quarta-feira, 28 de março de 2012

BENTO XVI - Viagem Apostólica ao México e a Cuba II


SANTA MISSA - HOMILIA DO PAPA BENTO XVI - Havana, Praça da Revolução José Martí - Quarta-feira, 28 de Março de 2012

Amados irmãos e irmãs!

«Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais (...). Bendito o vosso nome glorioso e santo» (Dn 3, 52). Este hino de bênção do livro de Daniel ressoa hoje na nossa liturgia, convidando-nos repetidamente a bendizer e louvar a Deus. Somos parte da multidão daquele coro que celebra o Senhor sem cessar. Unimo-nos a este concerto de ação de graças, oferecendo a nossa voz jubilosa e confiante, que procura fundar no amor e na verdade o caminho da fé.

«Bendito seja Deus» que nos reúne nesta praça emblemática, para mergulharmos mais profundamente na sua vida. Sinto uma grande alegria por estar hoje no vosso meio e presidir a Santa Missa no coração deste Ano Jubilar dedicado à Virgem da Caridade do Cobre.


terça-feira, 27 de março de 2012

Domingo de Ramos


Domingo de Ramos, com hosanas, saudações e louvores, prefigura a vitória de Cristo sobre a morte e o pecado. É o portal de entrada para a Paixão de Cristo: a Semana Santa inicia-se com ele. Que lições ele nos traz? Que frutos e graças dele podemos tirar?

O Domingo de Ramos é a comemoração litúrgica que recorda a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém onde Ele iria celebrar a Páscoa judaica com seus discípulos.

Ele é o portal de entrada da Semana Santa. É no Domingo de Ramos que se inicia a Semana da Paixão. É o dia em que a Igreja lembra a história e a cronologia desses acontecimentos para dele tirarmos uma lição.

Um Rei entra na cidade montando um jumento

Já desde a entrada da cidade, os filhos dos hebreus portavam ramos de oliveiras e alegres acenavam com eles, estendiam mantos no chão para Jesus passar sobre eles. Jesus entrou na cidade como Rei!

segunda-feira, 26 de março de 2012

BENTO XVI - Viagem Apostólica ao México e a Cuba I


SANTA MISSA - HOMILIA DO PAPA BENTO XVI - León, Parque de Expoosição Bicentenário - Domingo, 25 de Março de 2012

Amados irmãos e irmãs,

Sinto grande alegria por me encontrar no vosso meio e desejo agradecer profundamente a D. José Guadalupe Martín Rábago, Arcebispo de León, as suas amáveis palavras de boas-vindas. 

Saúdo o Episcopado Mexicano e ainda os Senhores Cardeais e os outros Bispos aqui presentes, em particular quantos provém da América Latina e do Caribe. Dirijo a minha saudação calorosa também às Autoridades que nos acompanham e a todos os que se congregaram aqui para participar nesta Santa Missa presidida pelo Sucessor de Pedro.

«Criai em mim, ó Deus, um coração puro» (Sal 50, 12): pedimos no Salmo Responsorial. Esta súplica manifesta a profundidade com que devemos preparar-nos para celebrar, na próxima semana, o grande mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. 


domingo, 25 de março de 2012

Catequese - V Domingo da Quaresma


Homilia de D. Henrique Soares da Costa – V Domingo da Quaresma – Ano B

 
V Domingo da Quaresma

João 12,20-33
 
Naquele tempo, havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para adorar durante a festa. Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. Agora sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. Pai, glorifica o teu nome!” Então veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e glorificarei de novo!” A multidão, que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer”.


Lavs Tibi Christe!
 
 
Caríssimos, às portas da Semana Santa, concentremos, neste Domingo, todo o nosso olhar no Senhor nosso, Jesus Cristo, e na sua missão salvadora. Para isto, comecemos pelo belíssimo evangelho de hoje. Contemplemos o Senhor! Contemplemo-lo com os olhos, contemplemo-lo com a fé, contemplemo-lo com o coração!

