domingo, 27 de março de 2011

Catequese - III Domingo da Quaresma

III Domingo da Quaresma - Jo 4,4-26.38-43















Evangelho Comentado pelo Pe. Carlo Battistoni

III Domingo da Quaresma

(Jo 4,4-26.39-42) 
           
«  Ora, era preciso que Jesus atravessasse a Samaria. Foi assim que ele chegou a uma cidade da Samaria chamada Sicar, não longe da terra dada por Jacó a seu filho José, lá mesmo onde se acha a fonte de Jacó. Cansado da viagem, Jesus estava assim sentado junto à fonte. Era mais ou menos a sexta hora. Chega uma mulher da Samaria para tirar água; Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. Os seus discípulos, com efeito, tinham ido à cidade para comprar o que comer. Mas esta mulher, esta samaritana, lhe disse: “Como? Tu, um judeu, tu me pedes de beber a mim, uma mulher samaritana?” Os judeus, com efeito, não querem ter nada em comum com os samaritanos. Jesus lhe respondeu: “Se conhecesses o dom de Deus, e quem é aquele que te diz: Dá-me de beber, tu é que lhe pedirias e ele te daria água viva”. A mulher disse: “Senhor, tu não tens sequer um balde, e o poço é profundo; de onde tiras, então, essa água viva? Serias maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço do qual ele mesmo bebeu, como também seus filhos e os seus animais?”.


Jesus lhe respondeu: “Todo aquele que bebe desta água ainda terá sede; mas aquele que beber da água que eu lhe darei nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe darei se tornará nele uma fonte que jorrará para a vida eterna.” A mulher lhe disse: “Senhor, dá-me essa água, para que eu não tenha mais sede e não precise mais vir aqui tirar água”. Jesus lhe disse: “Vai, chama o teu marido e volta aqui.” A mulher lhe respondeu: “Eu não tenho marido.” Jesus lhe disse: “Tu dizes bem: Não tenho marido; tiveste cinco , e o que tens agora não é teu marido. Nisso disseste a verdade”. “Senhor” -disse-lhe a mulher- “vejo que tu és um profeta. Os nossos pais adoraram sobre esta montanha, e vós afirmais que é em Jerusalém que se encontra o lugar onde se deve adorar”. Jesus lhe disse: “Acredita-me, ó mulher, vem a hora em que nem sobre esta montanha, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora, e é agora, na qual os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; tais são, com efeito, os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e por isso os que o adoram devem adorar em espírito e verdade.” A mulher lhe disse: “Eu sei que um Messias deve vir - aquele que chamam Cristo. Quando ele vier, anunciar-nos-á todas as coisas”. Jesus lhe disse: “Sou eu, eu que estou falando contigo” ...


… Muitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus. Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. E muitos outros creram por causa da sua palavra. E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o salvador do mundo”. »

PALAVRA DA SALVAÇÃO - Glória a Vós Senhor!

Grande deve ter sido a surpresa e o embaraço dos apóstolos quando, voltando das compras para a viagem, não encontraram Jesus do mesmo modo como o haviam deixado: sozinho. Ele estava a sós com uma mulher… e uma mulher samaritana! Podemos perfeitamente imaginar a situação constrangedora e o incômodo daqueles discípulos que O consideravam mais que um rabi. Nunca se vira um rabi conversar a sós com uma mulher. Aliás, para ser rabi, a boa reputação era tão necessária quanto o conhecimento da Lei. A leitura deste episódio completo mostra duas vezes a reação dos apóstolos diante do que estavam vendo. (Infelizmente, alguns folhetos da liturgia propõem somente uma parte desse Evangelho, e isso pode nos causar um pouco de dificuldade para entender a amplitude do que é narrado). Ora, justamente a superação dos preconceitos é o tema central que rodeia o episódio da mulher samaritana. 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Solenidade da Anunciação do Senhor - 25 de Março


"O Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1, 14)


Neste dia, a Igreja celebra solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. 


A festa da Anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria é comemorada desde o Século V, no Oriente e a partir do Século VI, no Ocidente, nove meses antes do Natal. Este fato, fez de Maria o primeiro sacrário da Eucaristia, e por isso Ela recebeu dos cristãos o título de Nossa Senhora da Anunciação.


