileiro, sinto-me no dever de manifestar minha posição e de dizer uma palavra que possa ajudar no discernimento diante da questão. A decisão tem evidentes implicações éticas e morais; desejo concentrar minha reflexão sobre alguns desafios muito específicos, que se referem à dignidade da pessoa e da vida humana.

sábado, 7 de abril de 2012

A Ressurreição de Jesus: Ficção ou realidade?


D. ESTÊVÃO BETTENCOURT  DOM , 12 DE DEZEMBRO DE 2010

A Ressurreição Corporal é a pedra de toque da missão de Jesus ou o sinete colocado pelo Pai sobre a pessoa e a pregação de Jesus; é o sinal que comprova a autenticidade de Jesus como Deus feito homem para nos salvar. Daí dizer São Paulo: “Se Cristo não ressuscitou vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé…Se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé” (1Cor 15,13.17).

Nenhuma outra confissão religiosa atribui ao seu fundador o privilégio da ressurreição dentre os mortos. O Cristianismo, porém, o faz e chega a afirmar que, sem a Ressurreição de Jesus, não há Cristianismo.

Ora, a ressurreição de um morto é milagre de primeira grandeza. Por isto a crítica pergunta se não se trata de mito ou ficção; em conseqüência, tem formulado explicações meramente racionais para a notícia da “ressurreição”. Dada a importância capital de tal matéria desenvolveremos a questão, abordando: 

1) as teorias racionalistas; 

2) os textos do Novo Testamento que atestam a fé da Igreja nascente, e os seus sinais comprovantes.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA - "Somente Ele pode dispersar as trevas do erro"


Catequese Bento XVI - 04/04/2012 - Boletim da Santa Sé - Tradução de Mirticeli Medeiros - equipe do CN notícias - Praça São Pedro - Quarta-feira, 04 de abril de 2012
Queridos irmãos e irmãs,

Estão ainda vivas em mim as emoções suscitadas pela recente viagem apostólica em México e Cuba, sobre a qual gostaria de concentrar-me no dia de hoje. Surge espontaneamente da minha alma, a ação de graças ao Senhor: na sua providência, Ele quis que eu estivesse pela primeira vez como Sucessor de Pedro nestes dois países, que conservam indelével memória das visitas realizadas pelo Beato João Paulo II. 

O bicentenário da Independência do México e de outros países latino-americanos, os 20 anos das relações diplomáticas entre México e Santa Sé e o quarto centenário do encontro da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, na República de Cuba, foram as ocasiões da minha peregrinação. 

Com isso, quis abraçar todo o Continente, convidando todos a viver juntos na esperança e no empenho concreto de caminhar unidos rumo a um futuro melhor. 


terça-feira, 3 de abril de 2012

As Cinco Chagas do Senhor


O primeiro ato de adoração às Santas Chagas foi realizado por Maria Santíssima, quando desceram Jesus da Cruz. De São Tomé até nossos dias, muitos foram os devotos e propagadores desta belíssima devoção.

Jesus é descido da Cruz. Cuidadosamente, Nicodemos, José de Arimatéia e São João O conduzem até Maria Santíssima e O depositam em seu virginalíssimo regaço. Sentada, Ela O acolhe transida de dor e O adora. 


Enquanto as Santas Mulheres preparam os bálsamos com que em breve irão ungi-Lo, para ser depositado no sepulcro, Ela oscula, uma a uma, suas Chagas: a do peito rasgado, as dos divinos pés e mãos. 

As Sete Palavras de Jesus


De pé, junto a Cruz, Maria, pervadida de angústia e de dores, ouvia de seu Divino Filho as últimas palavras.

Afirma São Tomás que "o último na ação é o primeiro na intenção". Pelos derradeiros atos e disposições de alma de quem transpõe os umbrais da eternidade, chegamos a compreender bem qual foi o rumo que norteou sua existência. No caso de Jesus, não só na morte de cruz, mas também, de forma especial, em suas última palavras, vemos os sentido mais profundo de sua Encarnação. 

Nelas encontramos uma rutilante síntese de sua vida: constante e elevada oração ao Pai, apostolado através da pregação, conduta exemplar, milagres e perdão.

A cruz foi o divino pedestal eleito por Jesus para proclamar suas últimas súplicas e decretos. No alto do Calvário se esclareceram todos os seus gestos, atitudes e pregações. Maria também compreendeu ali, com profundidade, sua missão de mãe.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

As Dores de Nossa Senhora


Rememorando com piedade os sofrimentos que por nossa salvação padeceu a Virgem Maria, recebemos de Deus grandes graças e benefícios. E cumprimos um preceito do Espírito Santo: "Não te esqueças dos gemidos de tua mãe"

É impossível não sentir profunda emoção ao contemplar alguma expressiva imagem da Mater Dolorosa e meditar estas palavras do Profeta Jeremias, que a piedade católica aplica à Mãe de Deus: "Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor semelhante à minha dor" (Lm 1, 12). A esta meditação nos convida a Liturgia do dia 15 de setembro, e também na Semana Santa. Antes de fazer parte da liturgia, as dores de Maria Santíssima foram objeto de particular devoção.

Os primeiros traços deste piedosa devoção encontram-se nos escritos de Santo Anselmo e de muitos monges beneditinos e cistercienses, tendo nascido da meditação da passagem do Evangelho que nos mostra a dulcíssima Mãe de Deus e São João aos pés da Cruz do divino Salvador.

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