 
Jesus estava no interior do Templo de Jerusalém, no pátio interno, chamado Pátio de Israel. Ali, nenhum pagão podia entrar, sob pena de morte. Pois bem, dois gregos, dois pagãos, aproximaram-se de Filipe, que certamente estava na parte mais externa, no chamado Pátio dos Gentios, até onde qualquer pessoa podia chegar. Dois gentios, que procuravam com fervor o Deus de Israel, tanto que “tinham subido a Jerusalém para adorar durante a festa”. 

quinta-feira, 22 de março de 2012

As Grandes Heresias Trinitárias III - O Macedonianismo


O Espírito Santo, embora atestado por numerosos textos bíblicos (como Jo 14,16), foi menos considerado no decorrer do século IV. É certo, porém, que quem julgava ser o Filho criatura do Pai tinha o Espírito Santo na conta de criatura do Filho; seria um dos espíritos servidores (cf. Hb 1,14), diferente dos anjos apenas por gradação.

Santo Atanásio, ao combater o arianismo, defendia também a divindade e a consubstancialidade do Espírito Santo. Por isso, um sínodo de Alexandria em 362 reconheceu a Divindade do Espírito Santo. Isto, porém, não bastou para dissipar os erros: 

Macedôneo, Bispo ariano de Constantinopla deposto em 360, era ferrenho adversário da Divindade do Espírito, reunindo, em torno de si bom número de discípulos, que se chamavam macedonianos ou pneumatômacos (pneuma = espírito; máchomai = combater).

domingo, 18 de março de 2012

Catequese - IV Domingo da Quaresma


Evangelho comentado pelo Pe Carlo Battistoni - Postado por Jorge Kontovski em 15 março 2012 às 12:09


IV Domingo de Quaresma
(Jo 3,14-21)


Disse Jesus a Nicodemos «“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que Nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que Nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato,Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem Nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. Ora,o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas, quem ageconforme a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus».

Lavs Tibi Christe!


Se a Quaresma nos convidou desde o primeiro dia a termos um olhar mais atento à atitude de conversão, hoje temos um lindo exemplo daquilo que acontece quando a conversão entra em nós. No episódio de Nicodemos (do qual lemos uma parte) podemos descobrir a nós mesmos em inúmeras circunstâncias da nossa relação com Deus e reconhecer as dinâmicas daquele processo que conduz a um encontro sempre mais profundo com o Senhor, processo que chamamos de conversão.

Sem pretensão, mas com o coração disposto a escutar, como discípulos do Senhor, deixemo-nos envolver pelos fatos narrados, lendo com certa atenção.

sexta-feira, 16 de março de 2012

As Sagradas Relíquias



O que é uma relíquia e o que ela representa na Igreja?

A palavra relíquia tem origem no latim reliquiae, resto. É uma memória física, o testemunho vivo de um Santo ou de um Beato. Na Igreja sempre teve um valor muito grande, porque nos transporta a um momento histórico concreto como um resto, uma presença, uma passagem histórica… 

Num sentido mais amplo, são chamadas relíquias também os objetos que tiveram um contato com uma pessoa que se venerava, como as suas vestes, os objetos que usou e, mais especialmente, os instrumentos de seu martírio ou de sua penitência. As relíquias são veneradas pelo povo cristão não em si mesmas, mas em razão das pessoas com as quais estão em relação.

Se a relíquia estava constituída pelo cadáver inteiro, se chamava corpus; se por parte do mesmo, se dizia ex ossibus ou ex capillis. As relíquias procedentes somente do contato com o corpo eram chamadas pelos antigos brandea, memoriae, nomina, pignora e sanctuaria. 

Os edifícios levantados sobre os sepulcros dos mártires se chamavam basilicae ou ecclesiae ad corpus, quer dizer, erigidas precisamente no lugar de seu sepulcro. Os primeiros cristãos gostavam de ser enterrados junto aos sepulcros dos mártires e, por isso, estas basílicas chamavam-se cemiteriais.

Não há diferença de origem entre os ritos do culto dos defuntos e os do culto dos mártires porque um deriva do outro. Nem tampouco entre o culto dos mártires e o dos santos não mártires porque rapidamente estes foram associados àqueles numa comum veneração. Não existe também diferença alguma de origem entre o culto dos santos, mártires ou não, e de suas relíquias, que eram sinal de sua presença e veículo de sua ação, em sentido espiritual, entre os vivos. Todos esses cultos nasceram um do outro como ramos de um mesmo tronco.