Maria é introduzida no mistério de Cristo definitivamente mediante aquele acontecimento que foi a Anunciação do Anjo. Esta deu-se em Nazaré, em circunstâncias bem precisas da história de Israel, o povo que foi o primeiro destinatário das promessas de Deus. O mensageiro divino diz à Virgem: "Salve, ó cheia de graça, o Senhor é contigo" (Lc 1, 28). Maria "perturbou-se e interrogava-se a si própria sobre o que significaria aquela saudação" (Lc 1, 29): que sentido teriam todas aquelas palavras extraordinárias, em particular, a expressão "cheia de graça" (kecharitoméne). 21


quinta-feira, 24 de março de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 11: Quem pode comungar?

Mito 11: "Qualquer pessoa pode comungar"

Não pode.




Escreve São Paulo: "Todo aquele que comer o Pão ou beber o Cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, cada um examine a si mesmo antes de comer desse Pão ou beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação." (ICor 11,27-29)

O Código de Direito Canônico diz que pode comungar "qualquer batizado, não proibido pelo direito" (cânon 912)

A preparação primeira necessária para receber o Corpo de Nosso Senhor é a preparação interior, ou seja: estar em estado de graça, que significa estar em ausência de pecados mortais (Cat. 1385). 


Tal estado nos é dado quando recebemos o Sacramento do Batismo, e, após a queda em pecado mortal, através de uma Confissão bem feita (Cat. 1264; 1468-1470).

A Santa Igreja também instituiu o chamado "jejum eucarístico" (isto é, estar a uma hora antes de comungar sem ingerir alimentos, a não ser água e medicamentos necessários, como especifica o Cânon 919).

É preocupante vermos filas para a Sagrada Comunhão tão longas, e filas para o confessionário tão pequenas...

Pior ainda quando não há sacerdotes disponíveis para os confessionários!
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Comentário sobre este Mito (18/06):
Para compreender a gravidade das "comunhões indignadas" ou "comunhões sacrílegas", precisamos partir do princípio do que de fato a Hóstia Consagrada é: é a Presença Real e Substancial de Nosso Senhor Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377. 



segunda-feira, 21 de março de 2011

Campanha da Fraternidade - “Fraternidade e Vida no Planeta” - Por Padre Paulo Ricardo



Na luta pelo meio ambiente somos colocados diante de uma escolha: cultuar a Natureza como uma divindade e promover o neo-paganismo ou colocar-nos diante do Criador numa atitude de humilde obediência ao seu desígnio e ser verdadeiros cristãos.

É com esta atitude de servo que o homem é chamado a dominar sobre a criação (Gen 1, 28). Ao se fazer homem, Deus concedeu uma maior dignidade ao ser humano. Por isto, o Papa Bento XVI nos recorda que existe uma ecologia do homem.

“Deve-se proteger também o homem contra a destruição de si mesmo. É necessário que haja algo como uma ecologia do homem, entendida no sentido justo. [...] O homem pretende fazer-se sozinho e dispor sempre e exclusivamente sozinho o que lhe diz respeito. Mas desta forma vive contra a verdade, vive contra o Espírito criador” (Bento XVI, Discurso à Cúria Romana, 22/12/2008).

“A arrogância do homem que vive como se Deus não existisse, leva a explorar e deturpar a natureza, não a reconhecendo como uma obra da Palavra criadora. [...] Acolher a Palavra de Deus atestada na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja gera um novo modo de ver as coisas, promovendo uma ecologia autêntica, que tem a sua raiz mais profunda na obediência da fé, e desenvolvendo una renovada sensibilidade teológica sobre a bondade de todas as coisas, criadas em Cristo” (Bento XVI, Verbum Domini, 108).

