quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A Falsa doutrina do Arrebatamento



CARLOS CASO-ROSENDI

Muitos fundamentalistas e protestantes evangélicos adotam uma crença conhecida como "O Arrebatamento". Existem muitas variações desta doutrina. A série popular de livros "Deixados para Trás", escrita por Tim Lahaye e Jerry Jenkins, apresenta apenas uma dessas variações. Para defender suas idéias, os partidários do "Arrebatamento" citam alguns versículos genéricos da Bíblia, inclusive 1Tessalonicenses 4,15-17:

"Nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares".

E também costumam citar 1Coríntios 15,51-52:

"Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados".

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O Protestantismo é Bíblico?



Provavelmente todos já ouviram de um protestante a seguinte frase:

“Nós cremos somente na Bíblia, e a Bíblia inteira é a única regra de fé para o cristão”

Está frase é como que um dogma para o protestantismo e reflete todo o pensamento da fundamental doutrina deste ramo religioso a “Sola Scriptura” ou somente as escrituras. Negam, portanto, os ensinamentos transmitidos oralmente por Cristo e os apóstolos conhecidos como Sagrada Tradição.

Baseados nisto vamos agora mostrar que há várias inverdades no uso desta frase por parte de protestantes e mostrar que de bíblicas suas principais doutrinas nada tem.

A Tradição oral remonta ao próprio Cristo e aos Apóstolos. Ela é anterior à Escritura e se exprime nela. O ponto em que mais aparece a necessidade de algo anterior à Escritura, é a que se refere ao Cânon Bíblico: Com saber se um livro é ou não inspirado?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA: A Luta de Jacó


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 25 de maio de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.


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"Queridos irmãos e irmãs:

Hoje, eu gostaria de refletir convosco sobre um texto do Livro do Gênesis que narra um episódio um pouco especial da história do patriarca Jacó. É um fragmento de difícil interpretação, mas importante na nossa vida de fé e de oração: trata-se do relato da luta com Deus no vau de Jaboc, do qual ouvimos um pedaço.

Como recordareis, Jacó tinha tirado do seu irmão Esaú a primogenitura, em troca de um prato de lentilhas, e depois recebeu de maneira enganosa a bênção do seu pai Isaac, que nesse momento era muito idoso, aproveitando-se da sua cegueira. Fugindo da ira de Esaú, refugiou-se na casa de um parente, Labão; tinha se casado, havia enriquecido e voltava à sua terra natal, disposto a enfrentar o seu irmão, depois de ter tomado algumas prudentes medidas. Mas quando tudo está preparado para este encontro, depois de ter feito que os que estavam com ele atravessassem o vau que delimitava o território de Esaú, Jacó fica sozinho e é agredido por um desconhecido, com quem luta a noite inteira. Esta luta corpo a corpo – que encontramos no capítulo 32 do Livro do Gênesis – se converte para ele em uma singular experiência de Deus.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Convite: Peregrinação da Juventude Católica ao Cristo Redentor



O Santuário do CRISTO REDENTOR comemora 80 anos, e no dia 30 de outubro de 2011, que no calendário do Rito Romano na sua forma extraordinário a Santa Igreja Católica celebra o dia de CRISTO REI do Universo, nós jovens Católicos subiremos o CRISTO Redentor em peregrinação com estandartes e músicas para honrar a CRISTO REI!

Convocamos a todos para estarem presentes! Seja do interior do Rio de Janeiro, seja de outro estado, venham!

Nossa peregrinação será aos moldes das peregrinações à Chatres (veja aqui, aqui e aqui) e Luján (veja aqui).

Entretanto, só conseguimos 50 ‘bilhetes de cortesia’ para a entrada no Santuário, isto é, o restante precisará de pagar. Entre em contato conosco pelo e-mail: cristoredentor.contato@gmail.com

Esta peregrinação é uma iniciativa dos sites SALVEM A LITURGIA e A VIDA SACERDOTAL.