Um outro valor que tem a relíquia é a relação física que o Santo teve com a Eucaristia, com o Senhor Deus, uma relação também sagrada. O valor do corpo de um batizado, pela união da graça, é um corpo-templo do Espírito Santo. Mas o corpo de um Santo é ainda mais comunhão de graça com Deus, porque viveu na sua carne esta santidade, e o seu corpo foi habitado pela mesma Graça em maneira solene. A relíquia permite manter-nos quase em contato com este corpo. 
 
Na história, as relíquias tiveram também um papel importante no combate contra o espírito do mal, porque a relíquia não é amada pelo diabo, pois é a realidade física que teve uma relação especial com a graça.

quinta-feira, 15 de março de 2012

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA - Com ela, aprendei a ler o Sinais de Deus


Boletim da Santa Sé (Tradução de Nicole Melhado - equipe CN Notícias) - Praça São Pedro - 14 de março de 2012.


Queridos irmãos e irmãs,

Com a Catequese de hoje gostaria de começar a falar da oração nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas de São Paulo. São Lucas nos concedeu, como sabemos, um dos quatro Evangelhos, dedicado à vida terrena de Jesus, mas nos deixou também aquele que foi definido como primeiro livro sobre a história da Igreja, isto é, os Atos dos Apóstolos.

Em ambos os livros, um dos elementos recorrentes é justamente a oração, desde aquela de Jesus àquela de Maria, dos discípulos, das mulheres e da comunidade cristã. O caminho inicial da Igreja permaneceu, antes de tudo, é conduzido pela ação do Espírito Santo, que transforma os Apóstolos em testemunhas do Ressuscitado, até a efusão do sangue, e pela rápida difusão da Palavra de Deus no Oriente e no Ocidente.

domingo, 11 de março de 2012

Catequese - III Domingo da Quaresma


Homilia de D. Henrique Soares da Costa

III Domingo da Quaresma – Ano B
Ex 20,1-17
Sl 18
1Cor 1,22-25
Jo 2,13-25

Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”. Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo. Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.

Lavs Tibi Christe!


Comecemos pela primeira leitura a nossa meditação da Palavra de Deus para este Domingo. Que nos apresenta o Livro do Êxodo? As Dez Palavras, os Mandamentos de Torah. 

A palavra “mandamento” tem, hoje um significado antipático. Não gostamos de mandamentos, de normas, de preceitos. No entanto, para um judeu – e também para um cristão -, os preceitos, os mandamentos do Senhor, são uma bênção, um sinal de carinho paterno de Deus, que se volta para nós e nos abre o seu coração, falando-nos da vida, mostrando-nos o caminho, iluminando a direção da nossa existência. 

Foi com esse sentido que o Senhor nosso Deus deu a lei, revelou os preceitos a Israel. A Lei não deveria ser vista como um feixe pesado e opressor de proibições, mas como setas que apontam para o caminho da vida e nos fazem descansar no coração de Deus. O próprio termo hebraico torah, que traduzimos por Lei, significa, na verdade instrução. Na Lei, na Instrução, Deus nos fala da vida porque deseja conviver com o seu povo. Sendo assim, os preceitos são uma bênção! 

sexta-feira, 9 de março de 2012

São Domingos Sávio - 9 de Março


"Se Domingos, com tão pouca idade, pôde santificar-se, por que não poderei também eu?" - interroga São João Bosco ao escrever a vida do jovem santo.

Os raios do sol matutino penetram, tímidos e amenos ainda, pelas janelas das salas de aula. O sino toca, anunciando a hora do recreio, os alunos saem ordenadamente para o pátio onde logo se forma uma sadia algazarra: centenas de meninos saltam, jogam e correm.

Alguns sacerdotes e clérigos animam os divertimentos, vigiando ao mesmo tempo para evitar que atitudes inconvenientes se misturem com a sã alegria. Um deles, cercado de jovens, após esquivar-se de uma bola perdida no ar, exclama: "Gritem e brinquem quanto queiram, contanto que não pequem!" Trata-se de Dom Bosco, considerado santo por esses adolescentes que disputam entre si o privilégio de estar a seu lado, trocar com ele algumas palavras, oscular-lhe a mão sacerdotal.

quinta-feira, 8 de março de 2012

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA - O Silêncio de Deus


Boletim Sala de Imprensa da Santa Sé (Tradução: Mirticeli Medeiros - equipe do CN notícias) - Sala Paulo VI - Quarta-feira, 07 de março de 2012

Em uma série de catequeses precedentes eu falei sobre a oração de Jesus e não gostaria de concluir essa reflexão sem antes deter-me brevemente sobre o tema do silêncio de Jesus, tão importante no relacionamento com Deus. 