Parte 01

Parte 02

Parte 03


Segue a palestra na Íntegra:

"Nós esse ano estamos, na Igreja do Brasil, vivendo a quaresma e como todos os anos a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil nos propõe um tema. O tema deste ano é o meio ambiente, a ecologia. Pois bem, existe uma forma católica, cristã, de se fazer uma reflexão a respeito da ecologia e existe uma forma que é revolucionária e completamente não cristã de se pensar a ecologia. E é exatamente aqui que eu gostaria de contribuir para que você soubesse que infelizmente tem gente se aproveitando da Igreja Católica para, nesse tema da ecologia, colocar uma agenda que não é católica, fazer com que os católicos de alguma forma percam a centralidade da sua fé em Deus.

domingo, 20 de março de 2011

Catequese - II Domingo da Quaresma

II Domingo da Quaresma - Mt 17, 1-9



Evangelho comentado pelo Pe. Carlo Battistoni

II Domingo da Quaresma

(Mt 17, 1-9)

« Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou a um lugar à parte, sobre um alto monte. Transfigurou-se diante deles: seu rosto brilhava como o sol, e sua roupa tornou-se branca como a luz. Então lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com ele. Pedro interveio, dizendo a Jesus: “Senhor, como é bom estarmos aqui! Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Ainda falava, quando uma nuvem luminosa os envolveu, enquanto dela saía uma voz que dizia: “Este é meu Filho bem-amado, no qual encontro toda a minha satisfação. Ouvi-o”. A esta voz, os discípulos caíram com o rosto por terra e ficaram tomados de grande medo. Mas Jesus chegou perto, tocou neles e disse: “Levantai-vos e não temais”. Então, eles ergueram os olhos, mas não viram ninguém a não ser somente Jesus. Descendo do monte, Jesus lhes ordenou: “Não faleis para ninguém do que acabais de ver, até que o Filho do homem ressuscite dos mortos”.»

PAVAVRA DA SALVAÇÃO: Glória a Vós, Senhor!


Já estava no coração de Jesus a decisão de ir a Jerusalém, de percorrer mais uma última vez aquele caminho junto com seus discípulos. As frequentes adversidades, as rejeições, a hostilidade dos fariseus e dos detentores do poder constituído haviam lhe deixado claro que aquele percurso poderia ser o último da sua vida. Estava deixando definitivamente a Galileia, a sua terra, o berço da maioria de seus discípulos e apóstolos, palco de muitas curas e milagres. Contudo, Jesus sentia que nada daquilo seria suficiente enquanto seus gestos permanecessem limitados apenas à Galileia: precisava ir a Jerusalém, coração do judaísmo e lugar do “julgamento” definitivo de Deus sobre a história do homem, conforme o pensamento judaico. Percebia que seus gestos de amor para as pessoas pareciam insuficientes; sua atenção às mais profundas necessidades daqueles que ansiavam conhecer o verdadeiro rosto de Deus também parecia insuficientes…


sábado, 19 de março de 2011

São José - 19 de Março


São raros os dados sobre as origens, a infância e a juventude de José, o humilde carpinteiro de Nazaré, pai terrestre e adotivo de Jesus Cristo, e esposo da Virgem de todas as virgens, Maria. Sabemos apenas que era descendente da casa de Davi. Mas, a parte de sua vida da qual temos todo o conhecimento basta para que sua canonização seja justificada. José é, praticamente, o último elo de ligação entre o Velho e o Novo Testamento, o derradeiro patriarca que recebeu a comunicação de Deus vivo, através do caminho simples dos sonhos. Sobretudo escutou a palavra de Deus vivo. Escutando no silêncio.

Uma Quaresma com Santo Agostinho


Há pessoas que adoram histórias de santos, sobretudo quando se trata de mártires ou santos aventureiros. Mas, hoje, quero falar de um “santo” amigo catarinense. Não era santo, era um jovem faceiro e brincalhão como tantos da sua região. 


Certo dia, depois de outra dessas noitadas de fim de semana, caiu em forte depressão. Ninguém entendia o porquê! De fato, parecia ter tudo na vida: amigos, festas e dinheiro nunca faltavam. O que era uma vida cor-de-rosa, de repente virou uma angústia encarnada.

sexta-feira, 18 de março de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 10: Participar ou assistir?

Mito 10: "Não se assiste a Missa"




Embora os documentos da Santa Igreja utilizem TAMBÉM o termo "participar", NÃO é errado utilizar o termo "assistir".O próprio Papa Pio XII, na encíclica Mediador Dei, de 1947, exorta os Bispos (n.186):

"Procurai, sobretudo, obter, com o vosso diligentíssimo zelo, que todos os fiéis assistam ao sacrifício eucarístico e dele recebam os mais abundantes frutos de salvação." Também o Catecismo de São Pio X (n.391) fala em "assistir devotamente ao Santo Sacrifício da Missa."