O Pe. Anderson Batista da Silva nos acompanhará como diretor espiritual e irá celebrar a Santa Missa ao fim da peregrinação.



No Facebook
A página OFICIAL da Peregrinação no Facebook, aqui.
Nosso grupo, aqui.

Contamos com sua presença!

Viva CRISTO REI!



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Santa Rosa de Lima - 23 de Agosto


"De certa forma, essa santa é uma personificação da Igreja da América Latina: imersa em sofrimentos, desprovida de meios materiais e de um poder significativos, porém, tomada pelo íntimo ardor e zelo causados pela proximidade de Jesus Cristo" - Cardeal Ratzinger (Bento XVI)

Quem conhece a frase: "Cristo é a minha força, a Oração é meu baluarte, a Fé é meu escudo" tem a tendencia de julgar que ela seja o dito de um cavaleiro medieval, o lema de um cruzado cheio de religiosidade ou ainda o testemunho de um guerreiro destemido e temente a Deus.

E não há nenhum descabimento nesse julgamento. Porque esta afirmação fogosa faz parte de uma das orações preferidas por uma pessoa que, na realidade, foi uma lutadora na presença do Altíssimo, uma conquistadora de almas para Deus, uma batalhadora mística "tomada pelo íntimo ardor causado pela proximidade de Jesus Cristo".

- Então, quem fez esta proclamação tão destemida?

Uma donzela! Donzela frágil, persistente, sofredora, obediente, pura. Uma jovem que, desde pequena, teve grande pendor para a oração, a meditação e o serviço junto aos mais necessitados. Uma jovem que, ainda menina, viu seu nome mudado por causa de sua grande beleza, fragilidade e meiguice. E quem foi ela?

Isabel, que se tornou Rosa de Santa Maria...

Seu nome de batismo era Isabel Mariana de Jesus Paredes Flores y Oliva....

Ela era descendente de conquistadores espanhóis, foi a terceira dos onze filhos do próspero casal Gaspar de Flores, um espanhol que prestava serviço ao Vice-Rei do Peru como arcabuzeiro, e de Maria de Oliva, uma distinta senhora que vivia em Lima.

Isabel nasceu na Vila de Quives, na cidade de Lima, capital do Peru, no dia 30 de abril do ano de 1586.


Na casa de seus pais vivia uma índia que se chamava Mariana. Como criada, ela ajudava Dona Maria de Oliva nos serviços domésticos e era muito prestativa. Num dia em que toda a família estava reunida, Mariana dirigiu-se a Isabel exclamando: "Você é bonita como uma rosa!

A família inteira ouviu a afirmação e todos concordaram com a fiel índia. Dai surgiu o apelido de "Rosa". A extraordinária beleza de Isabel motivou a mudança de seu nome. Sua mãe mesma, ao ver aquele rosto rosado e belo, começou a chamar a filha de "Rosa".

De Isabel ela passou a ser chamada de Rosa. E um dia a menina mesma mostrou como gostaria de ser chamada: Rosa de Santa Maria.

Bem mais tarde ainda, Isabel Mariana de Jesus Paredes Flores y Oliva tornou-se conhecida no mundo todo pelo título que a Santa Igreja lhe deu: Rosa de Lima, ou melhor, Santa Rosa de Lima!» 

"Dedique a mim todo seu amor..."

Desde pequena Rosa teve grande tendência para a oração e a meditação. Procurava ver na beleza das coisas criadas os reflexos da sabedoria, da bondade de Deus. E bem cedo ela deu mostras de ser uma alma predestinada: tornou-se grande devota de Nossa Senhora. A cada instante recorria à proteção certa da Santa Virgem Mãe de Deus.

A família de Rosa tinha bons recursos econômicos. 

Apesar disso, o pai necessitava trabalhar, inclusive prestando serviços ao Vice-Rei, afim de manter sua posição econômica e social.

