quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Católico e Maçom - Porque a fé católica e a maçonaria são inconciliáveis (Prof. Felipe Aquino)





Hoje a Maçonaria atrai muitos católicos, infelizmente, embora a Igreja proíba que nos tornemos maçons. 

Com todo o respeito que devemos a cada pessoa, em face à sua opção, devemos contudo, lembrar aos que querem ser autenticamente católicos, que a filiação à Maçonaria é considerada pela Igreja Católica "pecado grave", já que as concepções de Deus e religião, assim como o processo de iniciação secreta imposto aos novos membros, não se coadunam com as noções do Cristianismo relativos a Deus e aos sacramentos, principalmente. 
A Igreja tem uma posição oficial sobre o assunto, que foi feita pelo pronunciamento da Santa Sé em 26/11/1983, por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico pelo Papa João Paulo II. 

Esta é a Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé, que vem assinada pelo seu Prefeito, Cardeal Joseph Ratzinger e pelo Fr. Jérome Hamer, Secretário:
    "Tem-se perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da Maçonaria pelo fato de que no novo Código de Direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no código anterior.  
    Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério redacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categorias mais amplas. 
    Permanece, portanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e, por isto, permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas, estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. 
    Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciar´se sobre a natureza das associações maçônicas com um juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240s).        
    O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, definida em reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação".       
    Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983.
É importante notar que a Declaração da Santa Sé afirma que "estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão".

Isto é muito sério para os católicos. E é a palavra oficial da Igreja sobre a questão! 

O número 386 da Revista "Pergunte e Responderemos", de autoria de D. Estevão Bittencourt, nas páginas 323 a 327, traz um elucidativo artigo sobre o assunto.
Neste artigo D. Estevão, de reconhecida seriedade e competência, teólogo renomado; afirma:
    "A Maçonaria professa a concepção de Deus dita "deista", ou seja, a que a razão natural pode atingir; admite "a religião na qual todos os homens estão de acordo, deixando a cada qual as suas opiniões particulares". Esta noção de Deus e de Religião é vaga e não condiz com o pensamente cristão, que reconhece Jesus Cristo e as grandes verdades por Ele reveladas".  
    "Além disto, tanto a Maçonaria Regular como a Irregular têm seu processo de iniciação secreta. Propõem o aperfeiçoamento ético do homem através da revelação de doutrinas reservadas a poucos e recebidas dos "grandes iniciados" do passado - entre os quais alguns maçons colocam o próprio Jesus Cristo. Celebram também ritos de índole "secreta ou esotérica", que vão sendo manifestados e aplicados aos membros novatos à medida que progridem nos graus de iniciação. - Ora um tal processo de formação contrasta com o que o Cristianismo professa: este não conhece verdades nem ritos reservados a poucos; nada tem de oculto ou esotérico".
Outra razão muito séria que D. Estevão levanta, para mostrar ao católico que não se faça maçom, é esta:
    "Ademais, quem se filia a uma sociedade secreta, não pode prever o que lhe acontecerá, o que se lhe pedirá ou imporá; não sabe se lhe será fácil guardar sua liberdade de opções pessoais. Embora tencione manter fidelidade a seus princípios íntimos, pode´se ver em encruzilhadas constrangedoras".
Por outro lado, é preciso lembrar aos católicos que a fé e a doutrina da Igreja é insuperável e completa: herdada dos profetas e dos Apóstolos; revelada por Deus; confirmada pela Tradição dos Santos Padres, Doutores e Santos; confessada pelo sangue dos mártires e guardada pelo Sagrado Magistério. Não é preciso buscar "coisas novas" para alimentar o espírito, uma vez que o próprio Senhor nos oferece a sua Palavra e o seu próprio Corpo na Eucaristia. 
O Santo Padre nos outorgou o Catecismo da Igreja Católica, de riqueza inefável, capaz de nos preparar para cumprir aquilo que São Pedro nos pede:
    "Estai sempre prontos a responder para a vossa defesa a todo aquele que vos perguntar a razão da vossa esperança" (1Pe 3,15).
Antes de buscarmos "coisas novas", e perigosas para a nossa vida espiritual, ou que põem em risco a nossa própria salvação eterna, vamos antes aprender o que devemos, no seio sagrado e puro da nossa Santa Mãe Igreja. 
Além do mais é preciso lembrar que a principal virtude do católico é a obediência à Santa Igreja, chamada pelo Papa João XXIII, de Mater et Magistra (Mãe e Mestra).
Quem desejar compreender melhor as razões pelas quais a Igreja, como Mãe cautelosa, proibe os seus filhos de se associarem às lojas maçonicas, poderá ler o livro do Bispo de Novo Hamburgo, D. Boaventura Kloppenburg, Igreja e Maçonaria, Ed. Vozes, 2a. Edição, 1995, ou ainda o livro do Bispo Auxiliar de Brasília, D.João Evangelista Martins Terra, sobre o mesmo assunto. 

Infelizmente, em desobediência à Igreja, alguns no passado, até mesmo do clero, se associaram à Maçonaria, no intuito, às vezes, de serem úteis à sociedade, mas isto nunca foi permitido pela Igreja.


Autor: Prof. Felipe Aquino

Fonte: www.cleofas.com.br (por sua vez, extraído do livro "Entrai pela porta Estreita", do Prof. Felipe Aquino).

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