O que este termo frisa é a verdade de fé de que é o sacerdote que oferece o Santo Sacrifício da Missa, e não o leigo.

Por outro lado, é evidente que o fiel precisa assistir a celebração de forma participativa (Sacrossanctum Concilium, n.14), unindo sua vida ao Mistério do Santo Sacrifício que se renova no altar.

terça-feira, 15 de março de 2011

Dogmas, luzes no caminho da fé


O Magistério da Igreja (Papa e Bispos) empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando obriga o povo cristão a acreditar em verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária. 

Os dogmas não são grades que impedem o caminhar dos teólogos, ao contrário, são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Eles são para o povo de Deus como os trilhos são para um trem; são vínculos que dão ao veículo segurança e possibilidade de ir muito longe. O que seria do trem se saísse dos trilhos? 

Não mais do que 14 vezes um Papa proclamou um dogma de fé; isto em 21 séculos de vida da Igreja. Mas há muitas outras verdades da fé, que não foram definidas explicitamente como dogmas por um Papa, mas que são também dogmáticas. Todos os doze Artigos do Credo são dogmas de fé; ele é o “Símbolo dos Apóstolos” e resume as verdades básicas da fé cristã que há 2000 anos a Igreja ensina. 
[Image]O Dogma é uma verdade Revelada por Deus, e proposta pela Igreja à nossa fé e à nossa conduta. E como algo revelado por Deus, e compreendido pela Igreja, é imutável. Podemos aperfeiçoar o entendimento da verdade revelada, mas nunca destruí-la ou negá-la. O Dogma pode estar contido na Bíblia ou na Tradição apostólica que não foi escrita, mas que tem para a Igreja o mesmo valor de Revelação da Bíblia; por exemplo, o Credo como é rezado não está na Bíblia, mas veio da Tradição. 


domingo, 13 de março de 2011

Catequese - I Domingo da Quaresma

I Domingo de Quaresma (Mt 4,1-11)

Evangelho comentado pelo Pe. Carlo Battistoni




I Domingo de Quaresma
(Mt 4,1-11)



« Então o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome. Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: "Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!" Mas Jesus respondeu: "Está escrito: 'Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus'". Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, e lhe disse: "Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: 'Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra'". Jesus lhe respondeu: "Também está escrito: 'Não tentarás o Senhor teu Deus!'". Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, e lhe disse: "Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar". Jesus lhe disse: "Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: 'Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto'". Então o diabo se afastou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus. » .

PALAVRA DA SALVAÇÃO: Glória a Vós Senhor!


 Começamos hoje o caminho da Quaresma que outrora foi entendida como um período para exercitar a mortificação penitencial sobre os instintos e as necessidades do homem, com a ilusão de que este fosse o melhor caminho para se preparar ao grande evento da Páscoa que é o centro de toda a nossa fé. Evidentemente um tipo de leitura da realidade que deixa transparecer uma certa negação de tudo quanto é profundamente humano, contribuiu para que se afirmasse esta interpretação da Quaresma, o que não condiz muito com aquilo que Evangelho de hoje nos diz. Como reação a este tipo de visão, em alguns casos caímos no seu contrário, deixando de lado ou não dando o devido valor a coisas que têm uma longa história na caminhada da Igreja. 

sábado, 12 de março de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 9: Para quem é a Missa?

Mito 9: "A Missa é para os fiéis"


A Santa Missa, essencialmente, é para Deus e não para os fiéis, pois ela é a Renovação do Santo Sacrifício de Nosso Senhor, oferecido a Deus Pai pelas mãos do sacerdote. Por isso, o saudoso Papa João Paulo II lamenta na sua Encíclica Ecclesia de Eucharistia (n. 10):

"As vezes transparece uma compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesma. Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que se fundamenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio. (...) Como não manifestar profunda mágoa por tudo isto? A Eucaristia é um Dom demasiadamente grande para suportar ambigüidades e reduções."

Embora, como foi dito, os fiéis que participam da Santa Missa se beneficiam. Pois na Missa, Nosso Senhor "se sacrifica sem derramamento de sangue, e nos aplica os frutos da sua Paixão e Morte." (Catecismo de São Pio X, n. 254)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Por que a Quaresma?