Devido ao insucesso ocorrido numa empresa de mineração em que Gaspar de Flores estava empenhado, sua situação financeira comprometeu-se a tal ponto que a família ficou pobre, chegando à beira da miséria. 

Por isso, Rosa cresceu na pobreza e, ainda na adolescência, teve que trabalhar duramente para ajudar a família.

Ela trabalhou como doméstica e, além disso, durante o dia, trabalhava no campo como lavradora e até altas horas da noite costurava, bordava, fazia rendas e brocardos para assim poder ajudar no sustento da casa. 

Rosa nunca deixava de fazer suas orações por causa dos trabalhos que tinha que exercer. Ainda encontrava tempo para visitar frequentemente os pobres e enfermos. Rosa nunca deixava de fazer suas orações por causa dos trabalhos que tinha que exercer. Ainda encontrava tempo para visitar frequentemente os pobres e enfermos.

É por isso mesmo que dela se afirma ser alegre e ter sabido executar a harpa de forma graciosa e ainda cantar belas canções com uma voz doce e melodiosa.» 

Milagres, sofrimentos e espírito missionário

Aqueles que com ela conviveram ou escreveram sua biografia afirmam que, ainda em vida, era grande intercessora junto a Deus e por sua mediação foram atribuídos acontecimentos e fatos prodigiosos. Entre aqueles que atestam sua poderosa intercessão ainda em vida, encontramos Frei Juan de Lorenzana que, além de ter convivido com Rosa, foi confessor da Santa. Ela tinha dons e carismas especiais, afirma.

A ela são atribuídos milagres de curas, de conversões, de propiciações de chuvas e amenizações do clima. Todos eles são unanimes em admitir que suas orações foram que impediram que Lima fosse invadida por piratas holandeses em 1615.

Apesar de ter sido agraciada com experiencias místicas incomuns e com o dom dos milagres, nunca lhe faltou as dificuldades n a vida. Em toda sua vida, a cruz foi sua companheira inseparável.

Ela aproveitou-se de sua vida crucificada para, de certo modo, compartilhar com os sofrimentos do Divino Salvador. Eram sofrimentos provindos, muitas vezes de incompreensões gratuitas e perseguições descabidas, sem falar de sofrimentos físicos, das agudas dores causadas por uma prolongada doença que a acompanhou até o final de seus dias.

Seus sofrimentos pareciam inexplicáveis. E ela tentava mostrar seus sentimentos e não sabia como: "Posso explicá-los só com o silêncio" e admitia: "eu não acreditava que uma criatura pudesse ser acometida de tão grandes sofrimentos". Finalmente, as atitudes que tomava demonstravam que, por amor a Deus, ela tinha uma aceitação plena de tudo que lhe era oferecido pela Providencia Divina: --- "Meu Deus, podes aumentar os sofrimentos, contanto que aumentes meu amor por ti", dizia ela, enquanto rezava.

Rosa era particularmente devota de Nossa Senhora e pedia insistentemente à Santa Mãe de Deus pelo crescimento da Igreja, sobretudo entre os indígenas americanos.

Era tão grande seu amor apostólico pelos índios que em certa ocasião afirmou que, se não fosse mulher, seria um missionário entre esses seres que também foram redimidos pelo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como missionário, ela acreditava poder dedicar-se inteiramente à salvação de todos eles, poderia fazer por eles ainda mais do que já fazia.

Uma borboleta nas cores branca e preta

Tendo idade para casar-se, ela preferiu fazer voto particular de castidade. Isso, depois de lutar contra o desejo contrário de seus pais. Quis então, para satisfazer um desejo de sua alma, ingressar no convento de uma ordem religiosa para viver uma vida consagrada a Deus.

Escolheu, então, a ordem em que gostaria de entrar. No dia de sua admissão, estando rezando diante de uma imagem de Nossa Senhora, sentiu que não conseguia levantar-se de onde estava, nem mesmo com a ajuda de seus irmãos.

Nesse instante Rosa percebeu que aquilo só poderia tratar-se de um aviso dos céus: que ela não se dirigisse para aquele convento que estava prestes a ingressar.