Na Exortação Apostólica Pós sinodal Verbum Domini, fiz referência ao papel que o silêncio assume na vida de Jesus, sobretudo no Calvário: "Aqui somos colocados diante da Palavra da Cruz" (I Cor 1,18). O Verbo se emudece, se torna silêncio mortal, já que se disse tudo até o fim, não deixando nada daquilo que nos deveria comunicar" (n.12) Diante deste silêncio da cruz, São Máximo, o confessor coloca nos lábios da Mãe de Deus a seguinte expressão: "É sem palavra a Palavra do Pai, que fez toda criatura que fala; sem vida são os olhos apagados daquele cuja palavra e gesto move tudo aquilo que tem vida" (A vida de Maria, n.89: textos marianos do primeiro milênio, 2, Roma 1989, p.253).

quarta-feira, 7 de março de 2012

A Inquisição Protestante


Autor: Fernando Nascimento 


Parte I - Introdução 


O artigo que segue, revela em rica bibliografia, os números de mortos, e requintes de crueldade dos incomparáveis tribunais eclesiásticos protestantes. E deixará claro que as levianas acusações protestantes contra a Igreja Católica sorrateiramente mudaram a palavra “inquisição”, que quer dizer apenas: “sindicância”, “investigação”, em sinônimo de “matança de pessoas”. 

Ainda hoje, esse erro circula no meio protestante. Tal quimera caiu por terra, quando o renomado historiador Agostino Borromeo, após demorado estudo sobre a inquisição, concluiu que não chegaram a cem, o número de mortes, cometidas por católicos que em desobediência ao Papa, empregaram pena de morte contra os inquiridos.

domingo, 4 de março de 2012

Catequese - II Domingo da Quaresma


Homilia do Mons. José Maria

II Domingo da Quaresma 
Mc 9, 2-10

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles observaram esta ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

Lavs Tibi Christe!


Escutar e Anunciar!

O Evangelho relata-nos o que aconteceu no Tabor. Na Caminhada para Jerusalém, o primeiro anúncio da Paixão e Morte de Jesus abalou profundamente a fé dos apóstolos. Desmoronaram seus planos de glória e de poder.

Para fortalecer essa fé ainda tão frágil… Cristo tomou três deles… subiu ao Monte Tabor e “Transfigurou-se…”

sábado, 3 de março de 2012

Indulgência: o que é isso?


Dom Henrique Soares da Costa


Em algumas ocasiões, a Igreja oferece aos seus filhos a possibilidade de receber indulgência por seus pecados. Trata-se de uma doutrina que causou polêmica na história (deu início à revolta luterana) e é de difícil compreensão teológica. Muitas pessoas têm perguntado sobre o sentido das indulgências e algumas pediram-me que escrevesse sobre o tema. Por isso, decidi tratar do tema. 

Um pouco de história 

As raízes da prática da indulgências estão na Igreja primitiva, mas a prática mesma somente surgiu na França no século X e a doutrina sobre esta prática (a reflexão sobre o sentido da prática) deu-se somente a partir do século XII. É como na vida: primeiro as coisas acontecem, depois é que se reflete sobre o sentido do que aconteceu! Vou apresentar de modo muito resumido a história das indulgências e depois vou demorar-me mais explicando o sentido bíblico e teológico delas.

quinta-feira, 1 de março de 2012

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 29: O que importa é o coração?

Mito 29: "O que importa é o coração"

Não exclusivamente.


Aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grandes parte das normas litúrgicas da Santa Igreja, bem como com os diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, flores, incenso, gestos do corpo, etc), que partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé católica a respeito do que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.

A este respeito, escreveu o saudoso Papa João Paulo II:

"De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. (...) Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo." (Mane Nobiscum Domine, 18)