Prof. Felipe Aquino

 
Desde os primórdios do Cristianismo a Quaresma marcou para os cristãos um tempo de graça, oração, penitência e jejum, a fim de obter a conversão. Ela nos faz lembrar as palavras do Mestre divino: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).

Esses quarenta dias que precedem a Semana Santa, são colocados pela Igreja para que cada um de nós se prepare para a maior de todas as Solenidades litúrgicas do ano, a Páscoa, a grande celebração da Ressurreição de Jesus, a vitória Dele e nossa sobre o Mal, sobre o pecado, sobre a morte e sobre o inferno.

domingo, 6 de março de 2011

Catequese - IX Domingo do Tempo Comum

IX Domingo Tempo Comum  (Mt 7,21-27)

EVANGELHO COMENTADO PELO PADRE CARLO BATTISTONI

 

sábado, 5 de março de 2011

Sobre a Infabilidade das Canonizações



Por Rafael Diehl

O objetivo deste pequeno estudo é esclarecer alguns questionamentos acerca das canonizações, dado que atualmente muitos têm questionado a validade de algumas canonizações, gerando dúvida e confusão entre os católicos.

I - O que é uma canonização?

Canonização de Santa Maria Goretti 

Denomina-se de canonização o ato pela qual a Igreja declara que um determinado indivíduo praticou em sua vida terrena as virtudes em grau heróico e alcançou a santidade. Ou seja, a Igreja quando canoniza, declara que o indivíduo canonizado está no Céu e que pode interceder por nós diante de Deus. “Por canonização (= consignação no cânon ou no catálogo) entende-se a sentença definitiva pela qual o Sumo Pontífice declara estar algum servo de Deus na glória celeste e prescreve, lhe seja conseqüentemente prestada pública veneração.” [1]

“Acolhendo esses sinais e a voz do Senhor com maior reverência e docilidade, a Sé Apostólica, desde tempos imemoriais, pela importante missão que lhe foi concedida de ensinar, santificar e governar o povo de Deus, propõe à imitação, veneração e invocação dos fiéis homens e mulheres que sobressaem pelo fulgor da caridade e das outras virtudes evangélicas, declarando-os Santos e Santas num ato solene de Canonização, depois de ter realizado as investigações oportunas.” [2]

quinta-feira, 3 de março de 2011

SÉRIE - MITOS LITÚRGICOS COMENTADOS - Mito 8: Sacerdócio Feminino?

Mito 8: "A Igreja pode vir a ordenar mulheres"

Não pode. 


O saudoso Papa João Paulo II definiu que a Santa Igreja não tem a faculdade de ordenar mulheres, quando em 1994, publicou a Carta Apostólica "Ordinatio Sacerdotalis", que afirma explicitamente:

"Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cf. Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja."

terça-feira, 1 de março de 2011

O que são as seitas protestantes?


DR. UDSON RUBENS CORREIA


O Protestantismo negando tanto a Tradição quanto o Magistério sofre desde os seus primórdios uma desintegração doutrinária assombrosa. Onde Cristo fundou a Igreja Católica sobre a Rocha, Lutero e Cia. fundaram a igreja Evangélica sobre a areia movediça da sola scriptura e do livre exame. E logo nas primeiras ventanias, pôs-se a casa dos reformadores a desabar fragorosamente: tábuas lançadas aqui e ali, telha lá e acolá, junturas e cacos em todas as direções.

Vejamos como no princípio deste século, o Reverendíssimo Pe. Leonel Franca já chamava a atenção para este fato, descrevendo lucidamente o processo de desagregação doutrinária do protestantismo, baseado no método da sola scriptura e do livre exame: 

"Na nova seita (protestantismo) não há autoridade, não há unidade, não há magistério de fé. Cada sectário recebe um livro que o livreiro lhe diz ser inspirado e ele devotamente o crê sem o poder demonstrar; lê-o, entende-o como pode, enuncia um símbolo, formula uma moral e a toda esta mais ou menos indigesta elaboração individual chama cristianismo evangélico. 

O vizinho repete na mesma ordem as mesmas operações e chega a conclusões dogmáticas e morais diametralmente opostas. Não importa; são irmãos, são protestantes evangélicos, são cristãos, partiram ambos da Bíblia, ambos forjaram com o mesmo esforço o seu cristianismo" ( In I.R.C. Pg. 212 , 7ª ed.). 
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