Foi, então, que ela fez uma prece a Nossa Senhora na qual submetia-se inteiramente à vontade divina. Ela iria para onde fosse da vontade de Deus. Isto foi suficiente para que a paralisia desaparecesse por completo e, imediatamente, ela recuperasse os movimentos, levantando-se e caminhando sem precisar do auxilia dos irmãos.

A partir deste dia, Rosa, que se espelhava em Santa Catarina de Sena como modelo de vida a ser seguido, passou a pedir diariamente que, por intercessão da Santa, Nosso Senhor lhe indicasse em que ordem religiosa deveria ingressar.

Todos os dias, enquanto rezava, ela percebeu que, assim que iniciava suas orações, aparecia uma pequena borboleta que tinha as cores branca e preta. Sem perturbar o recolhimento e a compenetração de Rosa, o pequeno animal voava de um lado para o outro, enquanto ela estivesse em oração.

Para Rosa, isso era outro sinal de Deus. E foi suficiente para a jovem entender onde serviria melhor a Deus e aos irmãos: ela deveria ingressar na Ordem Terceira da Congregação de São Domingos, cujas vestimentas eram nas cores preto e o branco. As cores da pequena borboleta que a visitava diariamente eram as mesmas do hábito de Santa Catarina de Sena, a santa pela qual tinha tanta devoção e a quem deseja tanto imitar.

Em 1606, aos vinte anos, ingressou na Ordem Terceira Dominicana.

Pediu licença para emitir os votos religiosos em casa e não no convento. Sendo aceito seu pedido, ela fez os votos, passando, então, a pertencer oficialmente à Ordem de São Domingos. E ela escolheu também seu nome de religiosa que passou a ser oficialmente Rosa: Rosa de Santa Maria.

Um mosteiro no quintal da casa

No jardim e quintal da casa de seus pais, edificou um eremitério. 

Construiu para si uma pequena e estreita cela e passou a levar uma vida religiosa de austeridade, de mortificação e de abandono à vontade de Deus. 

Praticava a penitencia e castigava seu corpo com jejuns constantes consumindo o mínimo necessário de alimentos para sua sobrevivência. Quase não bebia água. 

Sua cama era um tábua coberta com um saco de estopa.

Na simplicidade de vida de leiga que levava, foi modelo de vida de penitencia, de pureza ilibada, de oração perseverante e do contínuo serviço espiritual e material aos irmãos.

Portava cilícios dolorosos e conta-se que utilizava muitas vezes um aro de prata semelhante a uma coroa de espinhos. Numa época em que isso não era comum, Rosa comungava diariamente.

Ela conseguiu eliminar de sua vida todo orgulho, amor próprio e vaidade, tendo sido cumpridas nela as palavras de Cristo: "Quem se humilha será exaltado". Meditava com frequência e ao olhar para o crucifixo dizia:

- "Senhor, Vossa cruz é muito mais cruel que a minha".

Dentro da vida austera, pobre e alegre que levava, seu coração voava. E em seus voos contemplativos ela admirava a beleza das coisas criadas à imagem e semelhança do Criador e a Ele prestava louvor, honra e glória.

Um verso de sua autoria e que ela costumava repetir em forma de oração mostra como era sua alma e em que cogitações vivia:

- Meu querido Senhor, quanto é bom ver nas flores, e no verde sombrio da copada oliveira, toda vossa beleza. Como é doce saber que abençoar-me quereis, e meu coração de alegrias encher!

De fato, dentro e sua vida simples e de abandono à vontade de Deus, alcançou um alto grau de vida contemplativa e de experiência mística. Compreendeu em profundidade o mistério da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Suas orações e penitências conseguiram converter muitos pecadores.

Rosa de Santa Maria foi extremamente bondosa e caridosa para com todos, especialmente para com os índios e negros, aos quais prestava os serviços mais humildes em caso de doença. Frequentemente visitava os enfermos e os pobres.

Núpcias eternas e canonização

Todos os anos, na festa de São Bartolomeu, Rosa passava o dia inteiro em oração. Quando lhe perguntavam por que aquela data adeixava tão contemplativa, mais orante e mais posta nas mãos de Deus, ela dava uma resposta que seus ouvintes não chegavam a compreender bem:

- "É porque este é o dia das minhas núpcias eternas", dizia.

A cada 24 de agosto o fato se repetia. E os que a cercavam continuavam sem entender.

Isso aconteceu até o ano de 1617. Rosa vinha suportando uma grave enfermidade que insistia em não abandoná-la. No dia de São Bartolomeu desse ano, ela morreu. Tinha apenas 31 anos.

Como ela havia anunciado, aconteceu o que ela já previra: o dia 24 e agosto seria o dia de seu encontro eterno com Deus, seria o dia de suas "núpcias eternas" com Nosso Senhor Jesus Cristo! Suas últimas palavras foram:

- Jesus está comigo!

O Peru inteiro chorou sua morte. Seu sepultamento foi apoteótico. Seu túmulo, os locais onde viveu e trabalhou pela Igreja bem cedo tornaram-se locais de peregrinações. Muitos milagres começaram a acontecer. A beatificação de Rosa de Santa Maria deu-se no ano de 1667, logo no primeiro ano do pontificado do Papa Clemente IX.

A concretização de sua canonização demorou um pouco mais para acontecer. O Papa Clemente X relutava em elevá-la à glória dos altares. Mas o Papa convenceu-se de que deveria canonizá-la depois que presenciou uma milagrosa chuva de pétalas de rosas que caiu sobre ele e que todos atribuíram à ação da Beata Rosa de Santa Maria.

Clemente X a canonizou em 12 de abril de 1671.

Rosa, a menina que um dia foi crismada por São Turíbio de Mongrovejo, passou a ser conhecida no mundo católico como Santa Rosa de Lima. Era a primeira mulher da América a receber essa honra tão excelsa. Santa Rosa de Lima é a padroeira da América Latina e das Filipinas. (JSG)




Arautos do Evangelho

terça-feira, 23 de agosto de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 20: Entender tudo é preciso?

Mito 20: "Para participar bem da Missa é preciso entender a língua que o padre celebra"

Não é preciso.


Embora possa ser útil compreender a língua que o padre celebra (e por isso são amplamente divulgados os missais com tradução em latim / português, nos meios em que a Santa Missa é celebrada em latim), o principal é contemplar o Mistério do Santo Sacrifício que se renova no altar, e para isso não é necessário compreender todas as palavras.

Missa não é jogral.

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, afirma ("O sal da terra"):

"A Liturgia é algo diferente da manipulação de textos e ritos, porque vive, precisamente, do que não é manipulável. A juventude sente isso intensamente. Os centros onde a Liturgia é celebrada sem fantasias e com reverência atraem, mesmo que não se compreendam todas as palavras." 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A Tiara Papal


A tiara (reino triplo ou triregnum) é o mais célebre dentre os adornos externos eclesiásticos, símbolo principal do papado. Chapéu extra-litúrgico em uso (pela última vez no pontificado de Paulo VI), apenas nas grandes solenidades e um tempo nas procissões, representa a dignidade do Sumo Pontífice na sua vestimenta dupla de chefe supremo da Igreja e de soberano do Estado pontifício, enquanto as chaves simbolizam a jurisdição.


Por tal motivo, na morte de um Papa se representava o instrumento da Igreja apenas com a tiara, sem as chaves. Há uma origem comum da mitra, semelhante ao chapéu frigio, usado na corte persa, transformada depois no célebre objeto do imperador de Bizancio. Parece ser usada desde o tempo do papa Constantino (708-715) como sinal de poder temporal. Os primeiros assumiam a forma de um cone alto e acuminado, confeccionado com tecido branco e com uma faixa dourada que circulava a bainha inferior. Este chapéu não se deve confundir com camelauco que se transformou depois em mitra litúrgica. Chegando ao século X, a faixa dourada da tiara vira uma coroa, que no século XIII sustentou uns denticulados na ponta, chamada “regnun”. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A Assunção Gloriosa de Nossa Senhora


Texto de apologética provando a Assunção de Nossa Senhora aos céus, de corpo e alma.


www.lepanto.com.br


A Assunção Gloriosa da Mãe de Deus

A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. Ela não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita.

Os protestantes acreditam que a Mãe de Deus, apesar de ter sido o Tabernáculo vivo da divindade, devia conhecer a podridão do túmulo, a voracidade dos vermes, o esquecimento da morte, o aniquilamento de sua pessoa.

Vamos analisar o fato histórico, segundo é contado pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CORPOS DE SANTOS E BEATOS INCORRUPTOS: SANTA CLARA DE ASSIS (1194 -1253)

Comemoração Litúrgica: 11 de agosto. Também nesta data: Santa Susana e Santa Léia


Fundadora da Congregação das Irmãs Clarissas
Sob a regra e direção de São Francisco de Assis 
 
Santa Clara, nasceu em Assis, na Itália, filha de pais ricos e piedosos. O nome de Clara foi-lhe dado em virtude de uma voz misteriosa que a mãe Hortulana ouviu, quando, antes de dar à luz a filha, fazia fervorosas orações diante de um crucifixo. “Nada temas! – disse aquela voz – o fruto de teu ventre será um grande lume, que iluminará o mundo todo”. Desde pequena, Clara era em tudo bem diferente das companheiras. 

Quando meninas dessa idade costumam achar agrado nos brinquedos e bem cedo revelam também qualidades pouco apreciáveis, Clara fazia exceção à regra. O seu prazer era rezar, fazer caridade e penitência. Aborrecia a vaidade e as exibições e tinha aversão declarada aos divertimentos profanos.

Vivia naquele tempo o grande Patriarca de Assis. São Francisco. A este se dirigiu Santa Clara, comunicando-lhe o grande desejo que tinha de abandonar o mundo, fazer o voto de castidade e levar uma vida da mais perfeita pobreza. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O Demônio existe?



FERNANDO DE A. CORREIA

Várias pessoas, inclusive os Papas, têm chamado a atenção dos católicos para a importância de estar consciente da existência, natureza e ação dos demônios. Por exemplo:

"Quais são hoje as maiores necessidades da Igreja? Não deixem que a minha resposta os surpreenda como sendo simplista e, ao mesmo tempo, supersticiosa e fora da realidade. Uma das maiores necessidades da Igreja é a defesa contra este mal chamado Satanás. O diabo é uma força atuante, um ser espiritual vivo, perverso e pervertedor; uma realidade misteriosa e amedrontadora." (Papa Paulo VI, L'Osservatore Romano, 24/11/1972)

"É claro que o pecado é um produto da liberdade do homem. Porém, no profundo dessa realidade humana, existem fatores em ação que a colocam para além do meramente humano, na área limite onde a consciência do homem, a sua vontade e a sua sensibilidade estão em contato com as forças das trevas. Elas, de acordo com São Paulo, estão ativas no mundo quase a ponto de dominá-lo (Rm 7,7-25; Ef 2,2; 6,12)" (Papa João Paulo II, Exortação Apostólica à Reconciliação e à Penitência, julho 1993)

Neste trabalho, procuramos apresentar os ensinamentos do Catecismo da Igreja Católica a respeito da existência dos demônios, em linguagem simples, para ser mais acessível. Aqui não há idéias particulares, mas somente o que a Igreja Católica atesta serem verdades de fé em que todo católico deve acreditar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sacramentum Caritatis



EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
PÓS-SINODAL
SACRAMENTUM CARITATIS

DE SUA SANTIDADE BENTO XVI

AO EPISCOPADO, AO CLERO, ÀS PESSOAS CONSAGRADAS E AOS FIÉIS LEIGOS

SOBRE A EUCARISTIA, FONTE E ÁPICE DA VIDA E DA MISSÃO DA IGREJA

INTRODUÇÃO
1. Sacramento da Caridade, (1) a santíssima Eucaristia é a doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste sacramento admirável, manifesta-se o amor « maior »: o amor que leva a « dar a vida pelos amigos » (Jo 15, 13). De facto, Jesus « amou-os até ao fim » (Jo 13, 1). Com estas palavras, o evangelista introduz o gesto de infinita humildade que Ele realizou: na vigília da sua morte por nós na cruz, pôs uma toalha à cintura e lavou os pés aos seus discípulos. Do mesmo modo, no sacramento eucarístico, Jesus continua a amar-nos « até ao fim », até ao dom do seu corpo e do seu sangue. Que enlevo se deve ter apoderado do coração dos discípulos à vista dos gestos e palavras do Senhor durante aquela Ceia! Que maravilha deve suscitar, também no nosso coração, o mistério eucarístico!

O alimento da verdade

2. No sacramento do altar, o Senhor vem ao encontro do homem, criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1, 27), fazendo-Se seu companheiro de viagem. Com efeito, neste sacramento, Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade. Uma vez que só a verdade nos pode tornar verdadeiramente livres (Jo 8, 36), Cristo faz-Se alimento de Verdade para nós. Com agudo conhecimento da realidade humana, Santo Agostinho pôs em evidência como o homem se move espontaneamente, e não constrangido, quando encontra algo que o atrai e nele suscita desejo. Perguntando-se ele, uma vez, sobre o que poderia em última análise mover o homem no seu íntimo, o santo bispo exclama: « Que pode a alma desejar mais ardentemente do que a verdade? » (2) De facto, todo o homem traz dentro de si o desejo insuprimível da verdade última e definitiva. Por isso, o Senhor Jesus, « caminho, verdade e vida » (Jo 14, 6), dirige-Se ao coração anelante do homem que se sente peregrino e sedento, ao coração que suspira pela fonte da vida, ao coração mendigo da Verdade. Com efeito, Jesus Cristo é a Verdade feita Pessoa, que atrai a Si o mundo. « Jesus é a estrela polar da liberdade humana: esta, sem Ele, perde a sua orientação, porque, sem o conhecimento da verdade, a liberdade desvirtua-se, isola-se e reduz-se a estéril arbítrio. Com Ele, a liberdade volta a encontrar-se a si mesma ».(3) No sacramento da Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor, que é a própria essência de Deus. Esta é a verdade evangélica que interessa a todo o homem e ao homem todo. Por isso a Igreja, que encontra na Eucaristia o seu centro vital, esforça-se constantemente por anunciar a todos, em tempo propício e fora dele (opportune, importune: cf. 2 Tm 4, 2), que Deus é amor.(4) Exactamente porque Cristo Se fez alimento de Verdade para nós, a Igreja dirige-se ao homem convidando-o a acolher livremente o dom de Deus.

domingo, 7 de agosto de 2011

SÉRIE - CATEQUESE DO PAPA: A Oração Intercessora de Abraão


CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.

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Queridos irmãos e irmãs:

Nas duas últimas catequeses, refletimos sobre a oração como fenômeno universal, que - inclusive de diversas formas - está presente nas culturas de todas as épocas. Hoje, no entanto, eu gostaria de começar um percurso bíblico sobre este tema, que nos conduzirá a aprofundar no diálogo de aliança entre Deus e o homem, presente na história da salvação, até o seu cume, a Palavra definitiva que é Jesus Cristo. Este caminho nos fará deter-nos em alguns textos importantes e figuras paradigmáticas do Antigo e do Novo Testamentos. Será Abraão, o grande patriarca, pai de todos os crentes (cf. Rm 4,11-12.16-17), quem nos oferecerá o primeiro exemplo de oração, no episódio de intercessão pela cidade de Sodoma e Gomorra.

E eu gostaria de vos convidar a aproveitar este percurso que faremos nas próximas catequeses para aprender a conhecer melhor a Bíblia, que espero que tenhais em vossas casas; e, durante a semana, podeis lê-la e meditá-la na oração, para conhecer a maravilhosa história da relação entre Deus e o homem, entre o Deus que se comunica conosco e o homem que responde, que reza.

O primeiro texto sobre o qual refletiremos se encontra no capítulo 18 do livro do Gênesis; conta-se que a maldade dos habitantes de Sodoma e Gomorra estava chegando ao seu limite, tanto que se fez necessária uma intervenção de Deus para realizar um grande ato de justiça e frear o mal, destruindo aquelas cidades. Aqui intervém Abraão, com sua oração de intercessão. Deus decide revelar-lhe o que vai lhe acontecer e lhe faz conhecer a gravidade do mal e suas terríveis consequências, porque Abraão é seu escolhido, escolhido para construir um grande povo e fazer que o mundo inteiro alcance a bênção divina.

A sua é uma missão de salvação, que deve responder ao pecado que invadiu a realidade do homem; através dele, o Senhor quer levar a humanidade à fé, à obediência, à justiça. E então, este amigo de Deus se abre à realidade e às necessidades do mundo, reza pelos que estão a ponto de ser castigados e pede que sejam salvos.

Abraão enfrenta, logo depois, o problema em toda a sua gravidade e diz ao Senhor: "Vais realmente exterminar o justo com o ímpio? Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso os exterminarias? Não perdoarias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? Longe de ti proceder assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio! Longe de ti! O juiz de toda a terra não faria justiça?" (vv. 23-25). Com estas palavras, com grande coragem, Abraão apresenta a Deus a necessidade de evitar a justiça sumária: se a cidade é culpada, é justo condenar e infligir a pena, mas - afirma o grande patriarca - seria injusto castigar de modo indiscriminado todos os habitantes. Se na cidade há inocentes, estes não podem ser tratados como culpados. Deus, que é um juiz justo, não pode agir assim, diz Abraão, justamente, a Deus.

sábado, 6 de agosto de 2011

É importante que voltemos à Piedade Eucarística - Padre Paulo Ricardo



Sabemos que não há Igreja se não houver Eucaristia. Precisamos resgatar a fé da Igreja, a fé na presença Eucarística de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

É evidente que eu sempre tive muita devoção pela Eucaristia. A ordem de Jesus era para que celebrássemos a Santa Missa, e a verdadeira devoção Eucarística é celebrar a Santa Missa e comungar [o Corpo de Cristo]. Já a Adoração Eucarística é muito legítima, mas foi uma invenção do segundo milênio. Essa prática [Adoração Eucarística] é algo recente, por isso as pessoas acham que ela não é obrigatória. Tenho de confessar que eu, segundo as normas litúrgicas, fiz uma capela no seminário de Cuiabá sem o sacrário; nós o colocamos numa capelinha menor, pois a norma litúrgica diz que o lugar onde se celebra a Eucaristia não deve haver a presença do sacrário. Valorizando o passado, eu estava muito tranquilo na minha devoção Eucarística, porque celebrava a Missa e comungava, mas devo confessar que quase nunca eu adorava a Jesus Sacramentado.


Mas o que mudou na minha vida para que eu mudasse de opinião? Foi o pontificado do Papa Bento XVI. Quando ele foi eleito Papa, duas coisas aconteceram na minha vida. Primeira: ele tomou atitudes que deram um curto-circuito na minha cabeça: começou a insistir na Adoração Eucarística. Na vigília com o Papa, ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal, diante de cerca de 20 mil sacerdotes, Bento XVI expôs o Santíssimo; e nós ficamos ali, de joelhos, rezando. Naquele dia, o Pontífice conseguiu fazer com que milhares de padres colocassem seus joelhos no chão e adorassem a Jesus.